† Ordem das Valquírias: Magic's Children†
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† Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 01 – O mundo que herdamos.
Aos amigos, que sempre sonharam o mesmo sonho...
... Dê-me a honra de leva-los ao nosso mundo mais uma vez.
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Podemos ver que o mundo é um ciclo sem fim, já chamado de muitos nomes, Azaroth, Nexus, Terra, Midgard, cada ciclo é marcado por um começo, um ápice, e um fim. Hoje podemos ver que mais um ciclo começou, enquanto as nuvens se abrem, podemos ver uma trilha aberta em uma montanha árida, sem arvores e com apenas alguns matos secos.
Também podemos ver uma criaturazinha peluda e branca, correndo nesta trilha rapidamente, desviando de algumas pedras no caminho e saltando sobre outras. Uma fuinha branca correndo sobre aquele chão empoeirado, saltando de rocha em rocha, escalando para chegar até o topo daquela montanha e poder olhar com aqueles olhos brilhantes de esperança: Midgard, finalmente estava se recuperando do mal que havia sofrido. Agora até mesmo as árvores e pássaros já enchiam a paisagem de beleza e graciosidade a sua frente, em contraste à cordilheira árida, parecia que a natureza estava voltando ao reino dos homens.
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10 Anos atrás
A magia.
Um presente deixado aos homens, que lhes serviria como pilar para toda sua evolução. Um poder que poucos conheciam com perfeição, respeito e pleno domínio, mas utilizado por tantas pessoas de forma abastada e impensada, a magia se tornou banal pelas mãos de seus portadores.
Grandes poderes foram dados a todo tipo de pessoa, e muitas delas a usavam para objetivos mesquinhos e vis, até mesmo para impor aquilo em que acreditavam contra seus irmãos. Não demorou para a guerra aparecer, a Nação do Sacro-Império de Arunafeltz empreendeu uma jornada impiedosa e fanática para sob-julgar todas as nações de Rune-Midgard, sob o manto da Deusa Freya, avançou todas as fronteiras utilizando magias e criaturas cada vez mais poderosas.
Mas houve pessoas que lutaram para impedir a loucura e o fanatismo, pessoas boas utilizaram todas suas armas, sua união e deram muito mais do que seu sangue para que o mundo achasse seu equilíbrio novamente. A batalha final foi sacramentada em Juno, após muito tempo de luta e vidas perdidas, em desespero e como ultima alternativa para garantir algum futuro, não havia outra escolha a não ser utilizar o maior poder presente em Midgard, o “Coração de Ymir” contra a apocalíptica criatura, chamada de Freya Primordial.
A luta foi vencida pelos heróis, mas todos pagaram seu preço, muitos lutaram até o fim para que poucos sobrevivessem, um grande sacrifício em nome da amizade e do amor. Não somente isso, o planeta sofreu com o cataclismo que ocorrerá, e por decorrência, a magia que girava em torno do mundo, desapareceu junto com aquele ultimo ato. Juno caiu dos céus como a queda de uma era e não restou nem mesmo um mago que conseguisse praticar algum feito mágico. Os monstros, assim como a magia foram desaparecendo pouco a pouco, até que não restasse mais nenhuma criatura a ser caçada.
Sem sua principal fonte de energia, a humanidade teve que aprender a recomeçar do zero, coisas antes triviais como a cura de enfermidades mais simples se tornou complicada sem a ajuda da magia dos sacerdotes, e muitas pessoas adoeceram. Sem dinheiro, sem comida, a população de rua logo aumentou drasticamente, trazendo graves problemas sanitários.
A esperança de dias melhores parecia ter abandonado as pessoas, ficando apenas reservado aos sonhos mais otimistas e fantasiosos. Logo as pessoas aceitaram suas condições e passaram a viver um dia após o outro. Porém alguns ainda lutam em aceitar que o mundo mudou, e que agora, as pessoas não podem mais voltar da morte.
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10 anos depois...
Uma brisa leve corria por aquela encosta de terra e pedras expostas, onde somente agora começava a florescer algumas plantas e com a relva, o vento mexeu o levemente o mato, como um lenço sendo esticado suavemente. O Cavaleiro pisou novamente naquele lugar, não era habito voltar sempre ali, mas a lança que lhe salvou, era o símbolo de seu compromisso, e devia sempre permanecer em pé, embora, muito deste compromisso tenha se perdido com o tempo, ainda existe a missão de continuar de onde a Ordem das Valquírias parou.
O Cavaleiro pegou a velha lança no chão, era robusta, firme, ainda tinha marcas rúnicas cravadas em sua extensão. Estava gasta e havia ferrugens, mas o brilho do fio da lamina ainda reluzia, como um fantasma, uma lembrança de dias de glórias. Ele pegou na empunhadura e colocou-a onde deveria estar, fincada sobre uma pedra retangular com alguns dizeres esculpidos de forma rústica, um marco silencioso e pacífico da batalha que ocorrera ali a muitos anos atrás. Muito daquele dia foi perdido na memória das pessoas, hoje resta apenas um velho símbolo sem valor em El-Mes.
Kaito então se virou, voltou ao seu Leão, uma criatura forte e grande, sua montaria, ajeitou sua espada em sua cintura, e dando ainda um ultimo olhar para a lança fincada na rocha, comandou seu amigo felino, para que o mesmo partisse. E assim ele o fez, soltando um pouco de poeira do chão ainda árido em direção a cidade que ficava a uma grande distância a frente.
Aquela cidade foi tudo o que restou do passado de Midgard, era Juperos, ou agora rebatizada Nova Juno. Tudo o que restou da antiga cidade flutuante, fora destruído e além de estar distante de mais para ser resgatado em uma cratera escura, profunda, um abismo sem luz, aquele lugar se tornou amaldiçoado pelas pessoas, ninguém gostava de ir até lá a não ser se fosse realmente necessário.
Era o marco zero do cataclismo. Aqueles que não se tornaram nômades foram recebidos em Nova Juno, aprenderam a suprimir o poder das maquinas e utilizá-las como fonte de energia alternativa, graças a experimentos de uma empresa privada que agora controla toda a cidade. Mas ainda havia mais pessoas do que a cidade era capaz de comportar.
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Uma Hiena imensamente maior do que uma comum chegou ao lugar onde Kaito esteve minutos antes. De sua boca caia saliva fétida e suas patas tinham restos de sangue, seus próprios e de quem mais cruzou seu caminho. Seu pelo acinzentado e preto, era sujo e até mesmo mal tratado, com falhas em alguns pontos devido a alguma briga recente, uma visão intimidadora se adicionarmos seus grandes olhos amarelos em raiva.
- Veja, ele finalmente voltou à Nova Juno. – Soou uma voz feminina, doce e graciosa, porém fria como uma manhã de inverno, sua dona era quem estava montada sobre a Hiena.
- Eu não aguentava mais caçá-lo pelo continente! – Outra voz ecoou, mas desta vez era um homem, com cabelos prateados que lhe chegavam à altura dos ombros, vestido de pedaços de várias roupas pretas e couro, podíamos até ver traços de uma típica roupa da Classe “Arcano”, porém sem as pedras mágicas e muito gasta pelo tempo.
O homem também estava sobre uma montaria, mas esta era uma raposa de pelo escuro e lustroso, com olhos verdes e aparência voraz embora muito bem cuidada, seria um ótimo exemplar de animal se não fosse por estar faltando uma de suas muitas caldas. O Rapaz e se aproximou da garota, que estava montada na hiena, ao fazer isso esbarrou sem querer na lança fincada sobre a pedra, irritado, a chutou para longe emitindo um típico som de metal.
A garota que estava sobre a Hiena mal cuidada, era uma jovem mulher, com cabelos longos e lisos e igualmente prateados, sua pele era branca, beirando o pálido, seus olhos era azuis em um degrade que chegava até o prateado. Ela vestia uma espécie de sobretudo que lhe proporcionava um decote e desciam até suas pernas, revelando uma blusinha decotada vermelha como sangue e uma saia de couro preto por baixo.
- Tanto tempo perdido com treinamentos, tantos anos ouvindo as vozes, finalmente vamos ter... – Lamentou-se a garota enquanto debruçava-se sobre a Hiena.
- Não comece Jyrian!
- Eu não estou “começando” Yoshua! – Ela se levantou rapidamente, seu rosto ganhou tons de rosa com o comentário de seu irmão.
- Vamos, temos um “Boas Vindas” para dar ao nosso amigo sumido. – Ele apontou para Kaito que estava lá em baixo, quase na metade do caminho indo para Nova Juno.
Os dois irmãos avançaram com suas montarias nem deram a volta para seguir pelo caminho, pularam lá de cima e logo dispararam a toda velocidade pelo barranco e pela encosta, seus passos era muito mais rápido do que os de Kaito, que afinal, não estava correndo, logo os irmãos já estariam sobre o Cavaleiro.
Yoshua sacou uma espada, era longa, porém fina, levemente curvada, embora não fosse uma katana, era claramente inspirada em uma. Jyrian, a moça, puxou uma Besta feita de metal e madeira que trazia consigo, era grande de mais para uma moça no porte dela, mas ela a dominava com perfeição. E logo tratou de disparar a primeira flecha.
Kaito sentiu a flecha passar próximo a seu ombro, e logo sacou sua espada, através das rédeas ordenou que seu leão começasse a correr também. Assim que se virou para ver o inimigo, pode ver Yoshua atacando já sobre ele.
Kaito bloqueou o ataque com a espada, o rapaz era forte e muito ágil, o Cavaleiro então o empurrou para trás com força, a raposa afastou-se da luta levando o rapaz, mas era uma estratégia para abrir caminho para a moça, que começou a disparar uma rajada de flechas. Kaito começou a rebater todas as flechas freneticamente com a espada, mas não foi rápido o suficiente, pois uma acertou-lhe o ombro, e isso doeu.
O Cavaleiro abaixou a guarda, então Yoshua voltou para atacá-lo, a raposa bateu com força ao lado do Leão, que rugiu ameaçando. Yoshua e Kaito trocaram alguns golpes de espada, mas a força de Yoshua era bem maior, por outro instante uma flecha acertou sua armadura, que o fez errar o golpe com a espada, deixando a mercê de Yoshua, que se preparou para desferir um golpe mortal.
- Yoshua não! – gritou Jyrian, e o rapaz parou o ataque, para a surpresa de Kaito.
Eles já haviam chegado aos grandes portões da cidade, Yoshua e Jyrian pararam suas montarias antes de cruza-los. Eles não eram bem vindos naquele lugar e causar uma briga dentro dela, poderia dificultar ainda mais o acesso ao local. Kaito ainda olhou trás, enquanto a moça ainda dava um sorriso para ele, como se dissesse que ele não poderia correr para sempre.
Então os irmãos partiram ao mesmo tempo em que Kaito cruzou os enormes portões de Nova Juno. Realmente, aquele seria só o começo.
Cont.
Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 02 – As pessoas que nos tornamos.
O velho iValk estava tocando sobre uma estante em uma sala com alguns poucos móveis, era uma casa pouco iluminada, limpa e bem cuidada, embora estivesse com uma janela aberta, pouca luz adentrava por causa da cortina grossa e escura.
O som da chamada ecoava pela casa, através do corredor, da sala, e dos quartos. Uma nuvem de vapor saia do banheiro assim como o som de um chuveiro, então também podemos ouvir sons de passos, pés descalços correndo escada acima, uma escada de madeira bem polida, assim como o chão superior, pingos de água deixam marcas onde caem. Uma mulher adentra a porta, enrolada apenas em uma toalha branca, seus cabelos molhados ainda pingava no chão, teve que interromper seu banho para atender aquela ligação, alias, fazia anos que ninguém ligava para um iValk.
- Alô, é você? Está aqui? Que bom. Então achou o que você procurava? Hum... Mas é claro, sempre pode contar com a Mayumi, pode vir farei um lanche especial para você! Prometo que sairá bem baratinho. – A moça ri e desliga o iValk. Segurou-o por alguns segundos nas mãos, pensativa. Uma brisa leve adentra a janela mexendo levemente a toalha da ex-Arcebispa.
- Quem era? – Uma criança, entra pela porta, olhando para Mayumi, ele também havia escutado o iValk tocar.
- Vai se trocar, nós vamos ter uma visita especial hoje, Kaito está chegando. – Diz sorrindo para o garoto.
- Kaito!! – Grita o menino empolgado.
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Algum tempo depois e longe dali...
Era uma sala comercial, como um escritório de alto padrão, mas estava parcialmente destruído, com muitos vidros no chão e cadeiras destruídas. Havia também vários homens caídos no chão, alguns estavam desmaiados ou simplesmente vencidos. Apenas três figuras pareciam intactas ali. A mulher de cabelos prateados se debruçou sobre a mesa, deixando seu decote a vista da outra pessoa que estava na outra extremidade da mesma mesa.
- Não acha curioso, Yoshua, alguém que até pouco depois do cataclismo não era nada, e logo se tornou o dono de toda uma cidade? Não acha curioso que mesmo sem magia, esta cidade tenha todo este conforto? Adoro tomar um banho quente quando venho aqui. – Comentou Jyrian deforma zombeteira.
- Isso foi com muito trabalho e uma mente genial. – Respondeu o homem também sorrindo.
- É claro, a não ser que, ele esteja escondendo algo não é? Algo que lhe deu tanta vantagem assim em tão pouco tempo. – Completou Yoshua, andando em volta da mesa, olhando para a grande janela de vidro que dava para a praça central da cidade.
- Nós pesquisamos, e sabemos que você passou o que procuramos para o Cavaleiro, por isso estivemos atrás dele por tanto tempo. – Jyrian colocou as mãos na mesa e se sentou, inclinando o corpo para frente, algumas mechas de seu cabelo cobriram-lhe parcialmente o rosto. O homem não retirava o sorriso do rosto, mas pelo canto do olho podia ver Yoshua olhando para a praça central.
- Ele chegou, finalmente, voltou para casa após sua jornada para achar “sabe-se lá oquê”. Agora finalmente vamos ter o que queremos e pararemos de te perturbar, não é? – Yoshua virou-se para o homem, seus olhos eram intimidadores.
- Imagina vocês não são um incomodo, até gosto da companhia de vocês. – O homem agiu da forma mais natural que pode, usava óculos redondos, vestia-se com roupas brancas de cientistas, parecia um homem alegre e bem humorado, mas seu braço esquerdo não era humano, na verdade era uma prótese, seu braço verdadeiro ele havia perdido a muito tempo atrás, a 10 anos, tentando salvar seu maior amigo. Dentre canetas, agendas e tubos de ensaio em sua mesa, havia um retrato de madeira, e nele uma foto antiga e desbotada, dele mesmo com uma criatura estranha e gosmenta.
- Eu o mataria agora, mas sei que você é um dos poucos que sabe onde “ele” foi colocado, e se acabarmos matando este Cavaleiro, você irá ser muito útil. – Justificou Yoshua.
- Vocês nunca terão habilidades para enfrentar um antigo membro da Ordem das Valquírias, não no mundo de hoje. – O cientista falava de uma forma que não transparecesse seu tom de sarcasmo.
- Você não faz ideia do que somos capazes de fazer. Não sabe o quão precisamos disso, foram dez anos ouvindo vozes e pensamentos de pessoas que jamais conhecemos em nossas mentes, gritos e cenas de batalhas que jamais lutando, nós sabemos o que é viver no inferno e vamos fazer de tudo para silenciar estas vozes. – Gritou Jyrian colocando as duas mãos na cabeça, ela parecia sofrer com isso.
- Eu posso recomendar um ótimo psicanalista... – Brincou “Zé” ao ver o estado da garota. Mas logo se arrependeu, houve um segundo onde apenas o som do metal foi ouvido e tão logo a lamina da espada de Yoshua estava sob sua garganta o que fez um pequeno corte, que desceu um fio de sangue.
- Você realmente não sabe quem somos... – Jyrian levantou-se, ao mesmo tempo em que Zé pode ver algo anormal, como não vira a muito tempo, alguma coisa parecia estar querendo entrar naquele mundo através daquela moça. Ela se levantou ainda olhando para ele enquanto suas mãos tremiam e soltavam faíscas fracas e débeis, logo bem diante de si uma pluma negra caiu, tocou a mesa e desapareceu.
- Eu sabia que isso não ia durar por muito tempo. – Comentou o cientista mas desta vez triste por ver esta situação
- Até mais ver velho! – Virou-se a moça, saindo pela porta junto com seu irmão.
Cont.
O velho iValk estava tocando sobre uma estante em uma sala com alguns poucos móveis, era uma casa pouco iluminada, limpa e bem cuidada, embora estivesse com uma janela aberta, pouca luz adentrava por causa da cortina grossa e escura.
O som da chamada ecoava pela casa, através do corredor, da sala, e dos quartos. Uma nuvem de vapor saia do banheiro assim como o som de um chuveiro, então também podemos ouvir sons de passos, pés descalços correndo escada acima, uma escada de madeira bem polida, assim como o chão superior, pingos de água deixam marcas onde caem. Uma mulher adentra a porta, enrolada apenas em uma toalha branca, seus cabelos molhados ainda pingava no chão, teve que interromper seu banho para atender aquela ligação, alias, fazia anos que ninguém ligava para um iValk.
- Alô, é você? Está aqui? Que bom. Então achou o que você procurava? Hum... Mas é claro, sempre pode contar com a Mayumi, pode vir farei um lanche especial para você! Prometo que sairá bem baratinho. – A moça ri e desliga o iValk. Segurou-o por alguns segundos nas mãos, pensativa. Uma brisa leve adentra a janela mexendo levemente a toalha da ex-Arcebispa.
- Quem era? – Uma criança, entra pela porta, olhando para Mayumi, ele também havia escutado o iValk tocar.
- Vai se trocar, nós vamos ter uma visita especial hoje, Kaito está chegando. – Diz sorrindo para o garoto.
- Kaito!! – Grita o menino empolgado.
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Algum tempo depois e longe dali...
Era uma sala comercial, como um escritório de alto padrão, mas estava parcialmente destruído, com muitos vidros no chão e cadeiras destruídas. Havia também vários homens caídos no chão, alguns estavam desmaiados ou simplesmente vencidos. Apenas três figuras pareciam intactas ali. A mulher de cabelos prateados se debruçou sobre a mesa, deixando seu decote a vista da outra pessoa que estava na outra extremidade da mesma mesa.
- Não acha curioso, Yoshua, alguém que até pouco depois do cataclismo não era nada, e logo se tornou o dono de toda uma cidade? Não acha curioso que mesmo sem magia, esta cidade tenha todo este conforto? Adoro tomar um banho quente quando venho aqui. – Comentou Jyrian deforma zombeteira.
- Isso foi com muito trabalho e uma mente genial. – Respondeu o homem também sorrindo.
