Ordem das Valquírias
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[Fanfic]O Fim da Ordem das Valquírias

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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 6:55 am

Nota do Autor

Olá

Fanfic escrita no trabalho =D, a ideia surgiu na noite passada, pedi autorização para o Link Heroi, Willen e Roen além da Lakka e Sami, Warrior e para escrever, só não pedi para o Ignis, pois nem vi ele =/

Contem apenas um capitulo e é só, espero que a cena faça valer a leitura.

Era para ser de um único capitulo, mas o retorno que tive não só dos valquírias mas da comunidade no geral foi muito bom, então agora é uma fic completa que postarei os capítulos conforme ir escrevendo.

Se alguém de alguma forma se sentir ofendido ou não gostar da Fic e quiser ter seu personagem retirado dela, por favor me avise e eu o farei ^.^
Abraço

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[Fanfic]
O Fim da Ordem das Valquírias[/size]
por Jeferson S. de Paula "Kemaryus"
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Índice
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Em um futuro não muito distante

Uma grande esfera de energia vermelha iluminava todo o lugar, vários corpos estavam ao chão. Arquimagos, Sumo-Sacerdotes, Atiradores de Elite e muitas outras classes, todas vencidas em um combate brutal. Um professor estava diante da grande esfera de energia. Seu corpo emitia uma aura azul e brilhava com incrível intensidade, suas vestes eram jogadas para trás com a força do vento e com os braços abertos usava seu corpo para conter o poder destrutivo usando sua habilidade “Espelho Mágico”.

- Não vou agüentar por muito tempo! - Berrou o Professor, seu corpo tremia, não podia mais assimilar tanto poder para si.

- Kemaryus aquente firme! - Ignatyus berrou caído no chão, sua perna estava em um ângulo muito estranho, possivelmente quebrada.

- Desistam! Humanos fracos e idiotas, não existe poder neste mundo capaz de me vencer! Agora sairei desta maldita torre e terei o mundo em minhas mãos como uma vingança a Odin! - A Voz diabólica e impetuosa do Night Siegel ecoou pelo lugar, vinda da outra extremidade da esfera.

- Isso nunca irá acontecer! Você jamais irá quebrar o equilíbrio deste mundo! - O Professor gritava. Era difícil até mesmo de falar, era o único capaz de deter aquela esfera graças a sua habilidade especial, o suor caia de sua face e seus olhos, vermelho e azul estavam mergulhados em dor e desespero.

Todos os outros 11 que foram não tiveram poder suficiente para subjugar o invencível e renovado Night Siegel. Este havia roubado o poder de Hildr e agora usava este mesmo poder contra os Valkyricos que vieram recuperar para sua Deusa.

- Se Night Siegel sair da Torre, o mundo irá se tornar um imenso cemitério. – Lakka com o rosto cheio de lagrimas segurava seu gato no colo, seus pelos estavam chamuscados e o felino estava desmaiado, muito ferido e sem forças.

- Isso precisa de um fim - Roen, segurava em seus braços Sami, a Sumo-Sacerdotisa, desfalecida e sem condições de prosseguir a batalha

Em um canto um Paladino batia com sua mão na parede. Seus cabelos loiros estavam meios queimados e sua armadura toda trincada.

- Quantas vidas mais iremos perder? - Link Herói derramava lagrimas de fúria ao olhar para o Menestrel Louis e o Lorde Warrior Legend caídos, já sem vida.

Aquele era o últimos que restaram dos 12 Valkyricos que subiram a torre, um a um foram sendo vencidos por cada andar e no final os que restaram foram dizimados pelo poderoso Mestre da Torre. Em um canto oculto pelas sombras, seja fisicamente ou em sua alma, Kem Nelliw lutava em pensamentos entre seus medos e sonhos.

- Não irá suportar mais professor, eu sinto sua vida o deixando. - Night Siegel ria maliciosamente ao ver o sangue vertendo dos olhos, nariz e boca do Professor. Kemaryus estava no seu limite todo aquele poder estava o matando por dentro.
- Nunca, jamais irei ser vencido por um inseto como você. Eu sou o servo da Chama Secreta de Asgard! Você não irá VENCER! ESPELHO MÁGICO!!! – Kemaryus renovou seu encantamento, de seu corpo saltavam faíscas mágicas.

- Não vou permitir que você morra Kemaryus, ou que qualquer outra vida aqui seja tomada. - Kem retomou sua consciência, mesmo ainda confuso da ação que tomaria não iria ver as pessoas com quem viveu terem suas vidas arrancadas a força pela ganância de um monstro.

- Mesmo que eu os tenham desonrado em outra hora, não posso me calar diante está cena, vou explodir meu poder e o queimarei em uma última batalha! - Cada palavra trazia consigo a determinação.

- Não! Isso já chegou ao seu limite. Além dessas paredes existem milhões de vidas que contam conosco, não vou permitir, isso terá um fim hoje e agora! - Link Herói fechou seu punho sua ira havia chegado em um momento critico.

- Tudo que existe nesse mundo precisa ser preservado. Crianças, mulheres, homens, cidades, campos, o mundo é belo de mais para cair nas mãos do mal. Night Siegel, se prepare, pois você vai morrer HOJE! - Roen gritou e jogou o restou do que restava de sua espada no chão, ao lado de onde pusera Sami.

- Mesmo que minha armadura seja destruída. – falou Roen
- Mesmo que minha pele seja destruída. – falou Kem
- Mesmo que minha vida seja destruída. – falou Link Herói

- NÃO IREMOS PERMITIR ISSO! – Os três paladinos gritaram em união.

Kem se adiantou mais a frente, agachou-se e colocou sua mão a frente de seu corpo se preparando para a técnica. Roen se colocou em pé ao lado direito de Kem, também colocou sua mão a frente do corpo. Link Herói se aproximou ao lado esquerdo de Kem, colocando suas duas mãos à frente do corpo. Os três estavam em uma única união e a energia começavam a se misturar e a se intensificar em volta do trio, logo eram uma só fonte de poder que brilhava assim como suas auras.

- Não façam isso! – Kemaryus, mesmo de costas, sentiu o poder da técnica começando a se expandir.

- Não podem usar essa técnica, seus corpos serão consumidos e nós morreremos. Eu os proíbo de usarem esta técnica! Hildr baniu esta habilidade por ser tão poderosa que poderia acabar com tudo a sua volta. - O Professor se desesperou.

- Não iremos nos render ao mal, nós agora entendemos o nosso real propósito e hoje vamos selar nosso destino, como verdadeiros Paladinos, Mártires e Heróis! - Roen sentia cada centelha de energia imergir por sua pele e o ar a sua volta parecia estar alcançado temperaturas incríveis, ele suava bastante.

O Poder emanado do grupo era intenso. O piso onde estavam começou a se fender e os pedaços de pedras que estavam caídos abaixo deles começaram a levitar do solo. A Aura sagrada era como uma única chama de poder e gloria. Suas armaduras brilhavam como o mais puro ouro e seus elmos das Valquírias emitiam um intenso brilho prateado.

- Então é este o poder total de um Valkírico. – Lakka falou consigo mesma, sua mão tremia sobre o conselheiro felino em seu colo. Ignatyus rastejou-se para perto dela e tirou sua capa cobrindo a jovem Arquimaga com ela.
-Ela irá te proteger. – Ignatyus sorriu para Lakka com um pouco de sangue escorrendo pelo canto de sua boca.

Night Siegel, assim como os demais sentiu, o poder vindo dos três paladinos. Viu que isso seria uma ameaça e resolver dar um basta na situação. Com um grande esforço enviou uma dose maior de seu poder para a grande esfera Maligna, que começou a se mover em direção ao Professor.

- NÃO! - Kemaryus sentiu cada osso de seu corpo doer, o Espelho Mágico fora partido e o professor foi arremessado para o lado com extrema violência e caiu desacordado.

A Esfera de poder de Night Siegel, agora sem nada para impedir, foi com toda sua fúria em direção a o grupo.

- Não somos salvadores. – Roen suspirou
- Não somos Destruidores. – Link Herói falou entre os dentes
- Somos Preservadores! – Kem encarou seu inimigo

-EXCLAMAÇÃO DA VALQUÍRIA!!! - Roen, Link Herói e Kem gritaram como nunca antes.

Por um momento, a aura dos três explodiu em chamas azuis, os envolvendo em puro poder. A imagem de uma Valquíria vestida para a guerra surgiu atrás deles, suas asas os revestiam com uma gloria mística e branca como a própria luz de Odin, enquanto penas alvas como a neve caíam do céu e cobrindo todo o chão.

O Poder da “Exclamação da Valquíria” saiu dos Paladinos e foi de frente à esfera maligna de Night Siegel. Houve um choque de poder e as paredes começaram a se rachar, todas as tochas que iluminavam o lugar se apagaram, pois até mesmo o fogo sentiu-se impotente diante tamanho poder. A única fonte de luz era as energias que se colidiam e criavam pequenos “buracos negros”. As energias pareciam equivalentes e disputam assiduamente uma contra a outra. Tão primordial quanto a criação, Ordem e Caos disputavam como iguais gerando um equilíbrio pleno no lugar.

-Malditos! Como humanos podem ter tamanho poder? Não sou eu o Mestre desta torre? - Night Siegel urrava de raiva. Por mais poderoso que fosse, seu poder tinha um limite, e este já havia sido alcançado.

Roen sentia cada parte do seu corpo arder em uma energia mística e sagrada incontrolável, sua armadura se desfragmentava e desaparecia no ar. Kem viu sua pele ganhar uma coloração avermelhada e então se rasgar e sangrar intensamente. Link Herói sentiu o gosto de sangue que escorria através de seus poros capilares e de seus olhos. Um único poder, uma única missão, um único propósito. Havia ainda uma última gota daquele poder que seria revelado.

-Não somos simplesmente... - Roen começou a falar se preparando para a ultima frase de sua vida
-...humanos, somos... - Kem achou digno morrer daquela forma
-Valkyricos! - Link Herói finalizou com a força de mil homens nas palavras

A Mente dos três haviam se fundido e se tornado uma só. Houve uma nova explosão, suas armaduras se partiram e se despedaçaram no ar virando pó. Então, de suas costas, em cada um, um par de asas brancas surgiu de forma mística e com um único grito, tão poderoso que abalou as bases da Torre sem Fim e todos os seus andares, a energia dos Paladinos foi enviada contra Night Siegel, que não pode conter tamanha força. O poder o consumiu e, em meios aos gritos de agonia, não se conformava como havia sido vencido mesmo tendo roubado o poder Sagrado de uma Valquíria e, em um grande clarão de luz e fogo Night Siegel, encontrou sua final destruição.

Lakka olhou para frente, Ignatyus a protegera de toda a destruição ao custo de sua vida. Milk estava acordado e agarrado ao colo da Arquimaga, as lagrimas caiam de seus olhos sobre seu pelo, não parecia mais o gato de antes. Kemaryus estava com seus olhos abertos, caído sobre os escombros e com suas costas apoiadas em uma pilastra, estava morto. Porém olhava para o céu da noite com um sorriso no rosto, a luz de seus olhos não havia se apagado. Ignatyus, aquele que viajara pela terra desde tempos remotos, finalmente teve seu momento de descanso, como um rei, o último dos Arkadel, morreu pela vida de outros. Sua alma agora encontrar-se ia com sua família.

Parados à frente, Link Herói, Roen e Kem estavam presentes no lugar, mas somente em espírito, seus corpos foram destruídos. Olhavam um para o outro. Lakka olhou para eles, as lágrimas vertiam como a nascente de um rio. Os três Paladinos olharam para Lakka, e deram um ultimo sorriso, abriram suas asas e voaram alto para o céu com a leveza de uma pluma

A Arquimaga chorou amargamente por seus amigos, mas sentiu-se feliz, pois o mundo fora salvo e milhões de vidas estavam agora seguras novamente. Naquele dia todos os últimos Valkyricos foram vencidos, mas o poder da fé, coragem e união não os fizeram perder a guerra. O brilho de cada brasão se apagou, como uma vela que chega ao seu fim, assim como o brilho no olhar de Kemaryus.
Restando apenas um pedaço de metal nas mãos de Lakka. A Arquimaga se levantou e viu o fim da Ordem diante de si. Abraçou seu Gato e olhou para o céu.

Um ponto dourado brilhou, e fora ganhando tamanho. Com um salto Lakka desviou de algo que desceu lá de cima sobre ela, olhou para o objeto que caíra e seus olhos refletiram o brilho amarelado de um Emperium.



Fim

amei *-* !-q

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Lakka, por [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 6:57 am

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Capitulo II – Amigos


Horas antes...


Aqueles que viram a cena, e sobreviveram para contar a seus filhos, netos e amigos, jamais irão se esquecer da emoção e da garra com a qual aquele Lorde lutou. Jamais alguém batalhou de forma tão brutal e esmagadora quanto Warrior Legend, os ossos de Entweihen Knothen se partiam e viravam uma pilha sem vida, jogada de lado pelo Valkyrico que abria caminho até o Monstro Verdadeiramente Poderoso. Logo atrás do guerreiro, Ignatyus Arkadel e Lakka transformavam o ar ao seu redor em um vendaval congelante e, segundos depois, raios violentos desciam com toda sua fúria do céu.

O Lorde avançava e a cada passo fazia muito esforço, quebrando e cortando os obstáculos a seu caminho. Não fossem as orações e habilidades de recuperação da Sumo-Sacerdotisa Sami, aquele feito não seria possível. As canções de Bragi ecoavam pelo lugar, tocadas com maestria por Louis, o Menestrel que dedilhava seu instrumento com a força e a determinação de um general enquanto o suor caía de sua face. O Lorde prosseguia, ao passo que sua armadura resistia no limite de sua capacidade. Entweihen Knothen percebera o fato empenhou-se de fazer Warrior seu único alvo.

-Não vou cair. - Entre um golpe e outro, Warrior falava para si próprio. Horas antes ele vira seus melhores amigos tombarem diante de monstros poderosos.

O Lorde sempre buscara a maior força e os melhores equipamentos, mas hoje tudo isso não pareceu importar. Com o poder Valquírico roubado de Hildr, Night Siegel não havia apenas se tornado mais forte, como toda a torre estava energizada, dando aos seus habitantes um poder muito superior ao comum.

Os ataques de Entweihen Knothen se tornaram mais fortes, mas Warrior não respondia a seus amigos, que pediam para que ele voltasse e tentasse outra forma de se aproximar da criatura. Ele sabia que a única maneira era abrindo caminho. Os berros de Sami para Warrior eram apenas mais uma voz, misturada aos vários gritos e vozes em sua mente.

Um após outro, o jovem viu cair a sua frente amigos de épocas tão antigas que sua mente somente guardou os melhores momentos. Maxxwel, Hartvaley, Fazul, um a um, vencidos pela torre. Por mais que seus poderes estivessem em seu auge, a torre não aceitou nada menos que seus sacrifícios. O suor do Lorde desceu sob seu elmo até sua face, misturou-se com suas lagrimas e o deixou com o gosto salgado em sua boca. Ao sentir tal gosto, segurou com mais força sua espada.

A cada passo dado, sua pele, carne e ossos sofriam ataques fortíssimos, e passo após passo a fúria contra aquele mal crescia em seu coração. O olhar mareado e lacrimejante oscilava em um olhar de pura ira e raiva vingativa. O Mal era seu inimigo, o mal causou a perda que jamais seu coração iria superar. O mesmo mal agora que buscava selar definitivamente a vida dos últimos amigos que lhe restavam. Ele não podia controlar sua mente, que lhe mostravam os corpos de seus amigos, e agora sofria em imaginar um futuro com novos corpos sem vida somados aos primeiros, com apenas ele restando em um mundo vazio; escuro; sozinho; sem as pessoas que amou; sem ninguém.

-Avanço Ofensivo! - O Lorde, que havia abandonado a segurança sobre as Curas da Sumo-Sacerdotisa, avançou muitos metros a frente do grupo em direção ao Entweihen Knothen até então estar face a face com a criatura cadavérica, que lhe dava um olhar incrivelmente enojado, tamanha sua ousadia.

Warrior estava com sua cabeça baixa, sua franja cobrindo seus olhos. Em instantes ele levantou sua espada. Sabia que agora estava sozinho, fora do alcance do suporte de seus amigos. Era ele e o Entweihen Knothen, em uma luta “mano a mano”.

-Frenesi! - Com a espada no alto, Warrior Legend berrou a técnica mais brutal e avassaladora que um Lorde era capaz de utilizar. Sua aura azul reluzente explodiu em dourado e vermelho banhando seu corpo com a luz. O Valkyrico sentiu cada parte de sua musculatura arder em chamas e seu corpo, mesmo estando incrivelmente pesado, ficar tão leve quando uma pluma. Seus braços iniciaram um ataque com a agilidade de um Algoz, se não mais rápido. Seu coração jorrava sangue para suas veias que, por sua vez, queimavam sua energia com máxima eficiência.