- É claro, a não ser que, ele esteja escondendo algo não é? Algo que lhe deu tanta vantagem assim em tão pouco tempo. – Completou Yoshua, andando em volta da mesa, olhando para a grande janela de vidro que dava para a praça central da cidade.
- Nós pesquisamos, e sabemos que você passou o que procuramos para o Cavaleiro, por isso estivemos atrás dele por tanto tempo. – Jyrian colocou as mãos na mesa e se sentou, inclinando o corpo para frente, algumas mechas de seu cabelo cobriram-lhe parcialmente o rosto. O homem não retirava o sorriso do rosto, mas pelo canto do olho podia ver Yoshua olhando para a praça central.
- Ele chegou, finalmente, voltou para casa após sua jornada para achar “sabe-se lá oquê”. Agora finalmente vamos ter o que queremos e pararemos de te perturbar, não é? – Yoshua virou-se para o homem, seus olhos eram intimidadores.
- Imagina vocês não são um incomodo, até gosto da companhia de vocês. – O homem agiu da forma mais natural que pode, usava óculos redondos, vestia-se com roupas brancas de cientistas, parecia um homem alegre e bem humorado, mas seu braço esquerdo não era humano, na verdade era uma prótese, seu braço verdadeiro ele havia perdido a muito tempo atrás, a 10 anos, tentando salvar seu maior amigo. Dentre canetas, agendas e tubos de ensaio em sua mesa, havia um retrato de madeira, e nele uma foto antiga e desbotada, dele mesmo com uma criatura estranha e gosmenta.
- Eu o mataria agora, mas sei que você é um dos poucos que sabe onde “ele” foi colocado, e se acabarmos matando este Cavaleiro, você irá ser muito útil. – Justificou Yoshua.
- Vocês nunca terão habilidades para enfrentar um antigo membro da Ordem das Valquírias, não no mundo de hoje. – O cientista falava de uma forma que não transparecesse seu tom de sarcasmo.
- Você não faz ideia do que somos capazes de fazer. Não sabe o quão precisamos disso, foram dez anos ouvindo vozes e pensamentos de pessoas que jamais conhecemos em nossas mentes, gritos e cenas de batalhas que jamais lutando, nós sabemos o que é viver no inferno e vamos fazer de tudo para silenciar estas vozes. – Gritou Jyrian colocando as duas mãos na cabeça, ela parecia sofrer com isso.
- Eu posso recomendar um ótimo psicanalista... – Brincou “Zé” ao ver o estado da garota. Mas logo se arrependeu, houve um segundo onde apenas o som do metal foi ouvido e tão logo a lamina da espada de Yoshua estava sob sua garganta o que fez um pequeno corte, que desceu um fio de sangue.
- Você realmente não sabe quem somos... – Jyrian levantou-se, ao mesmo tempo em que Zé pode ver algo anormal, como não vira a muito tempo, alguma coisa parecia estar querendo entrar naquele mundo através daquela moça. Ela se levantou ainda olhando para ele enquanto suas mãos tremiam e soltavam faíscas fracas e débeis, logo bem diante de si uma pluma negra caiu, tocou a mesa e desapareceu.
- Eu sabia que isso não ia durar por muito tempo. – Comentou o cientista mas desta vez triste por ver esta situação
- Até mais ver velho! – Virou-se a moça, saindo pela porta junto com seu irmão.
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Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 03 – As lembranças que nos restaram.
Havia poucas pessoas nas ruas, mas os que ali estavam não eram por escolha, Nova Juno se tornou a única cidade de todo o continente a ter energia para que as pessoas vivessem vidas próximas do que estavam acostumadas. A eletricidade fornecida pelas maquinas de Juperos fez com que muitas pessoas partissem de suas vilas para morar na cidade, em busca de uma vida mais confortável.
Grandes prédios e conjuntos habitacionais estavam sendo construídos utilizando os velhos prédios das ruínas. Mas estava longe de resolver o problema de habitação, muitas pessoas, ao chegar na cidade não tiveram a sorte de conseguir um emprego ou lugar para viver e acabaram vivendo nas ruas, como sem tetos. Logo a doença e a fome se tornaram frequentes.
Mas as pessoas ainda teimavam em ficar ali. Fora dos limites da cidade, parecia que todas as vilas e cidades que sobreviveram ao cataclismo voltavam a épocas antigas, sem eletricidade ou conforto com os quais as pessoas estavam acostumadas.
Mas hoje uma janela em especial mostrava que uma das casas estava bem iluminada. Lá dentro embora não houvesse muita conversa, era um momento muito raro. O cavaleiro havia retornado após vários meses fora e agora reencontrava sua amiga.
- Obrigado por me receber Mayumi. - Kaito falou para a moça enquanto olhava para uma taça a sua frente, nela havia um liquido doce com sabor artificial de alguma fruta que Kaito não soube identificar.
- Obrigado nada, você poderia vir aqui mais vezes, eu e o Hallym estávamos com saudades. – Ela recolheu alguns pratos que estavam sobre a mesa. Kaito, porém ficou calado. Queria olhar pela a janela, aquele lugar havia mudado muito, mas sentiu a fisgada em seu ombro. Instintivamente colocou a mão no ombro.
- Você se feriu? – Perguntou o menino de nome Hallym que também estava na mesa.
- É só um arranhão. – Disfarçou Kaito, retirando a mão do ombro.
- Deixa-me dar uma olhada, ainda sei fazer um curativo, mesmo sem cura. – Rio Mayumi.
- Você achou algo mágico enquanto esteve fora? – Perguntou o menino curioso sobre a jornada de Kaito. Mayumi olhou para Kaito, a curiosidade e a esperança do achado era algo nítido nos olhares daqueles dois.
- Não, nada mágico, nem mesmo um vestígio de poder ou magia – Kaito olhou para baixo. Ele já havia perdido a esperança a meses atrás, mas só não voltou antes, porque aquele lugar era um museu de lembranças, ele odiava ficar ali e perceber o quanto perdeu nestes anos.
De fato havia muitas fotos, armaduras velhas, objetos pessoas e coisas diversas pertencentes aos membros da Ordem das Valquírias, embora velhos e até quebrados ainda eram guardados com carinho naquela casa, como o Violão favorito de Louis Golden, a Adaga quebrada de Norxalia, a Katana de Hartvalley ou até mesmo, o Cajado Dea de Mayumi, agora inútil a não ser como um lembrete de tempos passados e épocas de glórias.
Por alguns minutos houve um longo período de silêncio constrangedor, enquanto Mayumi terminava de arrumar a cozinha, até que finalmente a criança dormiu deitada no sofá. Kaito a estava olhando durante todo este tempo, e um pouco triste por isso.
- Ele está virando um homem... – pensou alto Kaito
- Não está sendo fácil, nem para ele nem para mim. Acho que no final, estou conseguindo seguir em frente. – Lamentou Mayumi, enquanto se aproximava da mesa com uma pequena caixa branca.
- O mundo nunca será o mesmo para pessoas como nós, eu tentei achar meu lugar aqui, mas ele foi destruído junto com Juno e nossos amigos. – Kaito olhou para a estande onde estava as fotos, pode ver o sorriso na cara de cada uma das pessoas naquelas fotos, com rostos que agora eram borrões em sua mente.
- As vezes, eu acho que vamos acordar um dia, e tudo estará como antes, haverá um belo jardim e Porings pulando nele, pessoas pagando caro para ser abençoadas e curadas, e todos nós vamos estar reunidos em algum lugar com um sofá grande. O Kemaryus vai fazer um discurso grande e chato, enquanto a gente troca mensagem pelo iValk, e eu não terei traído o Halt... – Ela silenciou-se e parou de puxar a faixa que estava enrolando no ombro de Kaito.
- Você fala de mim, mas você também não se perdoou.
- Eu já lamentei tantas coisas nesta vida, que nenhum dinheiro que eu perca será mais valioso do que as decisões erradas que tomei, ou os momentos que não me controlei e deixei ser levada por eles. – Mayumi prendeu a faixa e logo se sentou em uma cadeira próxima.
- Ele sabe do Lymus?
- Não, é justo, não faz diferença, o que adianta eu falar que o pai dele é outro, se este também já está morto? É fazê-lo sofrer duas vezes. E chega de sofrimento nesta família. – Mayumi completou a frase e colocou as mãos nos cabelos.
- Mas eu não estou fugindo, ou desistindo de tudo, igual a você Kaito. Você não é o culpado por tudo isso.
- Eu podia ter me esforçado mais, nem que tivesse custado minha vida.
- Você deu melhor de si, todos deram, todos sofreram e todos morreram, mesmo que você esteja aqui hoje, ou eu, parte do que éramos ou somos, deixou de existir naquele dia. Não sei o que você tanto procura em suas viagens, mas seja lá o que for, você vai ter que achar primeiro em você. – Mayumi terminou levantando-se da mesa, o cavaleiro não olhou para a moça, apenas virou a cabeça para o lado, pensando no que ela disse.
Kaito passou aquela noite com eles, por insistências de Mayumi. Afinal ele não tinha onde passar a noite mesmo. Não houve muitas outras conversas, somente o necessário e logo toda a casa já estava pronta para dormir.
Mas quando o cavaleiro colocou a cabeça no travesseiro, os sonhos daquela antiga batalha voltaram nitidamente em sua mente, dando-lhes pesadelos, onde seus amigos morriam diante seus olhos e sacrificavam seus corpos para que ele continuasse vivo.
Kaito jamais se perdoou por ter ficado vivo, queria ter salvado alguém e ter trocado de lugar com outras pessoas, ele acha que havia pessoas melhores do que ele, que deveriam estar vivas em seu lugar. Isso o faz se sentir culpado, por simplesmente estar vivo.
- Kaito, você devia largar as poções, isso não é a sua cara. – Um Guardião Real diz a Kaito enquanto o via passar com seu carrinho.
- Eu gosto Fletcher, gosto de fazer algo novo, utilizando algo velho.
- É uma pena, você tem uma boa técnica, quando quiser voltar a segurar uma arma de homem, me procure, vou te ensinar como utilizar uma espada, ou até mesmo, uma lança. – Fletcher sorriu e bateu com a mão metálica no ombro de Kaito, então a lembrança desapareceu diante os olhos de Kaito, quando estes se abriram e viram o teto da sala da casa de Mayumi, onde estava abrigado.
*** † ***
Amanheceu em Nova Juno, o sol subia atrás das montanhas que a cercavam, era um dia claro, quente. Mayumi estava levando Hallym para a escola, como sempre fazia todos os dias, passando por um pequeno parque com algumas arvores secas e logo após, uma estação de trem que descia verticalmente até o centro da cidade que os levariam para os andares inferiores onde ficava a escola.
Eles sentaram no banco de madeira da estação para esperar o próximo, como havia acabado de sair um, outro somente em alguns minutos. Eles iam esperar, não estavam atrasados, e até que estavam distraídos vendo ao longe as ruínas do local e algumas pessoas andando na rua.
- Bela mochila. – disse uma voz fria e doce, era Jyrian ali parada logo atrás deles. Mayumi rapidamente se levantou, colocou Hallym atrás de si e ficou em postura de luta. Estava usando Jeans e uma camiseta simples além de tênis.
- Nossa! Quanta agressividade não se pode mais elogiar?
- Eu sei quem é você, você e seu irmão têm famas de encrenqueiros e assassinos, são bandidos. – retrucou Mayumi. Jyrian estufou o peito respirando profundamente e colocou a mão na cintura.
- Não devia acreditar em tudo o que dizem, toda historia tem dois lados.
- O que você quer aqui?
- Vim levar o garoto, ele será útil, se você for boazinha, ninguém se machuca. –A moça de cabelos prateados se inclinou para frente, abaixando-se um pouco e olhando para o pequeno garoto. Seu cabelo parecia refletir intensamente o sol.
- Não vai levar ele! Não importa para o que seja.
- Então a bonequinha quer lutar? Fala sério, você não tem a menos chance, vou te matar e ai eu levo o garoto de toda forma, triste para ele que verá a mãe morrer, se bem que... Tanto faz. – A moça debochou e também se colocou em posição de luta.
Não houve mais espera. Jyrian partiu para cima de Mayumi de punhos fechados, sem usar armas, desferiu socos contra a Arcebispa, que desviou inclinando o corpo. Hallym saiu do meio da luta e se afastou, apenas observando tudo preocupado.
Jyrian tentou acertar um soco direito na face de Mayumi, que desviou a tempo, mas não pode prever a cotovelada na boca ou a joelhada no estomago que viriam depois, Mayumi afastou Jyrian com as mãos e desvencilhou de um chute, quando ganhou espaço, saltou sobre os bancos e usou uma voadora contra a moça, acertando-a em cheio. Jyrian bateu contra a parede oposta, tossindo.
Mayumi aproveitou e começou a socar o estomago dela com as duas mãos, então segurou a cabeça de Jyrian e a encheu de joelhadas na cara, com toda força. Jyrian tentou socar e afastar Mayumi, mas teve as mãos presas, enquanto Mayumi usando as pernas aplicou uma rasteira, uma vez sem o apoio, Jyrian foi suspensa e Mayumi utilizando seu corpo como alavanca rapidamente jogou a moça contra a outra parede, mais distante. A moça bateu e caiu no chão. Mayumi puxou o fôlego, já estava cansada, havia muito tempo que não lutava.
A moça não se levantou de imediato, houve o barulho de trem, Mayumi respirou aliviada quando o vagão começou a aparecer no trilho em direção a plataforma. Hallym veio até ela para esperar a porta de metal se abrir.
Um homem apareceu na porta, seu cabelo também era prateado, era Yoshua, ele olhou para dentro da pequena estação, então para Mayumi e depois para o garoto, depois para o local onde Jyrian estava.
- Anda logo Jyrian, ainda não comi nada. – Pediu calmamente Yoshua e saiu do local pelo mesmo lugar que entrou.
- Você bate forte para uma crente. – A voz feminina e fria de Jyrian ecoou pelo lugar enquanto ela se levantava atrás dos bancos, onde havia sido arremessada.
- Arcebispa, e você não faz a menor ideia de como era difícil pegar cinquenta de “job” como noviça. – Mayumi voltou a ficar em posição de luta, embora desta vez estivesse cansada.
- Isso foi um ótimo aquecimento, agora já estou quente. – Jyrian sorriu pelo canto da boca, e a ex-Arcebispa temeu aquelas frases.
Mayumi mal teve tempo de respirar. Então um dos bancos de madeira da estação a acertou em cheio a prensando contra a parede, Jyrian apareceu sobre ela em outro milésimo de segundo, Mayumi tentou acertar um soco, mas ficou no vácuo.
Jyrian a pegou pelo braço e a arremessou no ar, mas não teve tempo de cair no chão, pois logo em seguida, Jyrian a pegou pelos cabelos, desferindo socos muito fortes ao lado de sua barriga. Mayumi gritou. Continuando sua sequencia a moça jogou Mayumi no chão, então levantou uma de suas pernas para o alto e desceu com toda a força na coluna de Mayumi que bateu no chão gritando de dor.
Hallym correu para salvar sua mãe, tentou socar Jyrian mas isso não a impedia de continuar chutando sua mãe no chão, em desespero, o menino teve uma ideia ousada: passou a mão no bumbum de Jyrian vagarosamente e viu a moça tremer e assustar-se.
- O que pensa que está fazendo moleque!! – A moça ficou irritadíssima e parou de espancar Mayumi. Parecia estar corada, talvez por vergonha talvez por raiva.
– Vamos! Isso já me irritou. – Jyrian pegou Hallym pelo braço com força e de forma estúpida, Mayumi sem fôlego e muito dolorida tentou segurar o calcanhar da moça, mas recebeu um chute com uma pesada bota diretamente na cabeça, que a fez perder a consciência e logo apagar em meio a escuridão e desespero, ao fundo a voz de seu filho gritando ainda ecoou por alguns instantes.
Cont...
Havia poucas pessoas nas ruas, mas os que ali estavam não eram por escolha, Nova Juno se tornou a única cidade de todo o continente a ter energia para que as pessoas vivessem vidas próximas do que estavam acostumadas. A eletricidade fornecida pelas maquinas de Juperos fez com que muitas pessoas partissem de suas vilas para morar na cidade, em busca de uma vida mais confortável.
Grandes prédios e conjuntos habitacionais estavam sendo construídos utilizando os velhos prédios das ruínas. Mas estava longe de resolver o problema de habitação, muitas pessoas, ao chegar na cidade não tiveram a sorte de conseguir um emprego ou lugar para viver e acabaram vivendo nas ruas, como sem tetos. Logo a doença e a fome se tornaram frequentes.
Mas as pessoas ainda teimavam em ficar ali. Fora dos limites da cidade, parecia que todas as vilas e cidades que sobreviveram ao cataclismo voltavam a épocas antigas, sem eletricidade ou conforto com os quais as pessoas estavam acostumadas.
Mas hoje uma janela em especial mostrava que uma das casas estava bem iluminada. Lá dentro embora não houvesse muita conversa, era um momento muito raro. O cavaleiro havia retornado após vários meses fora e agora reencontrava sua amiga.
- Obrigado por me receber Mayumi. - Kaito falou para a moça enquanto olhava para uma taça a sua frente, nela havia um liquido doce com sabor artificial de alguma fruta que Kaito não soube identificar.
- Obrigado nada, você poderia vir aqui mais vezes, eu e o Hallym estávamos com saudades. – Ela recolheu alguns pratos que estavam sobre a mesa. Kaito, porém ficou calado. Queria olhar pela a janela, aquele lugar havia mudado muito, mas sentiu a fisgada em seu ombro. Instintivamente colocou a mão no ombro.
- Você se feriu? – Perguntou o menino de nome Hallym que também estava na mesa.
- É só um arranhão. – Disfarçou Kaito, retirando a mão do ombro.
- Deixa-me dar uma olhada, ainda sei fazer um curativo, mesmo sem cura. – Rio Mayumi.
- Você achou algo mágico enquanto esteve fora? – Perguntou o menino curioso sobre a jornada de Kaito. Mayumi olhou para Kaito, a curiosidade e a esperança do achado era algo nítido nos olhares daqueles dois.
- Não, nada mágico, nem mesmo um vestígio de poder ou magia – Kaito olhou para baixo. Ele já havia perdido a esperança a meses atrás, mas só não voltou antes, porque aquele lugar era um museu de lembranças, ele odiava ficar ali e perceber o quanto perdeu nestes anos.
De fato havia muitas fotos, armaduras velhas, objetos pessoas e coisas diversas pertencentes aos membros da Ordem das Valquírias, embora velhos e até quebrados ainda eram guardados com carinho naquela casa, como o Violão favorito de Louis Golden, a Adaga quebrada de Norxalia, a Katana de Hartvalley ou até mesmo, o Cajado Dea de Mayumi, agora inútil a não ser como um lembrete de tempos passados e épocas de glórias.