Golpes e mais golpes de espada e ossos voavam para todos os lados, Entweihen Knothen não tinha como se defender. Warrior havia alcançado o máximo de velocidade de ataque que um humano poderia obter. Em sua mente o fogo consumia suas lembranças e todas as suas emoções, como uma fera descontrolada. Seus olhos não tinham a pupila e estava completamente cego, atacando seu alvo utilizando apenas seus instintos. Dizem que todo homem tem uma fera dentro de si – incontrolável, brutal e selvagem -, bastando apenas quebrar a alma deste homem para despertar a fera interior.

Todas as técnicas de Cavaleiro eram esquecidas com o Frenesi. O Lorde atacava com força além da necessária, ossos voavam a cada ataque e a fúria era tamanha que sua espada não aquentou e partiu-se com os impactos. Largando a agora inútil espada e tomando o assunto com suas mãos, Warrior quebrou cada osso do monstro. Em meio à sua ira, usava suas mãos para desmembrar a criatura que, com gritos de dor, preencheu o lugar com agonia, até que com um soco de sua luva metálica Warrior esmagou seu Crânio, finalizando o combate.

Com o fim de seu alvo, Warrior caiu de joelhos ao chão, não restando forças sequer para falar ou chorar. À sua frente os que restaram de seus amigos surgiram, com suas faces assustadas e cheias de lagrimas. Todos estavam salvos. Ele havia vencido, por todos aqueles que morreram, Warrior havia vencido. Sami berrava sua habilidade de Curar sobre o Lorde, mas Warrior apenas ouvia algo vago, longe, cada hora menos audível, havia apenas o barulho de seu coração, pulsante, ofegante e cada vez mais lento. À sua frente estavam Kemaryus, Louis, Ignatyus, Lakka, Sami, Link, Roen, Kem, mas em espírito Warrior Legend viu todos os membros da Ordem das Valquírias, antigos e novos, todos juntos, o olhando e sorrindo para ele. Yuri, como era conhecido entre os amigos mais íntimos sentiu-se leve, leve o suficiente para se levantar e ir abraçar e festejar com seus amigos, em espírito.

Warrior Legend, em meio a seu Frenesi, não percebera que Entweihen Knothen havia cravado seu fêmur no peito do Lorde, atravessando sua armadura e seu corpo. Ele caiu ao chão, havia um sorriso em seus lábios, um sorriso de felicidade, inocente e até mesmo infantil, mas puro e sincero. Assim, o mais poderoso Lorde do Clã Ordem das Valquírias finalmente silenciou sua voz.

Fim

*-* amei! -q
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Warrior Legend, por zelton
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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 7:01 am

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Capítulo III – O Ultimo Recuar.


Horas antes...

O Desordeiro encostou-se em uma pilastra, suava muito e já estava bastante cansado. Respirou com força, para então fechar a mão em volta da flecha que estava presa em seu braço, a arrancando e logo após soltando um pequeno gemido. Em seguida, olhou à sua volta procurando seu inimigo. Tinha que manter a calma, mesmo em meio à luta mais difícil que já teve.

Do outro lado do grande salão cheio de pilastras, um Menestrel se escondia da mesma forma. Não estava ferido, mas muito cansado. Usara sua habilidade “Vulcão de Flechas” tantas vezes que seu braço perdera toda a força. Louis Golden olhou pelo lugar à procura de Souran, seus olhos percorreram todo o lugar e parou alguns segundos sobre a saída, que estava bem distante no outro lado. Então viu sua inimiga, Cecil Damon, que empunhava seu arco magnificamente. A flecha apontada para frente esperava o menor sinal de Louis ou de Souran para ser disparada. Ela guardava a saída como um cão guardando a casa do dono.

O Jovem Menestrel resolveu ir para uma pilastra mais distante, ainda olhando em direção a Atiradora de Elite e não viu que no caminho havia uma armadilha que o fez cair, fazendo com que Cecil imediatamente olhasse em sua direção. O Desordeiro saiu correndo, ao mesmo tempo em que a flecha acertara Louis em seu braço, o fazendo ser uma presa fácil para ela. Souran viu diante de si o brilho de luz proveniente da porta que daria para o próximo salão. Por alguns segundos sentiu-se contente em fugir de sua inimiga, ao invés de acabar morrendo, afinal antes Louis do que ele. O rapaz segurou na grande porta de pedra preparando-se para abri-la ao mesmo tempo em que o Menestrel soltara mais um grito de dor ao receber a segunda flecha em seu outro braço. Souran olhou para trás. Já estava tão próximo da saída que bastava abrir a porta e toda sua aflição teria fim. Mas para isso ele iria deixar seu amigo morrer nas mãos da poderosa MVP. E foi a palavra “amigo” que fez seu coração acelerar enquanto abria mais a porta abandonando o lugar.



Louis disparou seu segundo “Vulcão de Flechas” com apenas um braço. Cecil o havia encontrado e a luta recomeçara com uma grande desvantagem. Agora, com uma flecha atravessada em seu braço esquerdo, e com o direito sagrando devido pelo furo de outra flecha só restava lutar apenas com uma mão. Louis correu pelo lugar, desviando das Flechas da Atiradora que batia em cada coluna de pedra em que ele procurava abrigo, assim permaneceu fugindo até chegar a um lugar onde havia um buraco na parede parecido com uma janela, de onde podia ver as nuvens passando ao lado da Torre, nuvens acinzentadas e cheias de terror com diversos raios que insistia em castigar quem ousasse se aproximar da Ilha.

O Menestrel, que agora sabia que estava sozinho, já que Souran não respondia aos pedidos de ajuda, respirava tomando fôlego em desespero e, ao perceber sua situação, sentiu um profundo frio na espinha. Segurou seu Instrumento com uma de suas mãos e esperou atrás de uma pilastra que Cecil aparecesse para que pudesse atacá-la de surpresa. Esperou por alguns segundos, até que então decidiu espiar. Louis esticou a cabeça para frente da pilastra e não viu mais Atiradora. Sua mente trabalhava rápida e seu coração acelerado buscou sinal dela pelo lugar rapidamente. Não a viu, sentiu que a MVP deveria ter ido embora ajudar seu grupo a enfrentar o restante dos Valkyricos em outra sala.

Louis sai de trás da pilastra e deu alguns passos.

-Ahhh! - O Menestrel pisara em uma armadilha e estava preso por ela. Atrás, Cecil Damon apareceu empunhando seu arco, uma flecha rápida percorreu o ar quebrando a arma de Louis. O medo invadiu seu peito, somente a Atiradora e ele frente a frente, era a hora em que ele morreria, viu a morte passar pelos seus olhos e repousar sobre a ponta da flecha que esta sendo mirada sobre sua cabeça. Caído no chão, Louis ouviu o som da corda do arco sendo puxada, como uma melodia agourenta, os olhos frios e vazios de Cecil buscavam a mira perfeita. Ao menos ele sabia que iria ser rápido e indolor, os segundos se arrastaram até que ela soltou a corda, os olhos de Louis se abriram em pavor.

Uma adaga surgiu brilhando do nada, encoberto pelas sombras do lugar, Souran pulara entre Cecil e Louis e rebateu a flecha com sua arma, para então iniciar uma luta a uma velocidade incrível, sumindo e reaparecendo diversas vezes. O Desordeiro usava toda sua técnica de combate para enfrentar a Atiradora de Elite.

-Sai daí, moleque! - Souran gritou para Louis enquanto rebatia mais uma flecha. O Menestrel retirava a armadilha do seu tornozelo, enquanto flechas caiam ao seu lado.

Ele espreitava, apunhalava e sumia de vista com grande agilidade, sua respiração estava intensa, ele sabia que aquela luta era em vão e que todos os seus instintos o mandavam ir embora. Ele não teria voltado, aquele que estava lutando não era ele. Não fora apenas uma, mas diversas vezes que ele havia fugido, sua lei era que a sobrevivência dele viria em primeiro lugar. Quando entrou para a Ordem, ele havia prevenido Kemaryus sobre isso, não era segredo. Mas hoje seu coração gritou forte, mais forte do que nunca. Ele brigava, não porque tinha coragem, mas porque uma chama se acendeu dentro de seu peito, o espírito de um Desordeiro e tudo aquilo que sua classe representa. Assim ele lutou, provocando, sorria debochadamente e até mesmo atirando pedras em Cecil, que ficava cada vez mais irritava.

Com uma agilidade que somente sua classe tem, ele segurou o arco da Atiradora e o jogou no chão, ela tentou socá-lo, que desviou graciosamente dando risada. A Atiradora de Elite agachou-se para pegar seu arco.

-Tá boa de saúde, hein!! – Ao falar isso, deu um tapa bem forte e estalado nas nádegas da Atiradora, que agora havia realmente ficado irritada. Após se levantar, atirou varias flechas. Souran conseguiu se desviar novamente até que, em meio à batalha, seu ombro foi atingido. Ele se escondeu atrás de uma pilastra, retirou a flecha e respirou fundo segurando sua adaga. Ele sabia que, se fugisse, a Atiradora poderia se juntar à batalha na outra sala e Louis estava na pilastra mais próxima, precisava das habilidades de um Sacerdote, pois estava muito ferido. Ele olhou para o Menestrel - que tinha sangue em seu rosto - que o olhava de volta transparecendo medo. O Desordeiro sabia que seria impossível vencer a MVP em uma luta comum. Souran sentiu o peito arder e uma ideia louca surgiu na sua cabeça. Ele sorriu, ele ria de si mesmo, e de como a ideia parecia idiota e que nunca na sua vida pensaria aquilo. Não ele, mas naquele lugar, onde um a um seus amigos estavam caindo, morrendo, tudo para dar a Souran uma chance de acabar de vez com todo o mal da Torre, agora era ele que deveria fazer uma escolha.

-Maldito traidor, vou te espancar no inferno. - falou baixinho, se referindo ao membro da Ordem que havia traído o clã o que causou com que Hildr tivesse seu poder roubado.

-Fala pra Lakka que mandei uma mordida nela! - Souran riu e falou para Louis que não o entendeu naquela hora.

Souran levantou-se, pegando um pedaço de pedra que estava no chão e saindo de trás da pilastra:

-Aqui, bonitona!! - Arremessou a pedra que acertou em cheio a Atiradora. Antes que ela pudesse revidar Souran correu a sua frente, desviou de uma flecha se aproximando de Cecil, girou seu corpo em volta dela e a segurou por trás com seus braços prendendo os dela, Souran então “Recuou”. Ambos deram um salto para trás chegando bem próximo do buraco na parede que dava para fora.

-Não, Souran!! - Louis gritara ao perceber o que o Desordeiro estava para fazer, tentou se levantar mas os ferimentos em sua perna não deixaram.

Souran sabia que aquela era a única maneira de acabar com a luta. Ele sorria e seu corpo tremia tanto pelo medo como pela enorme força que a garota fazia tentando se soltar. Antes que ela conseguisse, Souran respirou fundo e novamente “Recuou”. Seus pés perderam o apoio, agora ambos passaram pelo buraco na parede e estavam fora da Torre, caindo em velocidade máxima. Cecil, durante a queda, se livrou dos braços de Souran, enquanto ambos giravam no ar em direção ao solo.

O Desordeiro segurou a cabeça da Loira e a beijou em sua boca, o calor do rosto de Souran aqueceu a face da Jovem que, por alguns instantes, se deixou levar.

-Ahhh delicia! Agora posso morrer em paz! - Souran riu enquanto a garota desvencilhava dos braços dele. Se alguém pudesse ver de longe a Torre, veria dois corpos caindo de uma altura muito grande atravessando as nuvens para então mergulhar no mar em uma queda que nem mesmo um Monstro Verdadeiramente Poderoso poderia sobreviver. Assim o sorriso de Souran riscou o céu e foi-se o Valkyrico mais covarde e mais corajoso da Ordem das Valquírias. Morreu nos braços de uma linda e poderosa garota, rindo e bagunçando. Morreu como um Desordeiro.


*-* amei! -q


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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 7:03 am

Nota do Autor: Capitulo baseado em Um RP feito pela Ordem, RP casual que criei de ultima hora, mas que acabou tendo um desfecho interessante. Boa Leitura.

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Os acontecimento deste capitulo são anteriores aos capítulos passados.

Em um futuro não muito distante...

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Cap. IV – O Anel de Caveira.


Depois do ultimo dia das bruxas, bardos e menestréis cantam uma canção bem fúnebre pelos bares de Rune-Midgard, mas hoje a mesma canção era cantada em um corredor grande e de pedras que ecoavam a musica como uma lamento triste e sem vida:

Quem nunca foi que se encantou
Com uma bela historia de amor
Sempre eu vou cantar
Sobre pessoas a amar!

Era uma vez um homem, que de fato amou
E ele, a sua amada, a Grandiosa Torre a levou
Em busca de tesouros e poder com um grupo viajaram
Mas com certos infortúnios, eles não contaram...

Pois ocorreu que, em um de seus andares.
Diante dos Monstros e de muitos olhares
A Esposa, ao ver que o destino ao seu marido não daria boa sorte
se sacrificou e no lugar de seu amado, selou sua morte.

Louco e em desespero O Arquimago pôs-se a lamentar
Não aceitava sua perda com as lagrimas correndo em seu olhar
Jurou no altar que jamais a abandonaria
E por seu amor, usaria da maior Magia.

Uma alma, uma gota de sangue e uma dose de poção.
Uma chama, um anel e um desesperado coração.
Foram os ingredientes para a alma de sua amada resgatar
e em uma Jóia simples, ele a selar.

Andaria sempre contigo seja onde for.
Em seu dedo, a Jóia é a alma de seu amor
Voltou para casa e para sua vida normal
Tendo sua esposa contigo, agora em um pedaço de metal

Passou-se o tempo, fiel e implacável
Mesmo para o Arquimago que era justo e honrável
Em sua mente a saudade em fim bateu.
Até que seu dolorido coração se entristeceu.

Não podia sentir o corpo, o calor de sua amada
Tão pouco as coisas bonitas que ela lhe falava
Eram felizes juntos, e seria para sempre.
Mas sua alma em um anel era silenciosa, e ausente.

A Dor invadiu seu peito, e foi lhe dando más emoções
Sobre a Jóia, uma camada de metal separa seus corações.
Então sorriu para o destino feliz. Já não estava mais são.
Uma alma, uma gotas de sangue e uma dose de poção.
Uma chama, um anel e um desesperado coração.

Para dentro do anel sua alma levou
E junto de seu amor... Ali para sempre ficou...

Até que a morte nos Separe...” - Estava assim escrito e riscado no anel

___

O grupo descansava em um dos andares da Torre, Louis cantara a canção enquanto segurava um anel de caveira em suas mãos. Olhou para aos outros com pensar nos olhos.

-Então foi assim que ele saiu da Torre? - O Lorde bebia algo, enquanto falava ao Arquimago.

-De fato Warrior , ele se aproveitou da ocasião para ter um escape do selamento, embora apenas uma fração de seu poder tenha saído. - Ignatyus Arkadel arrumou seus pequenos óculos sobre o nariz.

-Safado ele enganou todos direitinho. - Souran estava sentado ao Lado de Louis que acabara de sentar e procurava algo em uma pequena bolsa.

-O problema maior é que nós o libertamos, na esperança de salvar a garota, mesmo com meus poderes em Necromancia, não pude perceber a presença dele no anel, apenas as almas. Aquilo foi um erro. - Ignatyus andava pelo lugar olhando para as paredes que contavam historias por imagens talhadas, há muito tempo já esquecidas pelas eras.

-Ele ia sair de uma forma ou de outra, vocês apenas aceleraram o processo, pelo menos ao fazer na nossa frente, sabíamos da presença dele livre no mundo, pior seria se não soubéssemos nada, acredito que foi um golpe de sorte o pedido daquela família em ajudar a garota possuída. - Kemaryus estava de costa para o grupo, embora sua mente estivesse trabalhando rapidamente, ainda estava prestando atenção à conversa.

-E como ele saiu da Torre? Ainda não entendi a historia do anel... - Lakka estava próxima, seu gato cochilava sobre sua cabeça.

-Ele adentrou no anel junto da esposa morta e foram selados, entrou como um vírus e assim saiu da torre, logico, ele “pessoalmente” não tem poder para sair daqui, mas enviou uma sombra. - Kem parecia entender o assunto perfeitamente, segurava seu escudo em uma mão e com a outra verificava se sua espada não estava trincada ou quebrada.

-A sombra dele, que é maligna, contaminou o anel e foi por isso que o Esposo, o Arquimago, sentiu-se tão depressivo e talvez ele tenha percebido isso. - Louis Golden comia uma maçã que retirara da bolsa.

-Sim e digo mais, Aquele arquimago sabia o que estava fazendo, pois para executar esse tipo de encantamento não é qualquer mago que o faz, ele deve ter percebido que dentro do anel, sua esposa travava uma batalha contra aquela sombra e por seu amor decidiu se unir a ela na luta selando sua alma também no anel.

-Digno de um Nelliw! - Kemaryus afirmou enquanto se virava para o grupo olhando para Kem que o encarou de volta, O Paladino parecia entender o dilema do Arquimago.

-Então o que estava possuindo a garota que encontramos usando o anel, era a Sombra, e ao libertar todas as duas almas que estavam lá, a da Sumo-Sacerdotisa e a do Arquimago, a Sombra saiu também - Roen finalmente acabara de comer.