Por alguns minutos houve um longo período de silêncio constrangedor, enquanto Mayumi terminava de arrumar a cozinha, até que finalmente a criança dormiu deitada no sofá. Kaito a estava olhando durante todo este tempo, e um pouco triste por isso.
- Ele está virando um homem... – pensou alto Kaito
- Não está sendo fácil, nem para ele nem para mim. Acho que no final, estou conseguindo seguir em frente. – Lamentou Mayumi, enquanto se aproximava da mesa com uma pequena caixa branca.
- O mundo nunca será o mesmo para pessoas como nós, eu tentei achar meu lugar aqui, mas ele foi destruído junto com Juno e nossos amigos. – Kaito olhou para a estande onde estava as fotos, pode ver o sorriso na cara de cada uma das pessoas naquelas fotos, com rostos que agora eram borrões em sua mente.
- As vezes, eu acho que vamos acordar um dia, e tudo estará como antes, haverá um belo jardim e Porings pulando nele, pessoas pagando caro para ser abençoadas e curadas, e todos nós vamos estar reunidos em algum lugar com um sofá grande. O Kemaryus vai fazer um discurso grande e chato, enquanto a gente troca mensagem pelo iValk, e eu não terei traído o Halt... – Ela silenciou-se e parou de puxar a faixa que estava enrolando no ombro de Kaito.
- Você fala de mim, mas você também não se perdoou.
- Eu já lamentei tantas coisas nesta vida, que nenhum dinheiro que eu perca será mais valioso do que as decisões erradas que tomei, ou os momentos que não me controlei e deixei ser levada por eles. – Mayumi prendeu a faixa e logo se sentou em uma cadeira próxima.
- Ele sabe do Lymus?
- Não, é justo, não faz diferença, o que adianta eu falar que o pai dele é outro, se este também já está morto? É fazê-lo sofrer duas vezes. E chega de sofrimento nesta família. – Mayumi completou a frase e colocou as mãos nos cabelos.
- Mas eu não estou fugindo, ou desistindo de tudo, igual a você Kaito. Você não é o culpado por tudo isso.
- Eu podia ter me esforçado mais, nem que tivesse custado minha vida.
- Você deu melhor de si, todos deram, todos sofreram e todos morreram, mesmo que você esteja aqui hoje, ou eu, parte do que éramos ou somos, deixou de existir naquele dia. Não sei o que você tanto procura em suas viagens, mas seja lá o que for, você vai ter que achar primeiro em você. – Mayumi terminou levantando-se da mesa, o cavaleiro não olhou para a moça, apenas virou a cabeça para o lado, pensando no que ela disse.
Kaito passou aquela noite com eles, por insistências de Mayumi. Afinal ele não tinha onde passar a noite mesmo. Não houve muitas outras conversas, somente o necessário e logo toda a casa já estava pronta para dormir.
Mas quando o cavaleiro colocou a cabeça no travesseiro, os sonhos daquela antiga batalha voltaram nitidamente em sua mente, dando-lhes pesadelos, onde seus amigos morriam diante seus olhos e sacrificavam seus corpos para que ele continuasse vivo.
Kaito jamais se perdoou por ter ficado vivo, queria ter salvado alguém e ter trocado de lugar com outras pessoas, ele acha que havia pessoas melhores do que ele, que deveriam estar vivas em seu lugar. Isso o faz se sentir culpado, por simplesmente estar vivo.
- Kaito, você devia largar as poções, isso não é a sua cara. – Um Guardião Real diz a Kaito enquanto o via passar com seu carrinho.
- Eu gosto Fletcher, gosto de fazer algo novo, utilizando algo velho.
- É uma pena, você tem uma boa técnica, quando quiser voltar a segurar uma arma de homem, me procure, vou te ensinar como utilizar uma espada, ou até mesmo, uma lança. – Fletcher sorriu e bateu com a mão metálica no ombro de Kaito, então a lembrança desapareceu diante os olhos de Kaito, quando estes se abriram e viram o teto da sala da casa de Mayumi, onde estava abrigado.
*** † ***
Amanheceu em Nova Juno, o sol subia atrás das montanhas que a cercavam, era um dia claro, quente. Mayumi estava levando Hallym para a escola, como sempre fazia todos os dias, passando por um pequeno parque com algumas arvores secas e logo após, uma estação de trem que descia verticalmente até o centro da cidade que os levariam para os andares inferiores onde ficava a escola.
Eles sentaram no banco de madeira da estação para esperar o próximo, como havia acabado de sair um, outro somente em alguns minutos. Eles iam esperar, não estavam atrasados, e até que estavam distraídos vendo ao longe as ruínas do local e algumas pessoas andando na rua.
- Bela mochila. – disse uma voz fria e doce, era Jyrian ali parada logo atrás deles. Mayumi rapidamente se levantou, colocou Hallym atrás de si e ficou em postura de luta. Estava usando Jeans e uma camiseta simples além de tênis.
- Nossa! Quanta agressividade não se pode mais elogiar?
- Eu sei quem é você, você e seu irmão têm famas de encrenqueiros e assassinos, são bandidos. – retrucou Mayumi. Jyrian estufou o peito respirando profundamente e colocou a mão na cintura.
- Não devia acreditar em tudo o que dizem, toda historia tem dois lados.
- O que você quer aqui?
- Vim levar o garoto, ele será útil, se você for boazinha, ninguém se machuca. –A moça de cabelos prateados se inclinou para frente, abaixando-se um pouco e olhando para o pequeno garoto. Seu cabelo parecia refletir intensamente o sol.
- Não vai levar ele! Não importa para o que seja.
- Então a bonequinha quer lutar? Fala sério, você não tem a menos chance, vou te matar e ai eu levo o garoto de toda forma, triste para ele que verá a mãe morrer, se bem que... Tanto faz. – A moça debochou e também se colocou em posição de luta.
Não houve mais espera. Jyrian partiu para cima de Mayumi de punhos fechados, sem usar armas, desferiu socos contra a Arcebispa, que desviou inclinando o corpo. Hallym saiu do meio da luta e se afastou, apenas observando tudo preocupado.
Jyrian tentou acertar um soco direito na face de Mayumi, que desviou a tempo, mas não pode prever a cotovelada na boca ou a joelhada no estomago que viriam depois, Mayumi afastou Jyrian com as mãos e desvencilhou de um chute, quando ganhou espaço, saltou sobre os bancos e usou uma voadora contra a moça, acertando-a em cheio. Jyrian bateu contra a parede oposta, tossindo.
Mayumi aproveitou e começou a socar o estomago dela com as duas mãos, então segurou a cabeça de Jyrian e a encheu de joelhadas na cara, com toda força. Jyrian tentou socar e afastar Mayumi, mas teve as mãos presas, enquanto Mayumi usando as pernas aplicou uma rasteira, uma vez sem o apoio, Jyrian foi suspensa e Mayumi utilizando seu corpo como alavanca rapidamente jogou a moça contra a outra parede, mais distante. A moça bateu e caiu no chão. Mayumi puxou o fôlego, já estava cansada, havia muito tempo que não lutava.
A moça não se levantou de imediato, houve o barulho de trem, Mayumi respirou aliviada quando o vagão começou a aparecer no trilho em direção a plataforma. Hallym veio até ela para esperar a porta de metal se abrir.
Um homem apareceu na porta, seu cabelo também era prateado, era Yoshua, ele olhou para dentro da pequena estação, então para Mayumi e depois para o garoto, depois para o local onde Jyrian estava.
- Anda logo Jyrian, ainda não comi nada. – Pediu calmamente Yoshua e saiu do local pelo mesmo lugar que entrou.
- Você bate forte para uma crente. – A voz feminina e fria de Jyrian ecoou pelo lugar enquanto ela se levantava atrás dos bancos, onde havia sido arremessada.
- Arcebispa, e você não faz a menor ideia de como era difícil pegar cinquenta de “job” como noviça. – Mayumi voltou a ficar em posição de luta, embora desta vez estivesse cansada.
- Isso foi um ótimo aquecimento, agora já estou quente. – Jyrian sorriu pelo canto da boca, e a ex-Arcebispa temeu aquelas frases.
Mayumi mal teve tempo de respirar. Então um dos bancos de madeira da estação a acertou em cheio a prensando contra a parede, Jyrian apareceu sobre ela em outro milésimo de segundo, Mayumi tentou acertar um soco, mas ficou no vácuo.
Jyrian a pegou pelo braço e a arremessou no ar, mas não teve tempo de cair no chão, pois logo em seguida, Jyrian a pegou pelos cabelos, desferindo socos muito fortes ao lado de sua barriga. Mayumi gritou. Continuando sua sequencia a moça jogou Mayumi no chão, então levantou uma de suas pernas para o alto e desceu com toda a força na coluna de Mayumi que bateu no chão gritando de dor.
Hallym correu para salvar sua mãe, tentou socar Jyrian mas isso não a impedia de continuar chutando sua mãe no chão, em desespero, o menino teve uma ideia ousada: passou a mão no bumbum de Jyrian vagarosamente e viu a moça tremer e assustar-se.
- O que pensa que está fazendo moleque!! – A moça ficou irritadíssima e parou de espancar Mayumi. Parecia estar corada, talvez por vergonha talvez por raiva.
– Vamos! Isso já me irritou. – Jyrian pegou Hallym pelo braço com força e de forma estúpida, Mayumi sem fôlego e muito dolorida tentou segurar o calcanhar da moça, mas recebeu um chute com uma pesada bota diretamente na cabeça, que a fez perder a consciência e logo apagar em meio a escuridão e desespero, ao fundo a voz de seu filho gritando ainda ecoou por alguns instantes.
Cont...
Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 04 – Objetivos e Objetos
Kaito andou por aquele corredor, o chão de madeira rangia conforme ele caminhava, aquela casa era cheia de lembranças, algumas que davam um aperto no peito e outras que eram apenas relíquias de um tempo de glória, a muito deixado para trás como apenas uma memória vaga e solitária. Havia armas emolduradas em quadros ou em estantes, algumas velhas outras quebradas, mas outras ainda em ótimo estado.
“Norxalia” – Leu em uma inscrição que estava abaixo de um par de adagas vermelhas. Ele se lembrou de seus cabelos ruivos e sua cara sempre enfezada. Era uma boa amiga. Lembrou-se de sua voz e sua peculiar antipatia por mapas. Sentiu saudades de ouvi-la contar seus feitos, sentiu saudades de lutar ao seu lado.
“Sua mente novamente o levou para outro lugar, como um flash de luz, tão forte e tão intenso, que mesmo após adentra o sonho, não era possível ver muito além, mas era quente, havia muitas pessoas e o chão de Prontera, ah a antiga Prontera. Ele e mais algumas pessoas estavam na frente da Loja Valkyrica, havia alguns populares observando enquanto ele lutava contra um homem com uma armadura brilhante.
- Você devia usar lanças, são melhores do que espadas, além disso, você vai gostar – Fletcher girou sua lança no ar, então bateu ela com uma certa força na mão do cavaleiro, o fazendo derrubar a espada no chão, mas sem o ferir. O som do metal ecoou e por alguns instantes Kaito observou no chão a arma caída enquanto abaixava para pegá-la.
- Viu?
- Ainda estou me acostumando com a ideia de voltar a ser cavaleiro. Não força! – Kaito pegou a espada no chão para recomeçar o treinamento com Fletcher. Ele não conseguia ver totalmente o rosto do Guardião Real, havia muita luz. Mas podia ver que ele estava sorrindo.
- Vamos, ainda temos algum tempo até a hora do almoço. – O Guardião Real colocou-se novamente em posição de combate. Fletcher levantou a lança, por alguns instantes os olhos de Kaito fixaram em Fletcher, que ainda estava com um largo sorriso amigável.“
A campainha tocou e Kaito foi tirado de suas lembranças, olhou em suas mãos e nela estava a mesma espada que treinara com Fletcher, estava quebrada e já corroída, a colocou sobre o móvel e foi até a porta.
Era alguém que ele não conhecia, mas que lhe dera uma noticia trágica. Ele correu assim que soube sobre Mayumi, atravessou um pequeno parque correndo e chegou até a estação de trem, viu Mayumi caída no chão com algumas pessoas em volta tentando acordá-la. Assim que Kaito se aproximou, ela abriu os olhos e olhou diretamente para ele. Estava ferida, pálida e com o rosto inchado, mal podia abrir o olho.
- Ela levou o Hallym, por favor, você precisa resgatá-lo! – Mayumi quase sussurrou, ainda estava muito tonta. Havia um pouco de sangue em sua roupa e os cabelos estavam sobre seu rosto
- Eu... - Kaito hesitou por alguns momentos – Eu não posso, não posso vencê-los.
- Por favor. Kaito.
- Vou pedir para a Milícia ir atrás deles, eles irão resgatar Hallym.
- Por favor, salve-o... – Mayumi suplicou, olhos se fecharam ela estava exausta.
Ele sabia que enfrentar os dois irmãos não era uma tarefa fácil. O mundo em que ele vive hoje não é como antigamente, não há sacerdotes para fazer curas milagrosas, ou itens mágicos para aumentar seu poder, até mesmo muitas das habilidades de Cavaleiro foram perdidas visto que usavam alguma espécie de magia.
Se ele entrasse em uma briga, certamente iria morrer, ou se machucar mortalmente, não havia mais a magia da cura para auxilia-lo. Mas ele não podia deixar de atender o apelo de Mayumi ou deixar Hallym a própria sorte. Kaito a olhou por uma ultima vez, incerto de que voltaria a vê-la novamente. Embora machucada, nunca a viu tão bonita, e isso mexeu com seu coração, pois na ultima vez que viu seus amigos, ele se lembrava de como eles pareciam belos, majestosos e até mesmo divinos, minutos antes de serem obliterados do mundo.
Alguns minutos depois, Mayumi estava em sua cama, recebendo cuidados, enquanto na sala, Kaito vestia as armaduras e roupas. Assim como preparava seu leão para partir imediatamente. Só havia um lugar onde aqueles irmãos poderia levar o garoto, um lugar amaldiçoado e marcado pela dor.
___
Ruínas de Juno – Epicentro do Cataclismo
Hallym foi jogado em um pequeno lago, ele se debateu assustado e levantou-se, a água dava-lhe na altura da cintura, fria, prateada mas com um fundo negro onde parecia refletir as estrelas, mas era dia ainda. Eles estavam a beira do profundo abismo de rochas para onde Juno precipitou-se quando foi destruída e caiu sobre a terra. As rochas, arvores retorcidas bloqueavam grande parte do sol, apenas algumas frestas refletiam naquela água a borda de uma imensa caverna.
O garoto olhou para a margem e viu Jyrian descendo de sua hiena demoníaca, mas não havia sinal de Yoshua. A garota se aproximou, e adentrou também as águas, tirando o sobretudo, revelando uma pele alva, clara que parecia ter iluminação própria, ela era muito bonita. Ali tudo era escuro e opaco. Jyrian caminhou nas águas que batiam até pouco acima do joelho formando pequenas deformações na superfície, seu olhar fixo no garoto e um meio sorriso nos lábios, ela não usava nenhuma arma aparentemente.
- Quer ver uma magia criança? – Brincou tirando uma mecha de cabelo diante dos olhos a colocando atrás da orelha esquerda. Ela era bem mais alta do que Hallym, era uma mulher.
- Não existe magia! – Relutou Hallym, estava confuso e com raiva de sua raptora, mas com medo do que a moça poderia fazer com ele, pois vira sua mãe ser espancada a poucos minutos.
- Ora ora que resmungão... Mas isso não é de total verdade. – Ela caminhou em volta do garoto enquanto pequenas ondas formavam conforme ela andava. Hallym com medo não se moveu apenas observou com a visão periférica.
- Há muito tempo atrás existia muita magia no mundo, muita, e as pessoas não mostravam o devido respeito. Então, ela se acabou e com ela, minha herança, eu não quero mudar as coisas, até gosto de ver vocês sem sua preciosa magia, ela não é para humanos, criaturas tão fracas e ignorantes, é o mesmo que dar um rifle a um macaco. Eu quero só o que é meu, minha herança, o que herdei de meu pai e o que ele herdou de meu avô, quero o sangue de minha família, todos reunidos alegres e felizes, não é justo?
- ... – Hallym estava agora com muito medo do que ela poderia fazer com ele, aquela conversa era estranha de mais, ela era estranha de mais.
- Não é justo?! – Jyrian gritou ao não receber a resposta do garoto, o que fez o menino recuar de susto.
- S-sim. – Disse relutante.
A moça acenou no ar as mãos vazias, então se aproximou do garoto, o som das águas sendo agitadas era o único naquele lugar, não havia pássaros ou vento, tão pouco outros animais. Ela estendeu a mão, e em um movimento rápido, pegou algo que estava atrás da orelha esquerda de Hallym, como um mágico circense, uma adaga de Prata com adornos com ossos e caveira, pequena, mas afiada.
- Isso foi só um truque! – Insultou Hallym, afinal ele não era mais criança para acreditar em magia e mágicas.
- Nossa, que adulto você é, e um adulto muito rabugento. É claro que é um truque, mas pense, e se eu pudesse realmente fazer alguma mágica que valesse a pena, o que você iria querer que eu conjurasse para você? Um brinquedo, um animal de estimação? Uma namoradinha? – Ela estava inclinada sobre o garoto, seus cabelos caiam a frente de seus ombros e segurava a adaga com as mãos fechadas.
- Nada, você só pode fazer coisas ruins porque você é ruim! – Hallym começou a sentir frio, logo percebeu que seu queixo estava frouxo e ocasionalmente batiam devido ao frio do local e das águas.
- Ah qualé, sem essa de bem ou mal, vamos lá, pense em algo que realmente você queira, lembre-se, é apenas magia. – Ela abriu os braços indignada mas sorrindo com a resposta do garoto. O menino parou e pensou por alguns minutos, ainda que meio relutante em falar sobre isso, o olhar frio da garota era intimidador.
- Meu pai.
- O Quê?
- Eu queria meu pai de volta, eu nunca o conheci, se ele estivesse vivo ele estaria aqui para acabar com você e me levar para minha mãe, meu pai foi um grande herói e daria conta de você facilmente. – O menino evitou olhar para a moça enquanto falava.
- Viu, não somos tão diferentes assim quanto você imagina, ambos queremos exatamente a mesma coisa, algo que nos foi tirado, algo que naturalmente seria nosso. Em um mundo de magia, a morte é apenas uma barreira tola, trazer alguém dos mortos é como fazer um passeio a um parque temático. – Ela voltou a se aproximar do garoto, colocando sua mão direita sobre o ombro dele.
- Se me ajudar, eu dou minha palavra que trago seu pai de volta. – A moça sorriu para o menino, aquela criança não notou mas havia muito mais do que um sorriso naquele rosto, havia uma malícia.