-Esse foi meu erro – Ignatyus suspirou olhou até Roen e abaixou seu olhar até que foi pego pelo colarinho pelo Professor que o levantou alguns centímetros do chão.

-Arkadel, existe uma hora para se lamentar, e ela já passou, agora é encarar os fatos e fazer nosso melhor com o tempo que ainda temos! - Kemaryus olhava fundo nos olhos prateados do arquimago que olhou fundo nos olhos azul e vermelho do Reitor. Kemaryus não queria que Ignatyus acabasse fazendo a moral do grupo cair, culpa era um sentimento que iria atrapalhar nas batalhas que iria ser travadas a frente.

-Me solte! - O Grão-Mestre mudou seu olhar, Kemaryus o soltou, não precisou pedir desculpas, Ignatyus sabia que o Professor estava no limite de sua preocupação, A Valquíria Hildr estava aos pés da Torre, na Ilha Myst, sem poderes, como uma simples humana, aguardando o final, seja ele qual for.

Lakka com seus dedo polegar tocou a aliança que estava em sua mão, queria seu marido com ela, sentiu que poderia ter evitado sua morte e um leve pesar caiu sobre si, além de algumas lagrimas pingarem sobre sua roupa de Arquimaga. Souran ficou em silencio, para ele sempre havia hora para brincadeiras, mas por algum motivo, não encontrou nada que lhe fosse engraçado. Kem guardou sua Espada, estava intacta, Roen pegou seu escudo e se levantou. Louis agora em um canto mexia em suas roupas e seu peito.

-Ai! - O Menestrel gritou baixinho. Todos olharam para ele.

-Não é nada não... - Sorriu para todos enquanto escondia seu peito aberto fechando os botões de seu colete, ninguém percebeu, mas em sua mão direita havia o brilho vermelho de seu sangue que tinha seu odor escondido pelo perfume adocicado de Rosas.

*-* amei! -q
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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 7:04 am

Nota do Autor: Desculpem a demora, este embora estivesse pronto mentalmente, estava em um momento meio ruim na minha vida pessoal e isso me bloqueou para a escrita, mas agora estou bem e minha mente está mais limpa, espero que gostem. Boa Leitura.

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Os acontecimento deste capitulo são anteriores aos capítulos passados.

Em um futuro não muito distante...

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Cap. V – Um Valkyrico com a força de 100 homens.

Um conjunto de corredores e labirintos cercava a dupla que andava a passos médios, precavidos com quais quer sinal de vida que cruzasse o seu caminho. Haviam se separado do grupo depois de que um dos andares fora parcialmente destruído pelo ataque desenfreado de Ignatyus Arkadel.

Hartvalley, um Lorde experiente e já conhecido em guerras e perigosas missões, mantinha-se atento a todo ruído que ouvia, embora fosse realmente difícil, pois pedaços de pedra ainda caiam das paredes destruídas, para os andares inferiores da Torre Sem Fim.

Amestris, que estava com ele, era um criador muito bom em arremessar suas Bombas Ácidas e causar terror em campo de batalha. Usando seu carrinho para carregar o restante das suas bombas, que não eram muitas, movia-se fazendo o menor barulho possível. Seguindo os corredores, chegaram a uma escada que levaria para o próximo andar.

-Vamos em silêncio – Hartvalley sussurrou para Amestris, enquanto segurava a empunhadura da espada.

Da mesma forma, o criador segurou seu carrinho para que as garrafas não fizessem barulho ao subir as escadas. E degrau por degrau, subiram cautelosamente.

O carrinho bateu com a roda em um dos degraus com uma força um pouco maior, como sempre acontece em situações como estas, e de dentro dele um frasco pulou para fora. Amestris viu a garrafa girar no ar e precipitar-se ao solo diante a face de terror do lorde. A garrafa espatifou-se no chão de pedra e o barulho de vidro quebrando ecoou pelo lugar todo.

Passos apressados ecoaram do andar de cima sobre as escadas. Hartvalley puxou Amestris pelas mãos com cara de desaprovação pelo deslize, e desceram rapidamente as escadas, mas antes mesmo de virarem para o corredor lateral, flechas já começavam a voar sobre eles.

-Corre, Amestris, corre! - O lorde correu pela grande passagem tentando chegar ao próximo salão, onde havia uma porta parcialmente soterrada, por onde se espremera para passar na vinda. Talvez se a alcançassem, poderiam voltar por ela e terminar de bloqueá-la, e assim estariam a salvo. Correram o mais rápido que podiam, passando por grandes pilastras de rocha polida. As flechas e magias batiam sobre elas, tirando pedaços de pedras e poeira enquanto a dupla corria ofegante.

-Falei para correr! - Hartvalley gritou com o criador, que volta e meia ficava para traz.

-É o carrinho! Não posso correr tanto puxando ele! - Amestris gritou de volta, enquanto flechas passavam a centímetros de sua cabeça, e algumas batiam violentamente na parte de traz do carrinho.

O lorde, ainda correndo, virou-se para traz e os monstros estavam cada vez mais próximos. Podiam ver os seres com formas humanóides correndo logo atrás, e se aproximando rápido, com suas espadas, arcos e cajados em punho. Com um movimento rápido, pegou o carrinho das mãos de Amestris e colocou sobre os braços, junto a sua espada que era imensa e larga.

A dupla estava chegando ao fim do corredor, e mais a frente estava a passagem estreita para o próximo salão, a única saída, mas que fariam que com que ficassem como alvos fáceis para as flechas e magias de seus inimigos.

-Vai, entra rápido! - Hartvalley empurrou Amestris e seu carrinho passagem adentro, e virou-se para os inimigos.

-Vem Hart! - Amestris se espremia para passar o carrinho e ele mesmo.

-Se eu entrar, eles vão nos matar durante a passagem!

-Mas se ficar, eles o matarão da mesma forma! - A tensão causou o frio na espinha do criador.

-Mas você fica livre! - A adrenalina saiu do coração de Hartvalley, e espalhou-se como um veneno em suas veias, inflamando seu peito e seu sangue.

-Hart, não...! - Não deu tempo para argumentar. O lorde quebrou parte da passagem com um Impacto de Tyr, e as pedras caíram sobre a entrada, selando a abertura e deixando apenas Hartvalley contra todos os monstros.

Hart respirou fundo, segurou sua espada que era muito grande e só podia ser empunhada com as duas mãos a frente de seu corpo. Ao mesmo tempo em que preparava suas habilidades mais poderosas.

-Lâmina de Aura! – Sua espada foi banhada em luz, ao mesmo tempo em que os inimigos chegaram até ele, iniciando uma luta de muitos contra apenas um.

Hartvalley se defendeu do primeiro golpe, desviou do segundo, rebateu o terceiro e assim lutou contra uma dezena de monstros. Sua espada conforme rodava e girava, deslocava o ar a sua volta, faíscas de armaduras reluziam pelo salão e varias Egnigem Cenia eram jogadas longe pelo poder do lorde. O Impacto de Tyr era executado com perfeição, e grandes grupos eram acertados de uma única vez. Flechas de Kavatch Icarus colidiam na armadura do lorde e não a perfuravam. Magias das cópias de Laurell Weinder eram conjuradas contra Hart, mas nada disso o fazia parar em sua batalha mais épica e mais mortal que já travara.

Mesmo com sua proeza e habilidades inquestionáveis, cada vez mais monstros viam para a luta, os números começaram a superar as dezenas e a beirar a casa das centenas. Hartvalley girava sua espada a sua volta derrubando vários inimigos, mas outros já caiam sobre eles prontos para a batalha, e o Valkyrico mal tinha tempo para se defender de um golpe e já era atingido por outro. Do meio das dezenas de monstros surgiu uma espadachim, que parecia ser muito mais forte do que qualquer um ali presente, que desferia um poderoso golpe com sua espada igualmente colossal.

Hartvalley bloqueou o ataque da poderosa guerreira com sua espada, mas a força gerada por ela o arremessou com violência para trás, o fazendo colidir contra a parede e vários esqueletos que estavam ali. Sua espada acabou sendo jogada para longe. Vários monstros investiram contra o desarmado lorde, que olhou a sua volta procurando algo para se defender. Pegou uma lança, que talvez fosse de um lanceiro abatido há épocas atrás, e a empunhou.
Girou a lança em seu redor, derrubando muitos monstros e causando a queda de outros como um efeito dominó. Hartvalley girou e atacou com a lança como se fosse um bastão de luta, e a arma, embora fosse de aço e minérios extremamente rígidos, parecia feita de bambu, pois se envergava assustadoramente a cada ataque. Assim o guerreiro abriu caminho até onde sua espada estava, mas mesmo sobre ela não podia sequer abaixar para pegá-la.

Naquele instante o numero de monstros presentes no corredor ultrapassou os cem. Hartvalley estava vertendo sangue por diversos ferimentos que estavam sendo feitos, apesar de seu esforço e técnica.

Sua mente sabia que daquela luta ele não escaparia e iria morrer da pior forma possível, nas mãos de seus inimigos. Ele nunca se importou em uma boa briga, mas sempre procurou soluções diplomáticas para todas as coisas, embora nem todos vissem a situação como ele as via. Hartvalley foi o que se pode dizer dentro da Ordem, um “Preservador da paz”, e este nome foi lapidado com esforço e por horas, lutas e batalhas. Sua mente voou rápido pelas lembranças de seus amigos, e mesmo travando uma batalha só, não se sentiu solitário, mas grato por ter chegado até ali e por toda sua vida, ter feito a diferença no mundo e em cada coração que o conheceu.

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Hartvalley curvou seu corpo e girou a lança em seu redor, ferindo e derrubando vários monstros próximos, dando tempo suficiente para abaixar-se e pegar sua espada. Ao pegá-la, pisou sobre os monstros caídos, tomou impulso em uma das pilastras, e de cima para baixo desferiu seu mais poderoso Impacto de Tyr. Os monstros voaram para os lados, mas o alvo não eram eles. Novamente o lorde percorreu o corredor, abatendo quem estivesse em sua frente, pulou sobre os corpos e depois, sobre as pilastras, desferiu outro poderoso Impacto de Tyr.

O chão e as paredes tremeram com o forte impacto. Novamente os monstros foram jogados para longe, mas o alvo de Hartvalley era o solo. O lorde levantou sua espada e a segurou com mais força. Uma flecha acertou seu ombro enquanto ele corria. Sua armadura em pedaços não fornecia proteção alguma, e o lorde preparou-se para o ultimo e mais poderoso ataque. Porém, em seu caminho estava Egigem Cenia, a chefe espadachim. Ela desferiu um golpe sobre Hartvalley em um momento certeiro, que abriu um enorme rasgo no peito do lorde, que sentiu a dor dilacerante, mas se recompôs rapidamente. Pulou sobre os corpos caídos, sobre os que ainda estavam em pé, e sobre a pilastra. Segurou a espada fortemente com sua duas mãos e voou em direção ao chão.

-Perfurar em Espiral! - O Lorde berrou em plenos pulmões enquanto segurava na base da espada e a girava, causando um pequeno tornado em volta dela.

A espada bateu no solo, que se se fendeu imediatamente. As rachaduras expandiram-se e se tornaram buracos. As pedras em que as diversas criaturas estavam começaram a cair para o andar inferior, da mesma forma que o chão do andar de baixo não aguentou o peso e seu solo também cedeu. Centenas de monstros, rochas e o mais honrado lorde do Clã Ordem das Valquírias, Hartvalley “O Pacificador”, caíram em um abismo sem fim para o silencio da escuridão.

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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 7:06 am

Nota do Autor: Demorou, claro, esses tempos foram bem agitados com o Evento da renovação, OV2, Classes 3-x, mapas especiais etc.. Acabou não sobrando tempo para contar historias, mas agora que a tudo voltou como deveria ser, é hora de voltar a viajar em um mundo de caos, fantasias e surpresas, onde a imaginação é o limite desta jornada. Desejo a você, fiél leitor, uma boa leitura a todos.

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Cap. VI – A ira e a fúria Arcana



Embora as pedras sejam frias e sem vida, são imortais por natureza. Sobre suas faces, sempre estarão cravadas as experiências que tiveram e o que viram em toda sua existência. A Torre sem Fim, como era chamada, era feita assim: de pedras e rochas, gravadas e desenhadas perfeitamente, para que cada rosto ali esculpido registrasse cada combate, cada luta, cada grito de desespero, e assim também, cada grito de alegria, mesmo que momentânea.

E assim foi naquele dia, diante das paredes intermináveis e pilares tão altos que não se podia ver o fim, que aquele grupo lutou com todas as suas forças e todas as suas técnicas, em um combate violento de fúria e raiva. Como trovões e relâmpagos, o som e a luz das batalhas alastravam-se por todos os corredores, tornando o lugar um palco de violência e atos heróicos. Um lugar onde espadas foram quebradas e escudos foram partidos, onde cada músculo deu seu mais poderoso golpe com força, para seus guerreiros, onde cada combatente exigiu o máximo de seus equipamentos, e até mesmo o mais indestrutível dos machados partiu-se em milhões de pedaços.

Enquanto lá fora o dia chegava ao seu fim, como sempre fora para todas as pessoas, dentro daquela torre, as sombras da noite eram eternas e iluminadas apenas com a coragem em seus corações, os heróis cumpriram seus objetivos, um a um, em uma grande onda de fogo e vingança.

-Corre! Para o lado esquerdo! - Kemaryus gritou o mais alto que pôde, ao mesmo tempo em que pulava para o lado do corredor e seguidamente, milhares de flechas passaram a centímetros de seu corpo.

Os Valkýricos estavam em uma luta interminável, e a cada minuto hordas e mais hordas de monstros entravam na batalha, rangendo seus dentes em ira pura, com seus poderes elevados graças à nova força da Torre, mas mesmo assim, com toda essa magnitude, os inimigos se amontoavam ao chão vitimas do Lorde, com sua espada colossal, vitimas das Arquimagas, com magias tão poderosas que abalavam os pilares do grande salão.

Mas a quantidade numérica começou a pesar contra os Valkýricos e, mesmo lutando com uma ferocidade jamais vista, um a um cada qual encontrou seu trágico e heróico destino nas mãos das perversas criaturas.

Kemaryus, o Professor, Líder do grupo se esforçava para abrir caminho e coordenar um ataque massivo contra as feras, ao mesmo tempo em que Ignatyus Arkadel e Lakka Fonster conjuravam ventos gélidos capazes de congelar rochas, fazendo estátuas de gelo de seus inimigos para então seguidamente, fazerem o teto do lugar brilhar e tremer diante da magnífica magia “Ira de Thor”. Por sua vez Star Fire fazia com que chamas descessem dos céus e, como grandes línguas de fogo, transformassem em cinzas as centenas de criaturas ali. O grupo continuou, avançando para cada vez mais adiante nos grandiosos corredores e vastos salões da Torre.

- Reitor, não vamos conseguir neste ritmo! - Mike, o Grande, gritou enquanto girava seu Peco-Peco para acertar o alvo mais próximo.

- Temos que voltar para o salão anterior! - Ayanne por sua vez, enquanto desviava das lâminas das criaturas mais próximas e as desarmavam com seqüências de socos rápidos.

- Não! Não podemos! As escadas estão próximas! - O Professor apontou para o salão adiante, onde havia uma escadaria íngreme para o andar superior. O suor escorria de sua testa e respirava com dificuldades devido ao cansaço.

- Não vai dar! - Ayanne, a Mestra, gritou de volta ao Professor, e segundos após, foi atacada por dezenas de monstros, mas salva por Mike, que chegou com sua espada rápida, bem a tempo.

- Não podemos desistir! - Kemaryus novamente reforçou aos berros procurando a aprovação de Ignatyus com os olhos, mas não conseguindo, dada a grande quantidade de monstros na batalha.

A luta continuou intensamente, com calor e frio, lâminas rápidas e socos violentos, enquanto grunhidos das criaturas tomavam os ouvidos de todos. Um dos pulsos de Ayanne estava sangrando, havia atingido uma armadura muito resistente e se ferido durante a luta. Mike, por sua vez, era o único que ainda tinha seu Peco-Peco, e com ferimentos nas penas, lutava agora para sobreviver em meio a multidões de feras vorazes.

A luta ainda continuava e mesmo nas dificuldades, ainda brilhava a esperança para aquela batalha, tal esperança que fora extinta rapidamente quando, aos berros, Mike gritou:

-Sombras! - Era um grito de desespero, ao mesmo tempo em que apontava a escadaria a frente e olhava para o Professor.

Dezenas de monstros profanos e demoníacos desciam as escadas e corriam em direção à batalha. Não era comum aquilo, não naquela quantidade. Sombras da Vaidade, Sombras da Gula, Sombras da Inveja e Sombras da Ira vinham a toda velocidade preparadas para a batalha. As centenas de monstros que estavam em combate com os Valkýricos pararam imediatamente e começaram a fugir do local. O medo era sentido até por eles, quando o ar se tornou impuro e até os corações mais corajosos vacilaram diante o medo que aquelas criaturas causavam em suas almas, vindo com seus gritos demoníacos e enlouquecedores.

- Recuar! - Kemaryus ordenou imediatamente ao ver o mal que corria em sua direção, e sua voz pareceu fraca e vazia diante a ameaça.