- Se você trazer a magia de volta, você realmente consegue fazer isso? – A oferta era tentadora de mais, ele poderia finalmente conhecer seu pai, um herói dos tempos antigos, um mártir, ter uma família completa, como algo que fosse trazer tanta felicidade poderia ser ruim. Em todo caso, com seu pai de volta ele poderia usar a magia para acabar com aquela mulher estranha.
- Tem minha palavra. – A garota colocou a mão sobre o peito e fez uma leve reverência, seus olhos cinzentos eram penetrantes.
- Eu te ajudo então.
A moça segurou com força a Adaga de prata que ainda carregava consigo, então fechou a outra mão sobre o fio da arma, e puxando-a abriu um corte não muito profundo mas suficiente para sangrar. Algumas gotas daquele sangue vermelho escuro caíram naquelas águas do lago.
Em seguida se dirigiu ao menino, e antes que ele pudesse reagir, segurou fortemente sua mãe, e com não menos delicadeza, cortou igualmente a mão de Hallym. Ele gritou e tentou soltar-se.
Jyrian então uniu as duas mãos com os cortes, como um pacto de sangue selado por um aperto de mãos. Em seguida ela o abraçou puxando-o para si, o menino não falou mais nada, nem relutou, ficou ali com sua cabeça encostada nos seios dela, enquanto os sangues de ambos pingavam naquele lago escuro, havia um sorriso perverso nos lábios de Jyrian, como se um plano a muito planejado estivesse correndo exatamente como fora feito.
cont.
Kaito andou por aquele corredor, o chão de madeira rangia conforme ele caminhava, aquela casa era cheia de lembranças, algumas que davam um aperto no peito e outras que eram apenas relíquias de um tempo de glória, a muito deixado para trás como apenas uma memória vaga e solitária. Havia armas emolduradas em quadros ou em estantes, algumas velhas outras quebradas, mas outras ainda em ótimo estado.
“Norxalia” – Leu em uma inscrição que estava abaixo de um par de adagas vermelhas. Ele se lembrou de seus cabelos ruivos e sua cara sempre enfezada. Era uma boa amiga. Lembrou-se de sua voz e sua peculiar antipatia por mapas. Sentiu saudades de ouvi-la contar seus feitos, sentiu saudades de lutar ao seu lado.
“Sua mente novamente o levou para outro lugar, como um flash de luz, tão forte e tão intenso, que mesmo após adentra o sonho, não era possível ver muito além, mas era quente, havia muitas pessoas e o chão de Prontera, ah a antiga Prontera. Ele e mais algumas pessoas estavam na frente da Loja Valkyrica, havia alguns populares observando enquanto ele lutava contra um homem com uma armadura brilhante.
- Você devia usar lanças, são melhores do que espadas, além disso, você vai gostar – Fletcher girou sua lança no ar, então bateu ela com uma certa força na mão do cavaleiro, o fazendo derrubar a espada no chão, mas sem o ferir. O som do metal ecoou e por alguns instantes Kaito observou no chão a arma caída enquanto abaixava para pegá-la.
- Viu?
- Ainda estou me acostumando com a ideia de voltar a ser cavaleiro. Não força! – Kaito pegou a espada no chão para recomeçar o treinamento com Fletcher. Ele não conseguia ver totalmente o rosto do Guardião Real, havia muita luz. Mas podia ver que ele estava sorrindo.
- Vamos, ainda temos algum tempo até a hora do almoço. – O Guardião Real colocou-se novamente em posição de combate. Fletcher levantou a lança, por alguns instantes os olhos de Kaito fixaram em Fletcher, que ainda estava com um largo sorriso amigável.“
A campainha tocou e Kaito foi tirado de suas lembranças, olhou em suas mãos e nela estava a mesma espada que treinara com Fletcher, estava quebrada e já corroída, a colocou sobre o móvel e foi até a porta.
Era alguém que ele não conhecia, mas que lhe dera uma noticia trágica. Ele correu assim que soube sobre Mayumi, atravessou um pequeno parque correndo e chegou até a estação de trem, viu Mayumi caída no chão com algumas pessoas em volta tentando acordá-la. Assim que Kaito se aproximou, ela abriu os olhos e olhou diretamente para ele. Estava ferida, pálida e com o rosto inchado, mal podia abrir o olho.
- Ela levou o Hallym, por favor, você precisa resgatá-lo! – Mayumi quase sussurrou, ainda estava muito tonta. Havia um pouco de sangue em sua roupa e os cabelos estavam sobre seu rosto
- Eu... - Kaito hesitou por alguns momentos – Eu não posso, não posso vencê-los.
- Por favor. Kaito.
- Vou pedir para a Milícia ir atrás deles, eles irão resgatar Hallym.
- Por favor, salve-o... – Mayumi suplicou, olhos se fecharam ela estava exausta.
Ele sabia que enfrentar os dois irmãos não era uma tarefa fácil. O mundo em que ele vive hoje não é como antigamente, não há sacerdotes para fazer curas milagrosas, ou itens mágicos para aumentar seu poder, até mesmo muitas das habilidades de Cavaleiro foram perdidas visto que usavam alguma espécie de magia.
Se ele entrasse em uma briga, certamente iria morrer, ou se machucar mortalmente, não havia mais a magia da cura para auxilia-lo. Mas ele não podia deixar de atender o apelo de Mayumi ou deixar Hallym a própria sorte. Kaito a olhou por uma ultima vez, incerto de que voltaria a vê-la novamente. Embora machucada, nunca a viu tão bonita, e isso mexeu com seu coração, pois na ultima vez que viu seus amigos, ele se lembrava de como eles pareciam belos, majestosos e até mesmo divinos, minutos antes de serem obliterados do mundo.
Alguns minutos depois, Mayumi estava em sua cama, recebendo cuidados, enquanto na sala, Kaito vestia as armaduras e roupas. Assim como preparava seu leão para partir imediatamente. Só havia um lugar onde aqueles irmãos poderia levar o garoto, um lugar amaldiçoado e marcado pela dor.
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Ruínas de Juno – Epicentro do Cataclismo
Hallym foi jogado em um pequeno lago, ele se debateu assustado e levantou-se, a água dava-lhe na altura da cintura, fria, prateada mas com um fundo negro onde parecia refletir as estrelas, mas era dia ainda. Eles estavam a beira do profundo abismo de rochas para onde Juno precipitou-se quando foi destruída e caiu sobre a terra. As rochas, arvores retorcidas bloqueavam grande parte do sol, apenas algumas frestas refletiam naquela água a borda de uma imensa caverna.
O garoto olhou para a margem e viu Jyrian descendo de sua hiena demoníaca, mas não havia sinal de Yoshua. A garota se aproximou, e adentrou também as águas, tirando o sobretudo, revelando uma pele alva, clara que parecia ter iluminação própria, ela era muito bonita. Ali tudo era escuro e opaco. Jyrian caminhou nas águas que batiam até pouco acima do joelho formando pequenas deformações na superfície, seu olhar fixo no garoto e um meio sorriso nos lábios, ela não usava nenhuma arma aparentemente.
- Quer ver uma magia criança? – Brincou tirando uma mecha de cabelo diante dos olhos a colocando atrás da orelha esquerda. Ela era bem mais alta do que Hallym, era uma mulher.
- Não existe magia! – Relutou Hallym, estava confuso e com raiva de sua raptora, mas com medo do que a moça poderia fazer com ele, pois vira sua mãe ser espancada a poucos minutos.
- Ora ora que resmungão... Mas isso não é de total verdade. – Ela caminhou em volta do garoto enquanto pequenas ondas formavam conforme ela andava. Hallym com medo não se moveu apenas observou com a visão periférica.
- Há muito tempo atrás existia muita magia no mundo, muita, e as pessoas não mostravam o devido respeito. Então, ela se acabou e com ela, minha herança, eu não quero mudar as coisas, até gosto de ver vocês sem sua preciosa magia, ela não é para humanos, criaturas tão fracas e ignorantes, é o mesmo que dar um rifle a um macaco. Eu quero só o que é meu, minha herança, o que herdei de meu pai e o que ele herdou de meu avô, quero o sangue de minha família, todos reunidos alegres e felizes, não é justo?
- ... – Hallym estava agora com muito medo do que ela poderia fazer com ele, aquela conversa era estranha de mais, ela era estranha de mais.
- Não é justo?! – Jyrian gritou ao não receber a resposta do garoto, o que fez o menino recuar de susto.
- S-sim. – Disse relutante.
A moça acenou no ar as mãos vazias, então se aproximou do garoto, o som das águas sendo agitadas era o único naquele lugar, não havia pássaros ou vento, tão pouco outros animais. Ela estendeu a mão, e em um movimento rápido, pegou algo que estava atrás da orelha esquerda de Hallym, como um mágico circense, uma adaga de Prata com adornos com ossos e caveira, pequena, mas afiada.
- Isso foi só um truque! – Insultou Hallym, afinal ele não era mais criança para acreditar em magia e mágicas.
- Nossa, que adulto você é, e um adulto muito rabugento. É claro que é um truque, mas pense, e se eu pudesse realmente fazer alguma mágica que valesse a pena, o que você iria querer que eu conjurasse para você? Um brinquedo, um animal de estimação? Uma namoradinha? – Ela estava inclinada sobre o garoto, seus cabelos caiam a frente de seus ombros e segurava a adaga com as mãos fechadas.
- Nada, você só pode fazer coisas ruins porque você é ruim! – Hallym começou a sentir frio, logo percebeu que seu queixo estava frouxo e ocasionalmente batiam devido ao frio do local e das águas.
- Ah qualé, sem essa de bem ou mal, vamos lá, pense em algo que realmente você queira, lembre-se, é apenas magia. – Ela abriu os braços indignada mas sorrindo com a resposta do garoto. O menino parou e pensou por alguns minutos, ainda que meio relutante em falar sobre isso, o olhar frio da garota era intimidador.
- Meu pai.
- O Quê?
- Eu queria meu pai de volta, eu nunca o conheci, se ele estivesse vivo ele estaria aqui para acabar com você e me levar para minha mãe, meu pai foi um grande herói e daria conta de você facilmente. – O menino evitou olhar para a moça enquanto falava.
- Viu, não somos tão diferentes assim quanto você imagina, ambos queremos exatamente a mesma coisa, algo que nos foi tirado, algo que naturalmente seria nosso. Em um mundo de magia, a morte é apenas uma barreira tola, trazer alguém dos mortos é como fazer um passeio a um parque temático. – Ela voltou a se aproximar do garoto, colocando sua mão direita sobre o ombro dele.
- Se me ajudar, eu dou minha palavra que trago seu pai de volta. – A moça sorriu para o menino, aquela criança não notou mas havia muito mais do que um sorriso naquele rosto, havia uma malícia.
- Se você trazer a magia de volta, você realmente consegue fazer isso? – A oferta era tentadora de mais, ele poderia finalmente conhecer seu pai, um herói dos tempos antigos, um mártir, ter uma família completa, como algo que fosse trazer tanta felicidade poderia ser ruim. Em todo caso, com seu pai de volta ele poderia usar a magia para acabar com aquela mulher estranha.
- Tem minha palavra. – A garota colocou a mão sobre o peito e fez uma leve reverência, seus olhos cinzentos eram penetrantes.
- Eu te ajudo então.
A moça segurou com força a Adaga de prata que ainda carregava consigo, então fechou a outra mão sobre o fio da arma, e puxando-a abriu um corte não muito profundo mas suficiente para sangrar. Algumas gotas daquele sangue vermelho escuro caíram naquelas águas do lago.
Em seguida se dirigiu ao menino, e antes que ele pudesse reagir, segurou fortemente sua mãe, e com não menos delicadeza, cortou igualmente a mão de Hallym. Ele gritou e tentou soltar-se.
Jyrian então uniu as duas mãos com os cortes, como um pacto de sangue selado por um aperto de mãos. Em seguida ela o abraçou puxando-o para si, o menino não falou mais nada, nem relutou, ficou ali com sua cabeça encostada nos seios dela, enquanto os sangues de ambos pingavam naquele lago escuro, havia um sorriso perverso nos lábios de Jyrian, como se um plano a muito planejado estivesse correndo exatamente como fora feito.
cont.
Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 05 – O Sacrifício Pacífico
O vento soprava no rosto de Kaito, conforme seu leão avançada entre as arvores mortas e os destroços do que foi uma grande cidade. Ele sabia onde ela estava e agora ia atrás para resgatar Hallym. Estava apreensivo. Bucólico ao olhar por aquele lugar, fora ali que a luta final foi travada, e conforme seu Leão avançava a toda velocidade, flashs de lembrança lhe viam a mente. Tantas pessoas queridas morreram, e ele não conseguiu salvar ou ao menos, morrer dignamente ao lado de seus amigos. Ao contrário, acabou ficando em um mundo morto, sem magia, sem esperança, onde os tempos de glórias e de aventura ficaram apenas marcados em livros velhos.
Kaito ainda podia sentir o chão tremer, ouvir as explosões, os gritos e barulhos da terrível batalha. Podia ver as ilhas de Juno precipitando-se em direção ao abismo, assim como o solo da ilha que era o centro da cidade dos sábios, trincar e rachar em diversas fendas. Podia sentir o cansaço, a dor, e o gosto do sangue. Podia olhar a volta, no convés de madeira daquele Aeroplano e ver dezenas de pessoas feridas, algumas já mortas, outras esperando para morrer.
Olhou para frente, e uma jovem moça de cabelos louros gritava desesperadamente, enlouquecida, foi preciso dois homens fortes para segurá-la, mesmo assim, eles faziam muita força, pois ela parecia querer pular do Aeroplano, enquanto gritava “Meu pai! Meu pai! Não, ele não pode morrer! Ele prometeu!”. Seus gritos ecoavam em meio a seu choro engasgado.
Kaito olhou a sua volta, e pode ver acima, Cíntia Brigth, muito ferida, com o rosto sujo de graça, sangue e suor, um de seus braços estava pendurado penosamente ao lado do corpo, possivelmente quebrado. Havia lágrimas nos olhos, mas mesmo assim estava com o timão do Aeroplano em suas mãos, a Mecânica guiava o veículo voador para longe de Juno, onde ainda podia-se ouvir o barulho da batalha, assim como os gritos. Kaito olhou para suas pernas, ambas não respondiam, estavam quebradas, mas a dor delas era insignificante comparada a dos outros ali.
A moça loura que antes gritava agora estava no chão, encolhida e chorando muito, seus óculos quebrados estavam em sua mão. Ao lado dela, Mayumi, com roupas rasgadas de Arcebispa, curava os mais feridos, os mais graves. O Aeroplano estava distante de Juno, mas ainda assim podia-se ouvir a batalha. Ele sentia raiva, ódio por não poder levantar e ter que esperar pela cura de Mayumi.
Então um clarão, tão forte como o brilho de mil sois. O cegou instantaneamente, não podia ver nada, nada. Só pode sentir segundos depois um grande solavanco, com uma força esmagadora, que pareceu transformar o aeroplano em um simples brinquedo, como um balão em um furacão. As madeiras do convés estralaram e se partiram em 10 mil pedaços, a pressão era tanta que ele não conseguiu se quer proteger os braços.
E como não se bastasse, ele então ouviu um barulho de explosão que o deixou surdo, era gigantesco, abissal, como se toda Yggdrasil estivesse caindo sobre Midgard, e tão logo um calor infernal o envolveu, e sem poder ver, ou ouvir, Kaito caiu na dor nas trevas, desmaiou deixando seu corpo ser levado para onde quer que fosse. A Guerra foi vencida, mas o preço foi igualmente cobrado, tão alto quanto os homens podiam pagar.
“Não se culpe tanto”
A voz ecoou, como se alguém estivesse ao seu lado, então tudo a sua volta se transformou, e Kaito estava novamente em Juno, a verdadeira Juno, com suas luzes e pessoas transitando para todos os lados, embora com uma luz intensa, a luz de suas lembranças e da sua mente.
“Você deu seu melhor, você salvou muitas pessoa.”
A voz vinha de uma mulher, era um pouco rouca, mas ainda sim muito feminina. Jurougumo estava ao seu lado, ela usava um vestido fino e esvoaçante, era feminino, ou o Maximo de feminino que Jurougumo se permitia vestir. Seus cabelos louros eram soprados ao vento, e seu braço roçava suavemente com a pele do braço de Kaito. Eles estavam muito próximos, mas um ao lado do outro, observando a cidade.
- Eu falhei, devia ter ficado e morrido com orgulho, ao lado de vocês.
“Não há tanta honra na morte, que não possa ser obtida por uma vida maravilhosa, dada de presente por seus amigos. Você está aqui, porque nós demos tudo de nós para isso, e confiamos que o mundo jamais iria entrar em colapso enquanto deixássemos você nele.”
- Eu não sou poderoso como era. Nada é como era, tudo o que eu fui, acabou indo embora com vocês. Este mundo perdeu a magia, a esperança, as pessoas apenas seguem suas vidas. E eu, eu não consigo seguir. – Kaito olhou para Jurougumo ao seu lado, a jovem sicária parecia feliz, como não via a tanto tempo, não sabia que o sorriso da assassina podia ser tão doce, sua pele tão alva, e seus cabelos tão bonitos. Havia uma aura brilhante que a contornava.
“Você não aprendeu a lição mais valiosa da Ordem das Valquírias. Procure em você, dentro de você, outra forma de poder além da magia, acredite, assim você irá achar seu caminho Kaito”
Ela se virou e beijou seu rosto, lábios mornos e delicados, ele pode ver ela então se virar e caminhar para a multidão que agitava as ruas. Por alguns segundos ele observou a linda Aleksandra Noldor, ou Jurougumo, caminhar e sumir, enquanto com a mão direita tocava o local onde ela havia beijado.
- GROWWWWWWWW – O Leão saltou tirando Kaito daquele pensamento ou sonho que estava tendo. Por poucos centímetros a montaria conseguiu desviar de Hallym que estava parado bem no meio do caminho. Despreparado para a mudança de direção repentina de seu Leão, Kaito caiu no chão e rolou por alguns metros diante aos pés de Hallym.
cont.
O vento soprava no rosto de Kaito, conforme seu leão avançada entre as arvores mortas e os destroços do que foi uma grande cidade. Ele sabia onde ela estava e agora ia atrás para resgatar Hallym. Estava apreensivo. Bucólico ao olhar por aquele lugar, fora ali que a luta final foi travada, e conforme seu Leão avançava a toda velocidade, flashs de lembrança lhe viam a mente. Tantas pessoas queridas morreram, e ele não conseguiu salvar ou ao menos, morrer dignamente ao lado de seus amigos. Ao contrário, acabou ficando em um mundo morto, sem magia, sem esperança, onde os tempos de glórias e de aventura ficaram apenas marcados em livros velhos.