Os Valkýricos correram de volta para o salão anterior, passando por um grande portal de pedra que era sustentando por duas gigantes colunas de rocha pura com entalhes de anjos e seres infernais. Mike fora na frente, a toda velocidade com sua montaria, para abrir a pesada porta de granito, igualmente de proporções gigantescas que assegurariam como refúgio daquelas criaturas. Mas ao cruzar todo o salão sobre o peco-peco antes dos demais, para seu espanto, algo estava errado.

- Abre! Vamos Abre! - Mike esforçou-se para abrir a gigantesca porta, mas ela não se moveu um centímetro. Lembrando-se que na vinda fora muito fácil abri-la sozinho, isso o levou a crer que eles estavam trancados ali, naquele andar. Mike fez meia volta e correu com toda a velocidade que sua montaria pode de volta ao grupo que vinha em sua direção.

- Está trancada, a porta está trancada! - Mike juntou-se ao grupo correndo novamente para o salão lado a lado de Ignatyus Arkadel, do qual sua longa capa era jogada para trás com o vento.

- Não pode ser! Passamos por ela a uma hora atrás! - A Arquimaga Star Fire, gritou enquanto tomava folego e corria o mais rápido possível.

Passaram pelo grande portal, de pedra e agora estavam em uma grande ponte que levava, até os portões de pedra, que agora estavam trancados. A ponte era grande e larga, no meio dela o grupo parou, olhando a volta a procura de uma solução. Enquanto as criaturas estavam cada vez mais próximas.

- Vamos ter que lutar. - Ayanne, já se prontificou, mesmo com suas mãos sangrando bastante, a Mestra colocou-se em postura de combate.

- É suicídio! As Sombras de Morroc são muito mais fortes do que nós, pois estamos em menor número e sem o restante do clã. - Kemaryus tremia e sua respiração estava acelerada o fazendo gaguejar na voz.

Todos ali estavam com suas bocas secas e seus corações pulando em palpitações fortes. De um lado da ponte, um exército de Sombras de Morroc vinham a toda velocidade, do outro lado uma grande porta de rocha, indestrutível e trancada, e abaixo da ponte um abismo escuro aparentemente sem fim. Os olhos dos heróis estavam arregalados como se a própria morte viesse em sua direção e impotentes não poderem fazer nada. Mas havia alguém ali que já conhecera todas as artimanhas da morte e, quando olhou para ela, ele não piscou.

- Lakka, Star Fire! Utilizem chuva de meteoros naquela coluna! - Ignatyus apontou para a pilastra esquerda com entalhes de anjos e demônios, que sustentava todo o grande portal de pedra, no qual as criaturas estavam quase cruzando.

- A magia não vai chegar, Ig! Estamos muito longe! - Star Fire fez um gesto para começar a conjurar a magia, mas logo parou, então olhou descrente para Lakka, a Arquimaga ao seu lado, que sem pestanejar estendeu suas mãos para a pilastra e começou a conjurar a magia.

-Apenas confie... - O gato branco sobre a cabeça da Arquimaga virou-se e falou para Star Fire, que tomando coragem iniciou sua conjuração.

Igualmente Ignatyus conjurou dezenas de Meteoros que explodiram sobre a outra pilastra, na mesma hora que as magias combinadas atingiam a pilastra esquerda, e os Monstros passavam por baixo do grande portal de pedra.

Mas isso não foi o suficiente para derrubá-las. Rapidamente Lakka e Star Fire recomeçaram a conjuração para a segunda tentativa, enquanto aos outros, restava apenas torcer para que tudo desmoronasse sobre os inimigos.

Mas o Arquimago, sabia que aquilo não iria adiantar, logo após o primeiro meteoro, viu que o poder era pouco de mais para fazer com que aquelas rochas banhadas de sangue e maldades, fossem destruídas.

-Kemaryus, preciso que faça! - Ignatyus falou para Kemaryus com um tom de certeza na voz.

-Faça o quê, criatura? - O Professor indagou o que seria isso, mas a resposta veio a sua mente quando o Arquimago bateu levemente com o cajado em sua própria fronte, simbolizando a magia que Kemaryus mais temia.

-Não! Não posso! - O professor sentiu-se mal apenas na menção da magia que mais lhe causava descontentamento na sua profissão.

-É viver ou morrer, Mein Herr! A escolha é sua! - O arquimago sorriu e virou-se para a legião de monstros que agora cruzava o grande portal de pedra, abalado pelas magias de Lakka e Star Fire e a sua frente a cada segundo as criaturas chegavam mais próximas.

Tudo até agora se passou em frações de segundos para Kemaryus. O olhar de descontentamento ao Arquimago que lhe devolvia um sorriso simpático e sarcástico; Mike, que sobre seu Peco-Peco, retirava a espada da bainha; Ayanne que envolvia seus pulsos vermelhos de sangue com fachas brancas, além dos gritos de invocações de Lakka e Star Fire, que aos berros exigiam os limites de suas forças para tentar a todo custo destruir as pilastras que sustentava o portal de pedra. Kemaryus respirou tão fundo que o oxigênio fez doer sua mente, o arquimago que virou-se de costas para o professor ainda sorrindo e fitando os monstros a frente. O Professor apontou sua mão para Ignatyus.

-Me perdoe amigo! - falou com pesar, ao mesmo tempo que toda a magia a sua volta adentrou-lhe pelos seus olhos caminhou por suas veias até chegar ao seu coração e na velocidade de uma simples batida, pulsou a energia para suas mão que emanaram um poder invisível mas letal na direção do Arquimago de longos cabelos prateados. Kemaryus gritou em plenos pulmões ao mesmo tempo que os olhos frios e prateados de Ignatyus abriram-se em agonia.

-Enlouquecedor!


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    O vento era fresco, nem frio nem quente, e ele não se lembrava a ultima vez que sentiu esta sensação, apenas o vento tocando sua face, como um simples beijo inocente e alegre, brincando com sua pele.

    Ele estava em pé, vestia-se não mais de Arquimago, mas roupas frescas, largas, de panos finos, então abriu os olhos e viu que era dia, o sol brilhava sobre seu rosto, olhou a sua volta, um campo cheio de flores, rosas brancas, uma colina delas, cheias envolta a Ignatyus, as flores dançavam ao prazer dos ventos, e a brisa trazia-lhe o perfume delas.

    Mais a frente ele ouviu sons, e caminhando entre as flores ele viu duas crianças brincando, felizes e sorridentes entre as rosas, então reconheceu seus filhos, gêmeos, uma menina muito bonita e um jovem menino de cabelos prateados.

    Ignatyus sentiu-se pela primeira vez, alegre, de uma forma que nunca sentira, mas isso não o afetou. Apenas foi em direção aos seus filhos, mas ao mostrar-se para eles, as crianças pararam de brincar e o encararam e ao ver o rosto de seu pai temeram, assim, assustadas, começaram a correr para longe do Arquimago, que sem entender, olhou para trás a procura de algum inimigo e não viu nada além de rosas. As crianças correram entre as flores brancas e o caminho por onde passavam ficava manchado de sangue, os espinhos passavam-lhe pela pele causando cortes e quanto mais elas corriam, mais cortes elas sofriam. Ignatyus assustado pelos cortes de seus filhos e não sabendo a razão de fugirem de seu pai, começou a correr atras deles, para que eles parassem de correr e não se machucassem mais, quanto mais ele corria, mais elas corriam. Assim por onde os três passaram um grande rastro de sangue se formava, tingindo, rosa por rosa, de vermelho vivo.

    O arquimago se cortava bastante nos espinhos, até que perdeu seus filhos de vista bruscamente, então parou rapidamente antes que o chão faltasse sobre seus pés, a sua frente havia um pequeno precipício, do qual terminava em um simples lago, com aguas puras e cristalinas, e olhando para baixo, ele viu flutuando sobre o lago, os corpos de seus filhos, boiando naquele lago, cujo sangue profanavam a pureza daquele lugar manchando de vermelho também aquelas aguas. Então ao ver os cadáveres de seus filhos, o Arquimago sentiu uma dor muito grande no peito, muito maior do que os cortes em seu rosto. Mas as lagrimas não vieram a sua face, por mais que ele desejasse.

    Olhou para o lago, e sobre o reflexo vermelho daquele sangue, naquela água ele viu sua face, mas não a do homem, e sim de sua natureza, uma besta fera, um abissal. E ele viu que era de si que seus filhos fugiram para a morte. Mas antes que pudesse amaldiçoar seus progenitores e seus antepassados, no mesmo lago, uma jovem mulher banhava-se nua, sua grande barriga lhe dizia estar grávida, e tão inocentemente banhava-se em águas ora puras, ora manchadas de sangue. E Ignatyus reconheceu-a com o sendo uma de suas esposas. Tentou-lhe chamar pelo nome, mas a voz não saiu de sua boca, e assim a jovem gestante, saiu das águas e sentou-se a margem do lago, cantou uma canção para a criança que nasceria. Ignatyus sussurrou o nome dela ao mesmo tempo que a mãe segurou uma adaga de prata com a mão direita e começou a cortar sua própria barriga com ela.