Kaito ainda podia sentir o chão tremer, ouvir as explosões, os gritos e barulhos da terrível batalha. Podia ver as ilhas de Juno precipitando-se em direção ao abismo, assim como o solo da ilha que era o centro da cidade dos sábios, trincar e rachar em diversas fendas. Podia sentir o cansaço, a dor, e o gosto do sangue. Podia olhar a volta, no convés de madeira daquele Aeroplano e ver dezenas de pessoas feridas, algumas já mortas, outras esperando para morrer.
Olhou para frente, e uma jovem moça de cabelos louros gritava desesperadamente, enlouquecida, foi preciso dois homens fortes para segurá-la, mesmo assim, eles faziam muita força, pois ela parecia querer pular do Aeroplano, enquanto gritava “Meu pai! Meu pai! Não, ele não pode morrer! Ele prometeu!”. Seus gritos ecoavam em meio a seu choro engasgado.
Kaito olhou a sua volta, e pode ver acima, Cíntia Brigth, muito ferida, com o rosto sujo de graça, sangue e suor, um de seus braços estava pendurado penosamente ao lado do corpo, possivelmente quebrado. Havia lágrimas nos olhos, mas mesmo assim estava com o timão do Aeroplano em suas mãos, a Mecânica guiava o veículo voador para longe de Juno, onde ainda podia-se ouvir o barulho da batalha, assim como os gritos. Kaito olhou para suas pernas, ambas não respondiam, estavam quebradas, mas a dor delas era insignificante comparada a dos outros ali.
A moça loura que antes gritava agora estava no chão, encolhida e chorando muito, seus óculos quebrados estavam em sua mão. Ao lado dela, Mayumi, com roupas rasgadas de Arcebispa, curava os mais feridos, os mais graves. O Aeroplano estava distante de Juno, mas ainda assim podia-se ouvir a batalha. Ele sentia raiva, ódio por não poder levantar e ter que esperar pela cura de Mayumi.
Então um clarão, tão forte como o brilho de mil sois. O cegou instantaneamente, não podia ver nada, nada. Só pode sentir segundos depois um grande solavanco, com uma força esmagadora, que pareceu transformar o aeroplano em um simples brinquedo, como um balão em um furacão. As madeiras do convés estralaram e se partiram em 10 mil pedaços, a pressão era tanta que ele não conseguiu se quer proteger os braços.
E como não se bastasse, ele então ouviu um barulho de explosão que o deixou surdo, era gigantesco, abissal, como se toda Yggdrasil estivesse caindo sobre Midgard, e tão logo um calor infernal o envolveu, e sem poder ver, ou ouvir, Kaito caiu na dor nas trevas, desmaiou deixando seu corpo ser levado para onde quer que fosse. A Guerra foi vencida, mas o preço foi igualmente cobrado, tão alto quanto os homens podiam pagar.
“Não se culpe tanto”
A voz ecoou, como se alguém estivesse ao seu lado, então tudo a sua volta se transformou, e Kaito estava novamente em Juno, a verdadeira Juno, com suas luzes e pessoas transitando para todos os lados, embora com uma luz intensa, a luz de suas lembranças e da sua mente.
“Você deu seu melhor, você salvou muitas pessoa.”
A voz vinha de uma mulher, era um pouco rouca, mas ainda sim muito feminina. Jurougumo estava ao seu lado, ela usava um vestido fino e esvoaçante, era feminino, ou o Maximo de feminino que Jurougumo se permitia vestir. Seus cabelos louros eram soprados ao vento, e seu braço roçava suavemente com a pele do braço de Kaito. Eles estavam muito próximos, mas um ao lado do outro, observando a cidade.
- Eu falhei, devia ter ficado e morrido com orgulho, ao lado de vocês.
“Não há tanta honra na morte, que não possa ser obtida por uma vida maravilhosa, dada de presente por seus amigos. Você está aqui, porque nós demos tudo de nós para isso, e confiamos que o mundo jamais iria entrar em colapso enquanto deixássemos você nele.”
- Eu não sou poderoso como era. Nada é como era, tudo o que eu fui, acabou indo embora com vocês. Este mundo perdeu a magia, a esperança, as pessoas apenas seguem suas vidas. E eu, eu não consigo seguir. – Kaito olhou para Jurougumo ao seu lado, a jovem sicária parecia feliz, como não via a tanto tempo, não sabia que o sorriso da assassina podia ser tão doce, sua pele tão alva, e seus cabelos tão bonitos. Havia uma aura brilhante que a contornava.
“Você não aprendeu a lição mais valiosa da Ordem das Valquírias. Procure em você, dentro de você, outra forma de poder além da magia, acredite, assim você irá achar seu caminho Kaito”
Ela se virou e beijou seu rosto, lábios mornos e delicados, ele pode ver ela então se virar e caminhar para a multidão que agitava as ruas. Por alguns segundos ele observou a linda Aleksandra Noldor, ou Jurougumo, caminhar e sumir, enquanto com a mão direita tocava o local onde ela havia beijado.
- GROWWWWWWWW – O Leão saltou tirando Kaito daquele pensamento ou sonho que estava tendo. Por poucos centímetros a montaria conseguiu desviar de Hallym que estava parado bem no meio do caminho. Despreparado para a mudança de direção repentina de seu Leão, Kaito caiu no chão e rolou por alguns metros diante aos pés de Hallym.
cont.
Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
† Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 06 – Batalha nas ruínas de Juno
A poeira abaixou e Kaito se levantou colocando suas mãos no chão, a sua frente o garotão estava em pé, apenas olhando para o vazio, suas pupilas dilatadas de tal forma que seus olhos pareciam estar totalmente negros, uma espuma branca escorria de sua boca, e caia sobre sua camisa branca que agora estava suja e molhada.
- O que você tem Hallyn? Vem, vamos embora daqui! – Kaito tentou pegar o menino pelo braço assim que se levantou, o garoto estava gelado e não parecia estar consciente, embora ainda em pé.
- Ele está envenenado. – Uma voz masculina ecoou por aquele lugar pouco iluminado, um homem vestido com roupas negras e espaços vazios onde deveriam ter alguma pedra mágica, mas que agora era apenas uma roupa de Arquimago com detalhes faltantes.
- O que você fez com ele? – Gritou Kaito colocando Hallyn para trás de si.
Envenenado, está surdo? Com meu sangue, com meus genes. Eles são extremamente nocivos a outros seres vivos... – Agora era vez de Jyrian surgir, saindo do lago mais ao fundo, estava com sua besta prateada nas mãos, embora estivesse apontada para baixo.
- Não somos deste mundo e este mundo nos expulsa com todas as suas armas, nos faz rastejar e desejar partir a todo instante, este mundo grita em nossos ouvidos como uma legião em fúria. Nos dê o que o Velho Alface lhe confiou e nós iremos embora deste lugar que nos odeia.
- Ele não me confiou nada, ele não confia em ninguém. Eu não tenho nada do que vocês procuram. – Kaito deslizou vagarosamente a mão direita para a empunhadura da espada, na esperança de não ser notado. Os três estavam com seus olhos fixos, se entreolhando e examinando a situação.
- Sabemos como funciona, ele não é o herói, o herói é você. O líder é você, você teria meios de se proteger contra nós. – Yoshua, o rapaz de cabelos longos prateados tambem pegou no cabo de sua espada.
- Vocês não passam de crianças sendo manipuladas se acreditaram na palavra de um Reitor.
Jyrian e Yoshua trocaram olhares, como se de fato agora percebessem que foram enganados facilmente pelas palavras de um homem e estavam correndo atrás da pessoa errada todo este tempo.
- Vamos nos certificar de não cometer este erro novamente, então vamos torturar você para saber se realmente contou tudo o que sabe, e então, vamos atrás do Alface. – Concluiu Jyrian, colocando uma mecha de seu cabelo liso e igualmente prateado para trás de sua orelha direita enquanto não expressava nenhuma emoção em seu rosto pálido e frio.
Kaito empurrou com força Hallyn para trás, para fora do campo de batalha, este caiu entre algumas arvores mortas que estavam caídas logo atrás. A batalha iria começar.
O Cavaleiro mal teve tempo de sacar a espada da bainha, se defendeu de uma investida que Yoshua vez, as espadas se cruzaram e a bainha de Kaito voou para longe. Seguiu-se uma sequencia de ataques rápidos onde as espadas brilhavam e chocavam-se no ar a uma grande velocidade, conforme o embate continuava Yoshua parecia atacar com mais determinação, fazendo Kaito recuar varias vezes. O Som das espadas batendo ecoava por todo o local.
Kaito se vendo acuado decidiu que deveria contra-atacar e na menor brecha de Yoshua, cruzou sua espada horizontalmente, que cortou um dos colares que o arcano usava, mas se não fosse sua recuada, teria cortado seu peito completamente. Yoshua saltou de costas para evitar o ataque, mas para surpresa de Kaito, assim que Yoshua saiu de sua frente, Jyrian apareceu disparando dezenas de flechas rapidamente. Kaito tentou rebater as flechas mais fatais com a espada, enquanto as outras cortavam-lhe as pernas, ombros e braços.
Kaito girou e correu para trás de uma arvore, mas assim que fez isso foi recebido com um golpe da empunhadura da espada de Yoshua, o sangue imediatamente escorreu de seu nariz e a dor o cegou por alguns instantes. O que deu tempo para Yoshua desferir vários outros golpes contundentes. Kaito chutou Yoshua com força e saltou para cima de uma grande pilastra de pedra, restos da arquitetura de Juno.
Assim que fez isso, Jyrian veio atrás, em uma mão segurava a besta e na outra uma adaga, eles começaram a trocar golpes, Jyrian usava a adaga para bloquear a espada de Kaito, enquanto tentava atirar com a besta com a outra mão. Devido a proximidade da luta, Kaito girava o corpo para desviar das flechas, ou quando dava usava a própria mão para tirar a mira de Jyrian.
Yoshua apareceu do outro lado da pilastra onde eles brigavam e os três começaram a brigar, o combate era muito próximo, por isso as espadas longas eram pouco usadas. Kaito desferia socos com e chutes, sempre tentando evitar a adaga de Jyrian. De alguma forma Kaito parecia estar conseguindo manter a luta com ambos, embora os cortes da adaga o atingissem dentre os golpes. A habilidade de Jyrian era nitidamente superior a de seu irmão Yoshua.
Mas o contrapeso deste equilíbrio logo surgiu. Um pouco mais distante, Kaito viu de relance Hallyn vomitando. O menino estava mal, e manter uma luta por mais tempo o levaria a morte. Ele precisava de cuidados médicos urgentes. O Caveleiro tentou esforçar-se mais na luta, mas dentre golpes rápidos de Yoshua, Jyrian conseguiu acertar a mão de Kaito, que soltou a espada. Kaito havia se distraído com Hallyn, logo recebeu mais socos e quando deu por si, sentiu a lamina curta de Jyrian adentrar seu ombro, a moça o perfurou completamente levando a empunhadura à adaga encostar-se a sua pele.
Kaito caiu e rolou pelo chão até uma área aberta, sem arvores. Ele tentou se levantar com a mão no ombro ferido que agora sangrava bastante. Olhou para cima e viu Jyrian a centímetros de distancia, com a besta apontada em sua direção pronta para acerta-lo em cheio, sem qualquer chance de errar.
Um calor pareceu dominar completamente Kaito, e logo seus olhos foram preenchidos com um clarão que o cegou, o cavaleiro foi completamente cercado por fogo, um fogo vermelho, vivo, forte e incontrolável, Jyrian se afastou e começou a disparar as flechas a esmo, Yoshua também parecia procurar alguém, mas logo o fogo começou a dominar todas aquelas arvores seca que estralavam e rapidamente eram incineradas. O Calor do lugar subiu rapidamente.
- “Say Hello to my little friends”!! Hahahaha HAHAHAHAHA – Uma risada insana preencheu todo o lugar, e Kaito pensou ter visto um homem andar em meio as chamas, de seus braços saia fogo que subia aos céus.
Jyrian atirou flechas contra o homem em chamas, mas as flechas eram desintegradas mesmo antes de chegar a metade do seu caminho. O homem então apontou os braços para Jyrian e Yoshua e imensas bolas de fogo saíram deles em direção aos irmãos, enquanto isso a risada insana era constante.
- HahAhAHAhahhahHAhahahHAhahaha!
As montarias de Jyrian e Yoshua surgiram, e eles rapidamente montaram sobre elas e partiram, não pareciam dispostos a enfrentar o homem de fogo. Kaito estava zonzo, o ferimento estava sangrando muito e ainda havia Hallyn que estava em algum lugar ali no meio daquele fogaréu todo. Os olhos de Kaito mal paravam aberto. Ele viu o homem de fogo se aproximar, ele vestia alguma espécie de armadura estranha, logo pode ver uma bolsa metálica muito estranha em suas costas, de onde saíam duas mangueiras que se conectavam ao braço do homem.
O homem retirou o que parecia ser um capacete e Kaito logo pode ver um rosto que reconheceu na hora e que jamais iria deixar de reconhecer, pois foi um dos responsáveis por toda esta desgraça. Kaito caçou sua espada, para tentar se defender daquele homem insano, mas percebeu que a havia perdido na luta anterior.
Então foi vencido pelo ferimento. Com o rosto completamente tomado pelo suor Kaito desmaiou, mas não sem antes completar a frase:
- Samuel Hopckins...
Cont...
Capitulo 06 – Batalha nas ruínas de Juno
A poeira abaixou e Kaito se levantou colocando suas mãos no chão, a sua frente o garotão estava em pé, apenas olhando para o vazio, suas pupilas dilatadas de tal forma que seus olhos pareciam estar totalmente negros, uma espuma branca escorria de sua boca, e caia sobre sua camisa branca que agora estava suja e molhada.
- O que você tem Hallyn? Vem, vamos embora daqui! – Kaito tentou pegar o menino pelo braço assim que se levantou, o garoto estava gelado e não parecia estar consciente, embora ainda em pé.
- Ele está envenenado. – Uma voz masculina ecoou por aquele lugar pouco iluminado, um homem vestido com roupas negras e espaços vazios onde deveriam ter alguma pedra mágica, mas que agora era apenas uma roupa de Arquimago com detalhes faltantes.
- O que você fez com ele? – Gritou Kaito colocando Hallyn para trás de si.
Envenenado, está surdo? Com meu sangue, com meus genes. Eles são extremamente nocivos a outros seres vivos... – Agora era vez de Jyrian surgir, saindo do lago mais ao fundo, estava com sua besta prateada nas mãos, embora estivesse apontada para baixo.
- Não somos deste mundo e este mundo nos expulsa com todas as suas armas, nos faz rastejar e desejar partir a todo instante, este mundo grita em nossos ouvidos como uma legião em fúria. Nos dê o que o Velho Alface lhe confiou e nós iremos embora deste lugar que nos odeia.
- Ele não me confiou nada, ele não confia em ninguém. Eu não tenho nada do que vocês procuram. – Kaito deslizou vagarosamente a mão direita para a empunhadura da espada, na esperança de não ser notado. Os três estavam com seus olhos fixos, se entreolhando e examinando a situação.
- Sabemos como funciona, ele não é o herói, o herói é você. O líder é você, você teria meios de se proteger contra nós. – Yoshua, o rapaz de cabelos longos prateados tambem pegou no cabo de sua espada.
- Vocês não passam de crianças sendo manipuladas se acreditaram na palavra de um Reitor.
Jyrian e Yoshua trocaram olhares, como se de fato agora percebessem que foram enganados facilmente pelas palavras de um homem e estavam correndo atrás da pessoa errada todo este tempo.
- Vamos nos certificar de não cometer este erro novamente, então vamos torturar você para saber se realmente contou tudo o que sabe, e então, vamos atrás do Alface. – Concluiu Jyrian, colocando uma mecha de seu cabelo liso e igualmente prateado para trás de sua orelha direita enquanto não expressava nenhuma emoção em seu rosto pálido e frio.
Kaito empurrou com força Hallyn para trás, para fora do campo de batalha, este caiu entre algumas arvores mortas que estavam caídas logo atrás. A batalha iria começar.
O Cavaleiro mal teve tempo de sacar a espada da bainha, se defendeu de uma investida que Yoshua vez, as espadas se cruzaram e a bainha de Kaito voou para longe. Seguiu-se uma sequencia de ataques rápidos onde as espadas brilhavam e chocavam-se no ar a uma grande velocidade, conforme o embate continuava Yoshua parecia atacar com mais determinação, fazendo Kaito recuar varias vezes. O Som das espadas batendo ecoava por todo o local.
Kaito se vendo acuado decidiu que deveria contra-atacar e na menor brecha de Yoshua, cruzou sua espada horizontalmente, que cortou um dos colares que o arcano usava, mas se não fosse sua recuada, teria cortado seu peito completamente. Yoshua saltou de costas para evitar o ataque, mas para surpresa de Kaito, assim que Yoshua saiu de sua frente, Jyrian apareceu disparando dezenas de flechas rapidamente. Kaito tentou rebater as flechas mais fatais com a espada, enquanto as outras cortavam-lhe as pernas, ombros e braços.
Kaito girou e correu para trás de uma arvore, mas assim que fez isso foi recebido com um golpe da empunhadura da espada de Yoshua, o sangue imediatamente escorreu de seu nariz e a dor o cegou por alguns instantes. O que deu tempo para Yoshua desferir vários outros golpes contundentes. Kaito chutou Yoshua com força e saltou para cima de uma grande pilastra de pedra, restos da arquitetura de Juno.
Assim que fez isso, Jyrian veio atrás, em uma mão segurava a besta e na outra uma adaga, eles começaram a trocar golpes, Jyrian usava a adaga para bloquear a espada de Kaito, enquanto tentava atirar com a besta com a outra mão. Devido a proximidade da luta, Kaito girava o corpo para desviar das flechas, ou quando dava usava a própria mão para tirar a mira de Jyrian.
Yoshua apareceu do outro lado da pilastra onde eles brigavam e os três começaram a brigar, o combate era muito próximo, por isso as espadas longas eram pouco usadas. Kaito desferia socos com e chutes, sempre tentando evitar a adaga de Jyrian. De alguma forma Kaito parecia estar conseguindo manter a luta com ambos, embora os cortes da adaga o atingissem dentre os golpes. A habilidade de Jyrian era nitidamente superior a de seu irmão Yoshua.
Mas o contrapeso deste equilíbrio logo surgiu. Um pouco mais distante, Kaito viu de relance Hallyn vomitando. O menino estava mal, e manter uma luta por mais tempo o levaria a morte. Ele precisava de cuidados médicos urgentes. O Caveleiro tentou esforçar-se mais na luta, mas dentre golpes rápidos de Yoshua, Jyrian conseguiu acertar a mão de Kaito, que soltou a espada. Kaito havia se distraído com Hallyn, logo recebeu mais socos e quando deu por si, sentiu a lamina curta de Jyrian adentrar seu ombro, a moça o perfurou completamente levando a empunhadura à adaga encostar-se a sua pele.
Kaito caiu e rolou pelo chão até uma área aberta, sem arvores. Ele tentou se levantar com a mão no ombro ferido que agora sangrava bastante. Olhou para cima e viu Jyrian a centímetros de distancia, com a besta apontada em sua direção pronta para acerta-lo em cheio, sem qualquer chance de errar.
Um calor pareceu dominar completamente Kaito, e logo seus olhos foram preenchidos com um clarão que o cegou, o cavaleiro foi completamente cercado por fogo, um fogo vermelho, vivo, forte e incontrolável, Jyrian se afastou e começou a disparar as flechas a esmo, Yoshua também parecia procurar alguém, mas logo o fogo começou a dominar todas aquelas arvores seca que estralavam e rapidamente eram incineradas. O Calor do lugar subiu rapidamente.
- “Say Hello to my little friends”!! Hahahaha HAHAHAHAHA – Uma risada insana preencheu todo o lugar, e Kaito pensou ter visto um homem andar em meio as chamas, de seus braços saia fogo que subia aos céus.
Jyrian atirou flechas contra o homem em chamas, mas as flechas eram desintegradas mesmo antes de chegar a metade do seu caminho. O homem então apontou os braços para Jyrian e Yoshua e imensas bolas de fogo saíram deles em direção aos irmãos, enquanto isso a risada insana era constante.
- HahAhAHAhahhahHAhahahHAhahaha!
As montarias de Jyrian e Yoshua surgiram, e eles rapidamente montaram sobre elas e partiram, não pareciam dispostos a enfrentar o homem de fogo. Kaito estava zonzo, o ferimento estava sangrando muito e ainda havia Hallyn que estava em algum lugar ali no meio daquele fogaréu todo. Os olhos de Kaito mal paravam aberto. Ele viu o homem de fogo se aproximar, ele vestia alguma espécie de armadura estranha, logo pode ver uma bolsa metálica muito estranha em suas costas, de onde saíam duas mangueiras que se conectavam ao braço do homem.
O homem retirou o que parecia ser um capacete e Kaito logo pode ver um rosto que reconheceu na hora e que jamais iria deixar de reconhecer, pois foi um dos responsáveis por toda esta desgraça. Kaito caçou sua espada, para tentar se defender daquele homem insano, mas percebeu que a havia perdido na luta anterior.
Então foi vencido pelo ferimento. Com o rosto completamente tomado pelo suor Kaito desmaiou, mas não sem antes completar a frase:
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Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 07 – Seguir em frente.
“ – Porque você ainda insiste neste assunto?
- Eu... eu não queria que tivesse acabado assim.
- Não tem nada errado em como as coisas terminaram, você precisa seguir em frente.
- Eu não posso, eu preciso que você me perdoe.
- Os que estão vivos não precisam pedir o perdão dos mortos, não foi um uma escolha sua, foi uma escolha nossa, foi um presente nosso para o mundo, não se sinta tão especial Kaito. Nós deixamos neste mundo o melhor de nós, para que você cuidasse dele na nossa ausência. Não iríamos colocar um fardo tão pesado em alguém que não acreditássemos.
- Não sou a metade do herói que você foi.
- Ninguém treina para ser herói, você se torna herói fazendo escolhas, algumas mais difíceis outras mais fáceis. Você não é um herói, mas na hora que se tornar um, você saberá.
- Eu mal consigo manter uma luta Fletcher.
- A magia deste mundo foi embora, e levou uma parte de você, sem esta parte você jamais irá vencer uma batalha. Se você não se tornar um herói, você não irá conseguira alcançar o perdão que tanto quer.
- Se eu acabar com isso, você me perdoa?
- Se você acabar com isso, você irá se perdoar.
Kaito então olhou para as mãos, a luva velha e já gasta, a armadura amassada, e o local onde a espada costumava ficar antes de perdê-la. Aquilo era fácil de pensar, mas difícil de fazer. A magia era a base para tudo, até para sua técnica de luta. Em outros tempos, jamais uma simples adaga seria caras de para-lo ou feri-lo, agora ele era apenas um homem.
- Você deve procurar sua própria magia interior... – Fletcher então se afastou de Kaito, desaparecendo na névoa que cercava ambos. Kaito voltou a olhar para as próprias mãos, então deitou-se no chão olhando para o céu acima, sentia-se com um misto de emoções estranhas, fechou os olhos. Então ouviu um farfalhar de asas, e quando abriu os olhos viu apenas uma pena branca no chão ao seu lado. Então adormeceu olhando para ela.”
_
O silêncio do local foi quebrado pelo grito de Kaito, assim que Samuel encostou uma colher grande e metálica sobre o ombro do cavaleiro, a colher estava quase completamente vermelha e dela saia uma fumaça parecida com vapor assim que tocou a pele de Kaito começou a queimar e a cauterizar o ferimento da adaga. Kaito se debateu tentando se levantar, Samuel o segurou, mas Kaito insistiu, Samuel ficou nervoso e bateu uma pedrada na cabeça de Kaito para que ele sossegasse. Kaito voltou a desmaiar.
Kaito não sabe quanto tempo se passou, mas teve mais sonhos com aquele dia, o dia do Cataclismo, sonhos que se repetiam e nunca acrescentavam algo de novo, apenas um pesar no seu peito. Conforme voltava aos sentidos, pode sentir que estava deitado, com a cabeça e parte das costas sobre seu leão, que lhe servia de almofada. Havia uma fogueira a sua frente e um grande pedaço de carne em um espeto parcialmente comido.
- Acordou Bela entorpecida? – Perguntou Samuel Hopkins enquanto segurava um grande uma lasca de carne que parecia um carvão de tão bem passado que estava, ele agora não estava mais vestido com sua armadura anti-chamas, mas apenas roupas velhas, trapos na verdade, restos que nãoseriam mais capazes de dizer que aquilo fora em outra época, uma vestimenta de Arcano, feita com linho caro e fios de prata de Lighthalzen.
- Onde está o menino que estava comigo? – Kaito perguntou para Samuel, o Arcano imediatamente arregalou os olhos.
- Desculpe... desculpe... eu precisava te alimentar, eu também estava com fome, ME PERDOA EU NÃO TINHA MAIS OUTRA OPÇÃO, não há animais por aqui. – Samuel começou a se justificar apressadamente. Kaito olhou para o Arcano e então para a fogueira onde o grande pedaço de carne assava.
- Não! – Kaito se levantou, ele não podia ter feito aquilo, ele nem conseguia pensar direito nisso, pois o nível de barbárie seria grande de mais até mesmo vindo de Samuel, mas antes de Kaito investir contra o Arcano. Hallyn apareceu dentre as moitas, trazia gravetos e pequenos troncos de arvores para abastecer o fogo. Kaito suspirou aliviado e sentou-se no chão, a sua frente Samuel estava com um largo sorriso, onde podia-se ver um pedaço de carne entre seus dentes.
- Você está bem Kaito? – Se aproximou Hallyn.
- E o veneno? - Questionou Kaito.
- Ele tirou de mim. – Hallyn apontou para Samuel, que mastigava e observava a cena. Kaito se levantou rapidamente e puxou o garoto para trás de si. Samuel não era confiável era um inimigo, Kaito olhou a volta para procurar qualquer arma, mas não havia nada a não ser gravetos e pedaços de rochas.
- Não vou te queimar, você não tem um gosto bom. – Debochou Samuel enquanto mastigava aquele pedaço de carne assada. A fogueira iluminava um pouco o local, e possivelmente já era noite, não havia mais raios de luz vindos pelas frestas das arvores, ou adentrando o abismo.
- Cala boca seu maldito! Você é o culpado por tudo isso! – Kaito já se sentia pronto para entrar em uma luta novamente, tinha certeza que conseguiria agarrar Samuel antes dele chegar a arma de soltar labaredas.
- Não sei do que está falando, eu só estava caçando, queria torrar uma carne, então vi algo se mexendo no mato, achei que eram porcos selvagem mas eram vocês brigando.
- Maldito, você fugiu da batalha e sobreviveu desgraçado! Desgraçado! Você devia ter morrido junto com sua corja. Nunca vou esquecer que você começou tudo isso ao assassinar o Sumo Sacerdote de Rachel, Zed. Você matou Tatiana, você...
- Xiu noob! No final, eu também fui apenas mais uma lenha nesta fornalha, apenas mais um fio dos muitos fios tecido naquele plano. Acha realmente que era este o futuro que eu queria?
- E que futuro você pretendia ao fazer todas aquelas atrocidades? Idiota!
- Nenhum! – Concluiu Sam como se contasse algo óbvio – Por isto estou decepcionado, mas ao menos foi divertido. – Suspirou Samuel Ao relembrar de seus dias de glorias.
- Eu te mataria agora mesmo para vingar a morte dos meus amigos cretino, não tenho medo desta sua magia falsa.
- Não é magia, é tecnologia, seu gordo sem estudo. E eu salvei sua vida e do seu pet, seu ingrato. – O Arcano apontou para Hallyn.
Kaito não respondeu, Samuel foi considerado o grande inimigo nos últimos dias do Cataclismo, mas no final se mostrou ser apenas uma marionete em um plano criado por outra pessoa, alguém mais obstinado e com um objetivo muito maior e mais terrível. Na ultima hora, vendo que o objetivo era a aniquilação de toda a vida, Samuel viu que não era isso que queria e chegou a lutar contra o inimigo maior, mas na ultima vez que Kaito o viu, ele havia sido incinerado e caído nas profundezas dos abismos de El-Mês.
- Como você sobreviveu ao fogo e a queda?
- Eu sou o fogo! E um dia serei o Senhor das Chamas, um poderoso e sobervo Ifrit! – Samuel estufou o peito para falar as palavras com orgulho.
- Idiota, não existem mais MVPs, não existe nenhuma chance de você se tornar um Ifrit, não há e nunca mais haverá mais magia neste mundo.
- Primeiramente pare de xingar a pessoa que salvou tua alma de ir para o inferno, e segundo eu não preciso de magia para alcançar meus objetivos, basta eu não ser um gordo fracassado, esquentadinho e preguiçoso como você. – Samuel bateu levemente na mochila metálica que carregava o combustível para seu lança-chamas.
- E você acha que este geringonça vai te ajudar? – Debochou Kaito.
- Em terra sem meteoro escarlate, quem tem um isqueiro é rei. – Levantou a sobrancelha Samuel.
Por alguma razão, Samuel não parecia triste, melancólico ou vencido pelo mundo, havia uma chama nos olhos do arcano, e não era da fogueira que ainda queimava, havia um brilho, algo que Kaito não via em nenhuma outra pessoa, algo que fazia Samuel ver o que Kaito não podia ou não queria ver. Samuel Hopkins tinha algo que o motivava a seguir em frente, mesmo agora sabendo que era impossível, ele continuava ou dizia continuar.
Kaito se lembrou da ultima vez que sentiu-se assim, ou viu este brilho nos olhos de alguém, e era no Aeroplano, assim que Fletcher o colocou sentado lá, na ultima vez que vera seu mestre, Quando Fletcher pousou ao lado de Kaito sua lança e entregou em suas mãos o Brasão de Grão-Mestre da Ordem das Valquírias.
Kaito se lembrava agora que era este o brilho que Fletcher tinha nos olhos, era este sorriso determinado que tinha na boca, então Kaito começou a entender algo que antes não entendia, nunca foi um ato de morte, um suicídio coletivo, nunca foi um ação desesperada, um mártir, todos aqueles membros que morreram naquele dia tinham este brilho nos olhos.
- Vamos Hallyn, sua mãe deve estar mais do que preocupada. – Kaito olhou para o garoto, e então para Samuel, o Arcano não era agora metade do homem que fora durante o Cataclismo, parecia bem mais humano, mais fraco e até indefeso, um homem com a barba mal feita, roupas velhas e cabelos sem cortar.
Kaito não queria mais enfrenta-lo, o cavaleiro percebeu que por mais absurdo que possa parecer, Samuel fez ascender uma ideia em sua cabeça, e uma chama em seu peito. Ele agora sabia onde ir, e o que precisava fazer.
Cont...
Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 08 – A batalha em Nova Juno.
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Daquela sala podia-se ver Juperos quase completamente, ao menos a parte que interessava, que era onde agora ficava o prédio principal que abastecia toda a cidade com energia. Não era magia, era eletricidade. Lâmpadas e utensílios de construção podiam ser usados através da eletricidade, assim como objetos para facilitar a vida das pessoas, na falta da magia, a eletricidade foi o que evitou que as pessoas voltassem para a era das cavernas.
.
Naquela sala havia uma grande janela de vidro, era imensa e pegava toda a parede, um homem estava em frente daquela janela, em pé, vestia-se muito bem e segurava um Elmo das Valquírias em suas mãos, na mão que era metálica, a prótese de seu braço perdido. Apenas observava o prédio la em baixo, pensativo.
.
Sons de passos ecoaram pela sala, então houve dois baques fortes, em seguida a a porta se abriu, enquanto o sangue dos seguranças escorriam no corredor, Jyrian adentrou a sala, suas botas ecoavam no chão de madeira polida.
.
- Não está surpreso? – Questionou Jyrian.
.
- Não, eu sabia que vocês viriam a qualquer momento, pessoas como vocês não costumam desistir. – Zé do Alface nem fez questão de se virar para responder a moça, continuou de costas observando pela janela.
.
- Desistir é algo que não é possível para nós, não é algo que se pode ignorar. Durante todas nossas vidas eu e meu irmão fomos impelidos a isso. Isso se tornou nosso objetivo, nossa razão de existir. Durante anos vagamos por desertos vazios, montanhas áridas e terras longínquas.
.
Procuramos por cada buraco, cada fresta, até mesmo sob os escombros da velha Juno, mas nada, nem mesmo um traço do que procurávamos. – Jyrian caminhou pelo escritório, observou a mesa onde havia uma foto de um ser repugnante e gosmento, olhou as paredes onde havia certificados e hora ao mérito por Zé do Alface criar um refúgio seguro para os desabrigados de Juno.
.
- É neste momento que eu devo ter pena de vocês? Infelizmente não tenho.
.
Zé do Alface foi empurrado contra o vidro com força, que por um segundo começou a trincar. Jyrian segurava-o pelo colarinho, a moça parecia nervosa. O Elmo das Valquírias caiu das mãos de Zé.
.
- Existem vozes em nossas mentes que nos mandam fazer coisas, nos contam histórias antigas que nunca ouvimos e mostram visões aterradoras, mal podemos dormir, mal podemos comer, mal podemos viver sem ser castigado por este carma insuportável. – O rosto de Jyrian estava próximo de Zé, ele podia olhar em seus olhos azuis quase prateados, era uma garota muito bonita, se suas feições não fossem tão tristes e seu olhar tão duro.
.
- E essas visões te falam de um homem? – Questionou Zé sem mudar seu tom de voz ou tentar se soltar da garota. A garota parece estar chocada por ele saber daquela informação.
.
- E este homem te diz que se você achar o que procura, terá todas as respostas para toda esta confusão em sua mente. Certo?
.
- Como você sabe disso, que tipo de magia você usou em mim? – Jyrian se afastou rapidamente de Zé do Alface, o Criador por sua vez ajeitou as vestes e abaixou-se para pegar o Elmo das Valquírias no chão.
.
- Pobre criança... Viveu a vida atormentada e escravizada para completar uma tarefa que nem mesmo seu progenitor foi capaz de terminar. Lamento te decepcionar, mas não terá o que procura aqui.
.
- Você nos enganou uma vez falando que nosso objetivo estava com o Cavaleiro, mas você não confiaria nele para guardar este objeto.
.
- É a função de um Reitor. – Zé do Alface sorriu ao justificar sua mentira. Jyrian o olhou nos fundos dos olhos, então se dirigiu para a Janela de vidro, sacou sua besta e apontou para fora com uma das mãos.
.
- Seu antecessor também escondia muitos segredos, vamos ver se você fará jus ao cargo então. – Jyrian disparou uma das Flechas para o alto, a flecha quebrou a janela e fez os pedaços de vidros voarem para fora. Lá em baixo era o sinal que Yoshua esperava.
.
Houve uma grande explosão, depois varias outras seguidas. Zé do Alface caminhou apressadamente até a janela e não conseguiu esconder sua face de preocupação ao ver sua usina de eletricidade ir para os ares, as paredes cederam e o teto desabou, mas não era com o prédio que Zé do Alface estava preocupado.
.
Houve mais explosões, barulhos metálicos e uma grande quantidade de fumaça subindo, alguma coisa se movia dentre os destroços em chamas, produzia um rosnado e um grito metalizado, logo uma coluna de fogo ergueu-se e dos escombros da usina elétrica, levantou-se um imenso ser robótico, um fantasma do mundo antigo, Vesper.
.
O monstro começou a destruir prédios próximos e a população saía correndo desesperada, lasers e tiros saiam de suas mãos e punhos, e logo aquela parte da cidade estava em chamas.
.
- Você extraia a energia de um Vesper para vendê-la a cidade?! Hahaha, eis o salvador! – Jyrian debochou de Zé, mas ele permaneceu em silêncio. – Chega de brincadeira! Nos entregue o que queremos e isso acaba aqui. – Olhou Jyrian séria para Zé.
.
- Acabar? Mas mal começamos a nos divertir. – Zé demonstrou um sorriso pelo canto da boca.
.
__
Mayumi chegou até o local das explosões, estava vestida de Arcebispa, porém com o vestido parcialmente rasgado na parte de baixo para facilitar a luta, ela não tinha medo. Então ao ver o Vésper atacando a cidade, partiu em disparada.
.
Com passos rápidos e segurando um maça ela correu a rua na direção do monstro robótico, mas foi interceptada. Mal teve tempo de se proteger quando uma lamina cruzou seu caminho e chocou contra sua maça. Yoshua começou a ataca-la desferindo golpes rápidos. Ela bloqueava os ataques com sua maça e não tinha tempo para revidar. Yoshua sendo bem mais rápida do que Mayumi, a chutou com força em sua barriga, o que a jogou alguns metros para trás, sem ar.
.
Yoshua saltou e logo estava sobre ela, a Arcebispa socou a parte de trás do joelho de Yoshua, que o fez flexionar instintivamente a perda. Então ela foi rapidamente para trás dele, ficando costas com costas, estendeu as mãos para trás pegando na cabeça de Yoshua, e usando um método de alavanca, levantou o rapaz no ar, o atirando para o outro lado o fazendo bater em uma parede.
.
Mayumi estava ainda com falta de ar, podia ouvir as explosões do Vesper, e viu Yoshua se levantar, parecia com raiva, a luta só estava começando. Yoshua girou sua espada no ar e partiu para cima de Mayumi com toda força.
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Daquela sala podia-se ver Juperos quase completamente, ao menos a parte que interessava, que era onde agora ficava o prédio principal que abastecia toda a cidade com energia. Não era magia, era eletricidade. Lâmpadas e utensílios de construção podiam ser usados através da eletricidade, assim como objetos para facilitar a vida das pessoas, na falta da magia, a eletricidade foi o que evitou que as pessoas voltassem para a era das cavernas.
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Naquela sala havia uma grande janela de vidro, era imensa e pegava toda a parede, um homem estava em frente daquela janela, em pé, vestia-se muito bem e segurava um Elmo das Valquírias em suas mãos, na mão que era metálica, a prótese de seu braço perdido. Apenas observava o prédio la em baixo, pensativo.
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Sons de passos ecoaram pela sala, então houve dois baques fortes, em seguida a a porta se abriu, enquanto o sangue dos seguranças escorriam no corredor, Jyrian adentrou a sala, suas botas ecoavam no chão de madeira polida.
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- Não está surpreso? – Questionou Jyrian.
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- Não, eu sabia que vocês viriam a qualquer momento, pessoas como vocês não costumam desistir. – Zé do Alface nem fez questão de se virar para responder a moça, continuou de costas observando pela janela.
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- Desistir é algo que não é possível para nós, não é algo que se pode ignorar. Durante todas nossas vidas eu e meu irmão fomos impelidos a isso. Isso se tornou nosso objetivo, nossa razão de existir. Durante anos vagamos por desertos vazios, montanhas áridas e terras longínquas.
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Procuramos por cada buraco, cada fresta, até mesmo sob os escombros da velha Juno, mas nada, nem mesmo um traço do que procurávamos. – Jyrian caminhou pelo escritório, observou a mesa onde havia uma foto de um ser repugnante e gosmento, olhou as paredes onde havia certificados e hora ao mérito por Zé do Alface criar um refúgio seguro para os desabrigados de Juno.
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- É neste momento que eu devo ter pena de vocês? Infelizmente não tenho.
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Zé do Alface foi empurrado contra o vidro com força, que por um segundo começou a trincar. Jyrian segurava-o pelo colarinho, a moça parecia nervosa. O Elmo das Valquírias caiu das mãos de Zé.
.
- Existem vozes em nossas mentes que nos mandam fazer coisas, nos contam histórias antigas que nunca ouvimos e mostram visões aterradoras, mal podemos dormir, mal podemos comer, mal podemos viver sem ser castigado por este carma insuportável. – O rosto de Jyrian estava próximo de Zé, ele podia olhar em seus olhos azuis quase prateados, era uma garota muito bonita, se suas feições não fossem tão tristes e seu olhar tão duro.
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- E essas visões te falam de um homem? – Questionou Zé sem mudar seu tom de voz ou tentar se soltar da garota. A garota parece estar chocada por ele saber daquela informação.
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- E este homem te diz que se você achar o que procura, terá todas as respostas para toda esta confusão em sua mente. Certo?
.
- Como você sabe disso, que tipo de magia você usou em mim? – Jyrian se afastou rapidamente de Zé do Alface, o Criador por sua vez ajeitou as vestes e abaixou-se para pegar o Elmo das Valquírias no chão.
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- Pobre criança... Viveu a vida atormentada e escravizada para completar uma tarefa que nem mesmo seu progenitor foi capaz de terminar. Lamento te decepcionar, mas não terá o que procura aqui.
.
- Você nos enganou uma vez falando que nosso objetivo estava com o Cavaleiro, mas você não confiaria nele para guardar este objeto.
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- É a função de um Reitor. – Zé do Alface sorriu ao justificar sua mentira. Jyrian o olhou nos fundos dos olhos, então se dirigiu para a Janela de vidro, sacou sua besta e apontou para fora com uma das mãos.
.
- Seu antecessor também escondia muitos segredos, vamos ver se você fará jus ao cargo então. – Jyrian disparou uma das Flechas para o alto, a flecha quebrou a janela e fez os pedaços de vidros voarem para fora. Lá em baixo era o sinal que Yoshua esperava.
.
Houve uma grande explosão, depois varias outras seguidas. Zé do Alface caminhou apressadamente até a janela e não conseguiu esconder sua face de preocupação ao ver sua usina de eletricidade ir para os ares, as paredes cederam e o teto desabou, mas não era com o prédio que Zé do Alface estava preocupado.
.
Houve mais explosões, barulhos metálicos e uma grande quantidade de fumaça subindo, alguma coisa se movia dentre os destroços em chamas, produzia um rosnado e um grito metalizado, logo uma coluna de fogo ergueu-se e dos escombros da usina elétrica, levantou-se um imenso ser robótico, um fantasma do mundo antigo, Vesper.
.
O monstro começou a destruir prédios próximos e a população saía correndo desesperada, lasers e tiros saiam de suas mãos e punhos, e logo aquela parte da cidade estava em chamas.
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- Você extraia a energia de um Vesper para vendê-la a cidade?! Hahaha, eis o salvador! – Jyrian debochou de Zé, mas ele permaneceu em silêncio. – Chega de brincadeira! Nos entregue o que queremos e isso acaba aqui. – Olhou Jyrian séria para Zé.
.
- Acabar? Mas mal começamos a nos divertir. – Zé demonstrou um sorriso pelo canto da boca.
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Mayumi chegou até o local das explosões, estava vestida de Arcebispa, porém com o vestido parcialmente rasgado na parte de baixo para facilitar a luta, ela não tinha medo. Então ao ver o Vésper atacando a cidade, partiu em disparada.
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Com passos rápidos e segurando um maça ela correu a rua na direção do monstro robótico, mas foi interceptada. Mal teve tempo de se proteger quando uma lamina cruzou seu caminho e chocou contra sua maça. Yoshua começou a ataca-la desferindo golpes rápidos. Ela bloqueava os ataques com sua maça e não tinha tempo para revidar. Yoshua sendo bem mais rápida do que Mayumi, a chutou com força em sua barriga, o que a jogou alguns metros para trás, sem ar.
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Yoshua saltou e logo estava sobre ela, a Arcebispa socou a parte de trás do joelho de Yoshua, que o fez flexionar instintivamente a perda. Então ela foi rapidamente para trás dele, ficando costas com costas, estendeu as mãos para trás pegando na cabeça de Yoshua, e usando um método de alavanca, levantou o rapaz no ar, o atirando para o outro lado o fazendo bater em uma parede.
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Mayumi estava ainda com falta de ar, podia ouvir as explosões do Vesper, e viu Yoshua se levantar, parecia com raiva, a luta só estava começando. Yoshua girou sua espada no ar e partiu para cima de Mayumi com toda força.
Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capitulo 9 – Como nos velhos tempos.
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O centro da cidade já ardia em chamas, o Vesper, uma tão antiga quanto futurística criatura sempre foi um mistério para Rune-Midgard, não se trata de um monstro biológico, é uma maquina com um poder capaz de dizimar cidades em horas. Passo a passo o monstro andava destruindo prédios e casas, além de estruturas de inteiras e claro, desintegrando pessoas com seu laser.
.
Em algum lugar dali, próximos aos escombros, Mayumi desliza pela terra e tenta dar uma rasteira em Yoshua, que salta para trás da garota, ela então sem virar o corpo, arremessa a maça que segurava com toda a força para trás, acertando diretamente a face de Yoshua, ele cai para no chão de costas, pode-se ouvir sons dos ossos de sua face se quebrando.
A garota se levanta rapidamente e parte para cima, pega o primeiro pedaço de ferro que vê e tenta usar como arma para acertar Yoshua caído, mas ele ainda está em punho de sua espada e defende-se dos ataques mesmo deitado no chão.
.
O Rapaz girou o corpo no próprio eixo enquanto se levanta, a barra de ferro nas mãos de Mayumi fica em pedaços que caem no chão. Mayumi se joga no para baixo a fim de evitar do ataque de Yoshua ao mesmo tempo em que pega sua maça novamente. Mas Yoshua não dá chance para a moça, com a espada desarma novamente a Arcebispa jogando a maça para o alto.
.
Mayumi está fadigada com a luta e não consegue se defender a tempo. Yoshua joga o corpo totalmente para trás e estica sua perna direita acertando um chute diretamente em Mayumi que em milésimos de segundos chega a levantar-se do solo. Rapidamente para completar seu combo, Yoshua enquanto cai de costas coloca suas duas mãos no chão, estica as duas pernas e toma impulso, batendo com os dois pés diretamente no peito da garota. Mayumi nem consegue gritar, pois todo o ar fora expulso de seu pulmão.
.
A garota foi arremessada longe com o golpe, acertou uma parede de tijolos, que desmoronou e caiu no outro lado. Uma grande quantidade de poeira vermelha levantou-se e enquanto tossia tentava levar o ar de volta aos pulmões completamente fadigada.
Ouviu um som metálico muito forte. Levantou a cabeça e viu que estava exatamente a frente de Vesper, no caminho onde o gigante de aço iria passar, ele disparava projéteis para todos os lados e de sua cabeça saia chamas azuis fantasmagoricamente. Mesmo ainda sem ar e tossindo, Mayumi o encarou, fechou os pulsos prontos para lutar e partiu para o ataque.
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_
.
- Deixe um pouco de diversão para nós Mayumi! – gritou um Sentinela ao lado da Arcebispa, que olhou atônita. Imediatamente Elros começou atirar flechas contra Vesper, que não esperando o ataque recuou um passo para trás.
.
Um lobo também apareceu para atacar o gigante metálico, mas não era simplesmente um lobo, mas o lobo de um Sentinela, era grande, músculo e muito forte, suas pesas eram capas de perfurar até mesmo o metal.
Vesper não voltou a recuar, ao contrário, contra atacou, de aberturas em suas mãos vários projéteis foram lançados em direção a Mayumi e a Elros, a garota rolou para o chão no lado esquerdo da rua, enquanto Elros correu para baixo de uma proteção de ferro no lado direito.
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A garota então ouviu um grito Alegre, outro Sentinela saltou entre dois prédios acima dela, montado em seu lobo, Edudelibra-V atirou uma única vez com um arco muito grande, mas sua flecha penetrou com força na armadura do Vesper, além disso esta flecha tinha uma corda onde o rapaz segurava com força, enquanto seu lobo, fazia tensão puxando.
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Do outro lado da rua, Mayumi pode ouvir sons de estralo, como chicotes batendo no ar e no chão, ela sorriu quando pode ver uma jovem muito bonita vestindo roupas curtas e cabelos tão claros que pareciam brancos de onde apontavam duas orelhas pontiagudas e finas, ela portava um chicote que era excessivamente longo, mas que a garota rodava no ar e batia ao seu bel prazer como se fosse uma fita de cetim. A Musa atirou o chicote contra Vesper, prendendo uma de suas mãos, então a garota deu a volta em uma coluna e ficou ali mantendo o robô preso por seu chicote.
.
Uma grande onda de vento varreu todo o lugar, misturando terra das construções desmoronadas com fumaça do incêndio causando pelo ataque do monstro, lá em cima, Mayumi pode ver um grande balão oval, onde havia hélices e uma grande chaminé jogando uma fumaça preta para fora do motor a vapor.
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Com um grito o membro que faltava saltou lá de cima, com um brilho cintilante jogou-se contra a cabeça do Vesper. O som metálico foi muito alto, e o baque mais forte ainda, o machado de Cíntia Brigth acertou em cheio a cabeça do Vesper que tombou para trás. Edu e Sandra não conseguiram mais segurar o monstro e tiveram que soltar.
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Elros partiu para o ataque novamente, atirando rapidamente Flechas na armadura da criatura. O Vesper tentava se levantar, e Cíntia teve que sair de cima dele, não sem antes dar mais duas machadadas com toda a força, o que fez sair faíscas do monstro.
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- Como nos velhos tempos Mayumi! – Gritou Sandra Bull enquanto passava correndo enrolando seu chicote e indo para a batalha.
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O Vesper começou a abrir fendas por todo seu corpo, por onde vários lasers eram disparados, qualquer coisa que tocasse naquilo derretia na hora, enquanto isso ele se levantava. Enquanto Elros disparava varias flechas e chamava a atenção da criatura, Edu fechou um de seus belos olhos verdes e mirou seu arco atirando em pontos estratégicos, eliminando uma a uma as armas de lasers do robô.
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Cíntia escalou um prédio que estava próximo e segurando seu machado correu por toda a beirada até chegar o mais próximo possível do monstro. Sandra girou seu chicote novamente no ar, conforme fazia isso os postes na rua que ainda estavam em pé eram cortados ao meio. Então enlaçou um pouco abaixo da cabeça do Vesper e com muita força puxou.
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O Monstro cedeu e inclinou-se para frente. Cíntia que estava sobre o prédio então saltou sobre a criatura. Imediatamente começou a acertar ataques pesados e rápidos, podia-se ver a loura completamente coberta de suor.
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O monstro ficou enlouquecido, jatos de fogo surgiram em seus pés e o ele começou a levantar voo acima do solo, todos foram puxados, mas quando estava a três metros do solo, caiu com toda a força. O chão tremeu e alguns prédios que já estavam moribundos começaram a cair. Cíntia rolou sobre os escombros se ferindo bastante.
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Sandra correu para trás, Elros que também estava na rua se afastou da criatura. Já Edu que estava em cima do prédio, teve mais dificuldade, pois a construção onde ele estava começou a ruir. Mas montado sobre seu lobo conseguiu pular no momento certo para um prédio ao lado que ainda estava firme.
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Mayumi teve que correr para longe, pois estava chovendo entulho e escombros onde ela estava, não conseguiu ver nenhum sinal de Yoshua enquanto corria e se perguntou onde ele estaria.
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Sandra, Cintia, Elros e Edu já estavam cansados, eles não tinham mais o poder da magia para recuperar seu esgotamento físico e o Vesper era uma maquina de destruição, embora estivesse com escoriações e com algumas armas destruídas, não demonstrava cansaço e estava pronto para lutar até que a ultima engrenagem continuasse a girar.
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A Arcebispa ainda pode ouvir a luta continuar, mas teve que correr, precisava de alguma arma para poder ajudar os amigos. Então ouviu um grito feminino, Sandra estava prensada contra a parede por uma das mãos de Vesper, Edu e Elros atiravam freneticamente no monstro, mas parecia que o robô estava obstinado a esmagar a Musa.
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Cíntia partiu para o ataque erguendo seu machado sobre sua cabeça e correndo, mas então da outra mão de Vésper se abriu um cano grosso por onde uma luz intensa começou a brilhar, não deu tempo para Cíntia se desviar. Houve uma imensa explosão que levou parte da rua para o alto onde Cíntia estava e Mayumi ouviu um berro de dor, o machado de Cíntia voou girando rápido e descontrolado, vindo à direção da Arcebispa, que só teve o tempo de colocar as mãos sobre o rosto e fechar os olhos.
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Cont.
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O centro da cidade já ardia em chamas, o Vesper, uma tão antiga quanto futurística criatura sempre foi um mistério para Rune-Midgard, não se trata de um monstro biológico, é uma maquina com um poder capaz de dizimar cidades em horas. Passo a passo o monstro andava destruindo prédios e casas, além de estruturas de inteiras e claro, desintegrando pessoas com seu laser.
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Em algum lugar dali, próximos aos escombros, Mayumi desliza pela terra e tenta dar uma rasteira em Yoshua, que salta para trás da garota, ela então sem virar o corpo, arremessa a maça que segurava com toda a força para trás, acertando diretamente a face de Yoshua, ele cai para no chão de costas, pode-se ouvir sons dos ossos de sua face se quebrando.
A garota se levanta rapidamente e parte para cima, pega o primeiro pedaço de ferro que vê e tenta usar como arma para acertar Yoshua caído, mas ele ainda está em punho de sua espada e defende-se dos ataques mesmo deitado no chão.
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O Rapaz girou o corpo no próprio eixo enquanto se levanta, a barra de ferro nas mãos de Mayumi fica em pedaços que caem no chão. Mayumi se joga no para baixo a fim de evitar do ataque de Yoshua ao mesmo tempo em que pega sua maça novamente. Mas Yoshua não dá chance para a moça, com a espada desarma novamente a Arcebispa jogando a maça para o alto.
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Mayumi está fadigada com a luta e não consegue se defender a tempo. Yoshua joga o corpo totalmente para trás e estica sua perna direita acertando um chute diretamente em Mayumi que em milésimos de segundos chega a levantar-se do solo. Rapidamente para completar seu combo, Yoshua enquanto cai de costas coloca suas duas mãos no chão, estica as duas pernas e toma impulso, batendo com os dois pés diretamente no peito da garota. Mayumi nem consegue gritar, pois todo o ar fora expulso de seu pulmão.
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A garota foi arremessada longe com o golpe, acertou uma parede de tijolos, que desmoronou e caiu no outro lado. Uma grande quantidade de poeira vermelha levantou-se e enquanto tossia tentava levar o ar de volta aos pulmões completamente fadigada.
Ouviu um som metálico muito forte. Levantou a cabeça e viu que estava exatamente a frente de Vesper, no caminho onde o gigante de aço iria passar, ele disparava projéteis para todos os lados e de sua cabeça saia chamas azuis fantasmagoricamente. Mesmo ainda sem ar e tossindo, Mayumi o encarou, fechou os pulsos prontos para lutar e partiu para o ataque.
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- Deixe um pouco de diversão para nós Mayumi! – gritou um Sentinela ao lado da Arcebispa, que olhou atônita. Imediatamente Elros começou atirar flechas contra Vesper, que não esperando o ataque recuou um passo para trás.
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Um lobo também apareceu para atacar o gigante metálico, mas não era simplesmente um lobo, mas o lobo de um Sentinela, era grande, músculo e muito forte, suas pesas eram capas de perfurar até mesmo o metal.
Vesper não voltou a recuar, ao contrário, contra atacou, de aberturas em suas mãos vários projéteis foram lançados em direção a Mayumi e a Elros, a garota rolou para o chão no lado esquerdo da rua, enquanto Elros correu para baixo de uma proteção de ferro no lado direito.
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A garota então ouviu um grito Alegre, outro Sentinela saltou entre dois prédios acima dela, montado em seu lobo, Edudelibra-V atirou uma única vez com um arco muito grande, mas sua flecha penetrou com força na armadura do Vesper, além disso esta flecha tinha uma corda onde o rapaz segurava com força, enquanto seu lobo, fazia tensão puxando.
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Do outro lado da rua, Mayumi pode ouvir sons de estralo, como chicotes batendo no ar e no chão, ela sorriu quando pode ver uma jovem muito bonita vestindo roupas curtas e cabelos tão claros que pareciam brancos de onde apontavam duas orelhas pontiagudas e finas, ela portava um chicote que era excessivamente longo, mas que a garota rodava no ar e batia ao seu bel prazer como se fosse uma fita de cetim. A Musa atirou o chicote contra Vesper, prendendo uma de suas mãos, então a garota deu a volta em uma coluna e ficou ali mantendo o robô preso por seu chicote.
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Uma grande onda de vento varreu todo o lugar, misturando terra das construções desmoronadas com fumaça do incêndio causando pelo ataque do monstro, lá em cima, Mayumi pode ver um grande balão oval, onde havia hélices e uma grande chaminé jogando uma fumaça preta para fora do motor a vapor.
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Com um grito o membro que faltava saltou lá de cima, com um brilho cintilante jogou-se contra a cabeça do Vesper. O som metálico foi muito alto, e o baque mais forte ainda, o machado de Cíntia Brigth acertou em cheio a cabeça do Vesper que tombou para trás. Edu e Sandra não conseguiram mais segurar o monstro e tiveram que soltar.
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Elros partiu para o ataque novamente, atirando rapidamente Flechas na armadura da criatura. O Vesper tentava se levantar, e Cíntia teve que sair de cima dele, não sem antes dar mais duas machadadas com toda a força, o que fez sair faíscas do monstro.
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- Como nos velhos tempos Mayumi! – Gritou Sandra Bull enquanto passava correndo enrolando seu chicote e indo para a batalha.
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O Vesper começou a abrir fendas por todo seu corpo, por onde vários lasers eram disparados, qualquer coisa que tocasse naquilo derretia na hora, enquanto isso ele se levantava. Enquanto Elros disparava varias flechas e chamava a atenção da criatura, Edu fechou um de seus belos olhos verdes e mirou seu arco atirando em pontos estratégicos, eliminando uma a uma as armas de lasers do robô.
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Cíntia escalou um prédio que estava próximo e segurando seu machado correu por toda a beirada até chegar o mais próximo possível do monstro. Sandra girou seu chicote novamente no ar, conforme fazia isso os postes na rua que ainda estavam em pé eram cortados ao meio. Então enlaçou um pouco abaixo da cabeça do Vesper e com muita força puxou.
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O Monstro cedeu e inclinou-se para frente. Cíntia que estava sobre o prédio então saltou sobre a criatura. Imediatamente começou a acertar ataques pesados e rápidos, podia-se ver a loura completamente coberta de suor.
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O monstro ficou enlouquecido, jatos de fogo surgiram em seus pés e o ele começou a levantar voo acima do solo, todos foram puxados, mas quando estava a três metros do solo, caiu com toda a força. O chão tremeu e alguns prédios que já estavam moribundos começaram a cair. Cíntia rolou sobre os escombros se ferindo bastante.
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Sandra correu para trás, Elros que também estava na rua se afastou da criatura. Já Edu que estava em cima do prédio, teve mais dificuldade, pois a construção onde ele estava começou a ruir. Mas montado sobre seu lobo conseguiu pular no momento certo para um prédio ao lado que ainda estava firme.
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Mayumi teve que correr para longe, pois estava chovendo entulho e escombros onde ela estava, não conseguiu ver nenhum sinal de Yoshua enquanto corria e se perguntou onde ele estaria.
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Sandra, Cintia, Elros e Edu já estavam cansados, eles não tinham mais o poder da magia para recuperar seu esgotamento físico e o Vesper era uma maquina de destruição, embora estivesse com escoriações e com algumas armas destruídas, não demonstrava cansaço e estava pronto para lutar até que a ultima engrenagem continuasse a girar.
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A Arcebispa ainda pode ouvir a luta continuar, mas teve que correr, precisava de alguma arma para poder ajudar os amigos. Então ouviu um grito feminino, Sandra estava prensada contra a parede por uma das mãos de Vesper, Edu e Elros atiravam freneticamente no monstro, mas parecia que o robô estava obstinado a esmagar a Musa.
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Cíntia partiu para o ataque erguendo seu machado sobre sua cabeça e correndo, mas então da outra mão de Vésper se abriu um cano grosso por onde uma luz intensa começou a brilhar, não deu tempo para Cíntia se desviar. Houve uma imensa explosão que levou parte da rua para o alto onde Cíntia estava e Mayumi ouviu um berro de dor, o machado de Cíntia voou girando rápido e descontrolado, vindo à direção da Arcebispa, que só teve o tempo de colocar as mãos sobre o rosto e fechar os olhos.
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Cont.
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Re: † Ordem das Valquírias: Magic's Children†
Capítulo 10 – Despertando
Mayumi ouviu a explosão após Cíntia ser alvejada em cheio por um grande canhão de energia de Vesper. A Arcebispa assistiu horrorizada toda a rua ir para o alto em uma grande explosão, mas só pode perceber o objeto que vinha em sua direção quando mesmo já estava sobre ela. Mayumi ao ver o machado de Cintia girando no ar rapidamente em sua direção só teve tempo de cobrir os olhos com os braços, fechando-os a frente de seu rosto.
Um vulto passou a frente e com um único movimento rápido rebateu o machado que caiu para o outro lado. A roupa gasta de Cavaleiro Rúnico revelava um homem forte e grande, que desta vez empunhava uma lança em sua mão.
- Você está bem? – perguntou.
- Sim, estou, obrigada Kaito – Respondeu Mayumi olhando fixamente para a lança nas mãos do rapaz.
- Mãe! – Gritou Hallyn enquanto corria para os braços da mã. Ela se abaixou e pegou a criança, estava feliz por ver seu filho de volta, olhou para ele e viu que aparentemente estava tudo certo.
- Kaito, precisamos de ajuda. –
- Ele parece que já está mais fraco, mas fique distante na duvida. – Kaito olhou para trás e apontou para o Vesper, tambem deu um leve sorriso e então disparou correndo. Mayumi olhou aquele sorriso e o brilho nos olhos, e imediatamente sentiu que algo havia mudado no cavaleiro.
_
Elros viu Kaito passar por ele, correndo entre a fumaça escura da explosão, o cavaleiro subiu em um monte de entulho e saltou diretamente sobre o Vesper com a Lança em punho. O Monstro não esperava este ataque direto, e foi jogado para trás, forçado a dar vários passos.
Sandra Bull cai no chão após ser liberada das mãos do Vésper, Edu a pegou e tirou dali, ela tinha dificuldades para andar.
Da mesma forma Elros procurou onde Cíntia poderia estar, ao menos o corpo dela. E pode ver pedaços grandes de concretos sendo colocados de lado a mecânica se levantando dos escombros, totalmente ferida e com muitos arranhões. Eles decidiram recuar, aquela luta não era mais deles, e eles só iriam atrapalhar.
Kaito investiu novamente, sua lança produzia um som característico cortando o vento, e acertando o alvo em cheio, O Vésper era obrigado a recuar várias vezes. Com aparente raiza, o monstro começou a disparar vários projéteis na direção de Kaito, mas ele corria entre os escombros das casas e prédios evitando ser alvejado em campo aperto, chegando cada vez mais próximo do monstro.
Então vendo sua falha, o vésper usou novamente seu laser para cortar qualquer objeto que estivesse a sua volta, mas antes de completar seu ataque, Kaito saltou por detrás de uma grande parede de pedra, e com a ponta da lança, acertou em cheio o braço do monstro. Que começou a saltar faíscas, o que interrompeu o ataque.
A lança prendeu no braço do Vesper, o que teu tempo suficiente para o robô ativar seu canhão de energia, diretamente sobre Kaito. Percebendo o ataque o cavaleiro, puxou com toda a força sua lança e correu para se proteger. A explosão veio em seguida, mais pedras e rochas caíram dos prédios a sua volta, além do fogo que consumia tudo.
Mas o Vesper não esperou Kaito se levantar, novamente uma grande quantidade de fumaça começou a sair dos pés do Robô, e ele começou a flutuar sobre o sono, mas desta vez, indo bem mais alto. Kaito se levantou e correu o monstro já estava fora de seu alcance, estava alto de mais para acertar qualquer golpe.
- Kaito!! – Gritou Sandra, que estava sobre um prédio, bem mais acima de Kaito.
- Kaito! – chamou Elros que também estava posicionado mais acima.
- Kaito! – Desta vez foi Edu que igualmente estava em uma posição bem mais no alto do que Kaito, que estava no chão.
Então os três dispararam contra o Vesper. A Flecha de Edu na qual havia uma corta, gravou na ferragem do monstro e lá fixou-se. Imediatamente ele começou a puxar com toda força. Elros também estava com uma destas flechas e fez a mesma coisa, assim que sua flecha prendeu-se no Vésper, ele começou a puxar, os lobos dos sentinelas também ajudavam.
Vesper começou a centralizar energia em seu canhão, ao que parecia, uma quantidade muito maior do que ele jamais usara até então, talvez como ultimo recurso para sobrevivência. Assim que pode, Sandra também jogou seu Chicote que se prendeu nos pés do monstro. O grupo parecia que não ia aguentar segurar a criatura, e logo começaram a ser puxados para cima. Kaito observava lá de baixo. Confiante em seus amigos.
Sandra, Elros, Edudelibra e seus lobos começaram a ser arrastados, e o monstro continuavam sua subida aos céus. Então mais alguém apareceu, toda cheia de cortes e machucada, Cíntia pegou no chicote de Sandra e começou a puxar com toda a força que ela tinha. O monstro sentiu a diferença, e conforme a mecânica gritava e seus músculos se enrijeciam, o Vesper começava a baixar.
O monstro começou a voltar para o chão, não importando quanta força colocava em seus propulsores. Ao mesmo tempo, seu canhão parecia completamente finalizado para o disparo final.
Assim que viu que daria conta, Kaito correu, pulou sobre os entulhos e esticou sua lança o mais alto que pode, saltou vários metros de altura e sentiu a lança que era longa, fincar na lataria do monstro, sem pensar duas vezes, deu um grande puxão para baixo com toda sua força. Naquele momento não houve propulsores que segurasse o vésper no ar, e ele precipitou-se para baixo desgovernado.
O monstro caiu no chão com um grande baque, levantando poeira e fumaça, então imediatamente ele disparou na direção de Kaito, mas Kaito não se escondeu desta vez, correu em linha reta na direção do enorme disparo de energia.
Não iria desistir agora, não iria se poupar agora, este era o momento daquela luta acabar, era agora ou nunca, e ele não ria deixar novamente esta chance passar, não iria ficar no aeroplano, não iria se esconder ou deixar que seus amigos decidissem a luta por ele, agora ele era quem iria decidir isso e salvar a vida daqueles que ama, não importando o custo para isso.
Kaito viu a enorme energia disparada contra ele, seu rosto ficou completamente branco com a luz produzida pela energia, e ele corria sem medo pronto para chocar-se com ela. Mas no ultimo instante, Kaito se jogou no chão e deslizou sobre os entulhos, a enorme rajada de poder passou milímetros acima de sua cabeça, eventualmente queimando as pontas de seu cabelo. Assim que a energia passou e o deslize de Kaito o deixou a frente do Vesper, ele rapidamente cravou sem dó e diretamente a lança na cabeça do monstro, que a transpassou completamente a cabeça do monstro.
Sem dar tempo para reações, Kaito retirou a lança e com uma grande berro disparou uma sequencia de ataques consecutivos e estocadas tão rápidas, tão rápidas que não poderia se dizer se era apenas uma lança ou mil lanças ao mesmo tempo, a ponta da lança quebrou completamente a armadura do monstro e logo começou a despedaça-lo peça por peça, enquanto faíscas saíam dele, óleo e engrenagens.
Vesper não pode aguentar este ataque e tombou para trás. Kaito então se virou de costas e girou a lança atrás de si. Naquele momento houve uma grande explosão que clareou toda a cidade. Vesper estava vencido, um mal do mundo antigo fora vencido.
Cont.
Mayumi ouviu a explosão após Cíntia ser alvejada em cheio por um grande canhão de energia de Vesper. A Arcebispa assistiu horrorizada toda a rua ir para o alto em uma grande explosão, mas só pode perceber o objeto que vinha em sua direção quando mesmo já estava sobre ela. Mayumi ao ver o machado de Cintia girando no ar rapidamente em sua direção só teve tempo de cobrir os olhos com os braços, fechando-os a frente de seu rosto.
Um vulto passou a frente e com um único movimento rápido rebateu o machado que caiu para o outro lado. A roupa gasta de Cavaleiro Rúnico revelava um homem forte e grande, que desta vez empunhava uma lança em sua mão.
- Você está bem? – perguntou.
- Sim, estou, obrigada Kaito – Respondeu Mayumi olhando fixamente para a lança nas mãos do rapaz.
- Mãe! – Gritou Hallyn enquanto corria para os braços da mã. Ela se abaixou e pegou a criança, estava feliz por ver seu filho de volta, olhou para ele e viu que aparentemente estava tudo certo.
- Kaito, precisamos de ajuda. –
- Ele parece que já está mais fraco, mas fique distante na duvida. – Kaito olhou para trás e apontou para o Vesper, tambem deu um leve sorriso e então disparou correndo. Mayumi olhou aquele sorriso e o brilho nos olhos, e imediatamente sentiu que algo havia mudado no cavaleiro.
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Elros viu Kaito passar por ele, correndo entre a fumaça escura da explosão, o cavaleiro subiu em um monte de entulho e saltou diretamente sobre o Vesper com a Lança em punho. O Monstro não esperava este ataque direto, e foi jogado para trás, forçado a dar vários passos.
Sandra Bull cai no chão após ser liberada das mãos do Vésper, Edu a pegou e tirou dali, ela tinha dificuldades para andar.
Da mesma forma Elros procurou onde Cíntia poderia estar, ao menos o corpo dela. E pode ver pedaços grandes de concretos sendo colocados de lado a mecânica se levantando dos escombros, totalmente ferida e com muitos arranhões. Eles decidiram recuar, aquela luta não era mais deles, e eles só iriam atrapalhar.
Kaito investiu novamente, sua lança produzia um som característico cortando o vento, e acertando o alvo em cheio, O Vésper era obrigado a recuar várias vezes. Com aparente raiza, o monstro começou a disparar vários projéteis na direção de Kaito, mas ele corria entre os escombros das casas e prédios evitando ser alvejado em campo aperto, chegando cada vez mais próximo do monstro.
Então vendo sua falha, o vésper usou novamente seu laser para cortar qualquer objeto que estivesse a sua volta, mas antes de completar seu ataque, Kaito saltou por detrás de uma grande parede de pedra, e com a ponta da lança, acertou em cheio o braço do monstro. Que começou a saltar faíscas, o que interrompeu o ataque.
A lança prendeu no braço do Vesper, o que teu tempo suficiente para o robô ativar seu canhão de energia, diretamente sobre Kaito. Percebendo o ataque o cavaleiro, puxou com toda a força sua lança e correu para se proteger. A explosão veio em seguida, mais pedras e rochas caíram dos prédios a sua volta, além do fogo que consumia tudo.
Mas o Vesper não esperou Kaito se levantar, novamente uma grande quantidade de fumaça começou a sair dos pés do Robô, e ele começou a flutuar sobre o sono, mas desta vez, indo bem mais alto. Kaito se levantou e correu o monstro já estava fora de seu alcance, estava alto de mais para acertar qualquer golpe.
- Kaito!! – Gritou Sandra, que estava sobre um prédio, bem mais acima de Kaito.
- Kaito! – chamou Elros que também estava posicionado mais acima.
- Kaito! – Desta vez foi Edu que igualmente estava em uma posição bem mais no alto do que Kaito, que estava no chão.
Então os três dispararam contra o Vesper. A Flecha de Edu na qual havia uma corta, gravou na ferragem do monstro e lá fixou-se. Imediatamente ele começou a puxar com toda força. Elros também estava com uma destas flechas e fez a mesma coisa, assim que sua flecha prendeu-se no Vésper, ele começou a puxar, os lobos dos sentinelas também ajudavam.
Vesper começou a centralizar energia em seu canhão, ao que parecia, uma quantidade muito maior do que ele jamais usara até então, talvez como ultimo recurso para sobrevivência. Assim que pode, Sandra também jogou seu Chicote que se prendeu nos pés do monstro. O grupo parecia que não ia aguentar segurar a criatura, e logo começaram a ser puxados para cima. Kaito observava lá de baixo. Confiante em seus amigos.
Sandra, Elros, Edudelibra e seus lobos começaram a ser arrastados, e o monstro continuavam sua subida aos céus. Então mais alguém apareceu, toda cheia de cortes e machucada, Cíntia pegou no chicote de Sandra e começou a puxar com toda a força que ela tinha. O monstro sentiu a diferença, e conforme a mecânica gritava e seus músculos se enrijeciam, o Vesper começava a baixar.
O monstro começou a voltar para o chão, não importando quanta força colocava em seus propulsores. Ao mesmo tempo, seu canhão parecia completamente finalizado para o disparo final.
Assim que viu que daria conta, Kaito correu, pulou sobre os entulhos e esticou sua lança o mais alto que pode, saltou vários metros de altura e sentiu a lança que era longa, fincar na lataria do monstro, sem pensar duas vezes, deu um grande puxão para baixo com toda sua força. Naquele momento não houve propulsores que segurasse o vésper no ar, e ele precipitou-se para baixo desgovernado.
O monstro caiu no chão com um grande baque, levantando poeira e fumaça, então imediatamente ele disparou na direção de Kaito, mas Kaito não se escondeu desta vez, correu em linha reta na direção do enorme disparo de energia.
Não iria desistir agora, não iria se poupar agora, este era o momento daquela luta acabar, era agora ou nunca, e ele não ria deixar novamente esta chance passar, não iria ficar no aeroplano, não iria se esconder ou deixar que seus amigos decidissem a luta por ele, agora ele era quem iria decidir isso e salvar a vida daqueles que ama, não importando o custo para isso.
Kaito viu a enorme energia disparada contra ele, seu rosto ficou completamente branco com a luz produzida pela energia, e ele corria sem medo pronto para chocar-se com ela. Mas no ultimo instante, Kaito se jogou no chão e deslizou sobre os entulhos, a enorme rajada de poder passou milímetros acima de sua cabeça, eventualmente queimando as pontas de seu cabelo. Assim que a energia passou e o deslize de Kaito o deixou a frente do Vesper, ele rapidamente cravou sem dó e diretamente a lança na cabeça do monstro, que a transpassou completamente a cabeça do monstro.
Sem dar tempo para reações, Kaito retirou a lança e com uma grande berro disparou uma sequencia de ataques consecutivos e estocadas tão rápidas, tão rápidas que não poderia se dizer se era apenas uma lança ou mil lanças ao mesmo tempo, a ponta da lança quebrou completamente a armadura do monstro e logo começou a despedaça-lo peça por peça, enquanto faíscas saíam dele, óleo e engrenagens.
Vesper não pode aguentar este ataque e tombou para trás. Kaito então se virou de costas e girou a lança atrás de si. Naquele momento houve uma grande explosão que clareou toda a cidade. Vesper estava vencido, um mal do mundo antigo fora vencido.
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