    O Arquimago gritou e pulou para dentro do lago, para chegar até a margem oposta onde estava sua esposa, e enquanto andava, suas vestes banhava-se no sangue de seus filhos no lago e o sangue de sua esposa que escorria até ele. Ao chegar próximo de sua esposa, ele viu que ela segurava nos braços, soluçante e delirante um bebê. Ignatyus se aproximou-se para vê-lo, mas as lagrimas não vinham até sua face. Ao olhar a criança, agora no colo de sua falecida mãe, ele não encontrou sua filha, mas sim um monstro, que comia as entranhas de sua mãe pouco a pouco.

    Tudo a sua volta girou e em fração de segundos, ele estava em um lugar iluminado por velas, as sombras do lugar, deixavam revelar uma mobília Gótica Vitoriana, e cortinas negras com rendas em vermelho, assim como a cama que ele estava sobre. A sua frente, um crucifixo grande e negro, pendurado sobre a cabeceira da cama, como um lembrete para sua mente de que é um mortal. Olhou para o lugar e não entendeu o que estava fazendo ali, até olhar para baixo e ver uma jovem sobre a cama, na qual ele estava de joelhos olhando para a criança, ela parecia estar muito doente e vestida com um vestido preteado, respirava com dificuldade.

    O Arquimago passou as mãos pelos cabelos prateados dela até descer por seu rosto, ela o olhava, tão quente que sua pele estava vermelha, Ignatyus sentiu-se impotente pela primeira vez em sua vida, viu que não importava sua magia, o destino já fora escrito, e em profundo sofrimento, sua filha, Virkana Arkadel, iria morrer lentamente, ele não chorou, apenas a olhou e sua face refletia a dor que ela sentia. Pareceu-lhe que em meio a sua agonia, sua filha pedia clemência e que seu pai colocasse um fim em seu sofrimento. Arkadel sentiu a dor da garota e levantou-se, tão lentamente quanto possível, pegou a criança em seus braços e a segurou próxima ao peito. Um último abraço, o ultimo toque, ele olhou perdidamente em lembranças e recordações e aos poucos, começou a apertá-la contra sí, pouco a pouco a garota foi perdendo os sentidos e caminhando suavemente para a morte, uma morte induzida por piedade, para que não sofresse mais, assim pensou Ignatyus, e então, como jamais vira, apenas uma gota, simples, mas dolorosa, escorreu de seus olhos, mas não eram lagrimas, mas sangue, vermelho e triste.

    Ignatyus gritou, mas não saiu voz, apenas um rouco timbre, olhou para o céu, que estava manchado de vermelho, no qual, nas nuvens imagens de muitas cores era refletidas, e donzelas com asas brancas portadoras de armas reluzentes desciam dos céus para infringir a morte a um vilarejo, localizado em um abismo, uma a uma aquelas pessoas foram mortas pelas Valquírias, desde crianças, mulheres e idosos, toda a raça, a família de Ignatyus Arkadel, dizimadas, por terem nascidos de uma blasfêmia, sem dó ou piedade.

    Enquanto via o massacre daqueles inocentes, Ignatyus caiu de joelhos e seus olhos prateados deram lugar a um vermelho de ódio, dor de seus maiores medos, dor de seu coração, e de joelhos diante a espada da Valquíria que viera para lhe ceifar a vida Ignatyus Arkadel gritou, com a voz de homem que é, por todo o sofrimento que passou, magoas lembranças e tudo que seu coração negro ocultou dele durante todos os séculos de suas existência, Ignatyus gritou como jamais gritou em uma corrente elétrica de ódio, raiva e loucura, e desta vez, sua voz saiu.



[/hr]

O berro do Grão-Mestre ecoou por todas as paredes daquele lugar, em uma explosão de magias e fúria abissal o belo Arquimago transformou-se em um espírito de puro ódio, frenesi e loucura. As magias eram conjuradas sem qualquer necessidade de palavras, de seu corpo subiam ondas de pura mana, descontrolado, aos gritos meteoros começaram a cair sobre a ponte, e onde eles caíam, grandes rachaduras eram feitas. Como que enlouquecido por uma dor infinita, o Arquimago apontou suas magias para as pilastras que sustentavam o arco de pedra, que após o primeiro bombardeio vieram abaixo, levantando grande poeira e uma chuva de destroços. As criaturas que estavam passando por elas não tiveram tempo de sequer dar um passo a mais, as labaredas de fogo, enxofre místico e rocha aniquilaram totalmente aquela parte da ponte levando consigo para o abismo abaixo todas as criaturas que enquanto caiam gritavam freneticamente.

Mike agarrou o Arquimago pelas vestes que ainda gritava e lançava magias sem qualquer controle, e o jogou sobre o Peco-Peco para assim correrem para fora da ponte, que começara a desmoronar, seguidos por Kemaryus, Lakka, Star Fire e Ayanne, cruzaram a ponte até os Portões trancados, e ali ficaram vendo enquanto os andares superiores caiam abaixo agora sem a sustentação das enormes pilastras, destruída pela loucura do Arquimago. Rochas e pedras de todos os tamanhos se amontoavam e caíam restando apenas ao grupo ver a destruição, e torcer, para que alguêm abrisse a grande porta, pelo lado de fora.

Continua...
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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 7:07 am

Nota do Autor: Agora entramos na reta final desta fanfic, aguardem por mais ação mortes e atos heróicos, quero continuar agradecendo a quem tem acompanhado a fic desde o inicio. Boa Leitura a todos


[size=200]
[Fanfic]
O Fim da Ordem das Valquírias[/size]
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[/hr]

Em um futuro não muito distante...

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Cap. VII - A Coragem sem limites

A Coragem é definida não pela ausência de medo, mas pela vontade de se encarar o perigo, mesmo o temendo.

Todos os membros ali presente estavam diante ao perigo jamais enfrentado, jamais imaginado, lutando por um objetivo, lutando por outros, crianças, jovens, adultos, velho, não importando as crenças, valores, dinheiro, os Valkyricos ali presentes lutavam por suas vidas e pela vida de milhões.

O berro do Grão-Mestre ecoou por todas as paredes daquele lugar, em uma explosão de magias e fúria abissal o belo Arquimago transformou-se em um espírito de puro ódio, frenesi e loucura. As magias eram conjuradas sem qualquer necessidade de palavras, de seu corpo subiam ondas de pura mana, descontrolado, aos gritos meteoros começaram a cair sobre a ponte, e onde caíam grandes rachaduras eram feitas.
Como que enlouquecido por uma dor infinita, o Arquimago apontou suas magias para as pilastras que sustentavam o arco de pedra, que após o primeiro bombardeio vieram abaixo, levantando grande poeira e uma chuva de destroços. As criaturas que estavam passando por elas não tiveram tempo de sequer dar um passo a mais, as labaredas de fogo, enxofre místico e rocha aniquilaram totalmente aquela parte da ponte levando consigo para o abismo abaixo todas as criaturas que enquanto caiam gritavam freneticamente.


[/hr]No salão anterior.

-O que é isso? - O Atirador de Elite, gritou para os Paladinos enquanto parava momentaneamente de atirar suas flechas.

-É o Ignatyus! - Sofia respondeu com sua doce voz feminina, instintivamente enquanto todos trocaram olhares rapidamente.

As roupas estavam chamuscadas, todos suavam muito, dezenas de Salamandras lotavam a sala e o clima era de uma luta frenética, banhada a sangue, lava e fogo, muito fogo.

Dezenas de flechas cruzavam o ar, zumbindo e acertando seus alvos com forte impacto, jogando os monstros para trás. Os Paladinos, Kem Nelliw, Roen e Link Heroi, avançavam entre os monstros, desvencilhando dos golpes um a um, e contra atacando com seus poderosos escudos, os quais já estavam vermelhos e queimavam a pele só de segurar eles, as armaduras ardiam em brasa, deixando marcas de queimadura em seus braços e pernas. A luta era difícil, mas sabiam que algo ali, na próxima sala estava acontecendo.
O Grupo havia se dividido novamente e Kemaryus havia entrado naquele lugar com os outros, para abrir caminho, enquanto Kem Nelliw ficou esperando os outros, mas o que aconteceu foi inesperado. Todos foram atacados por monstros de fogo, chamados Salamandras e as portas por onde Kemaryus e seu grupo entraram foi fechada e sua fechadura de puro aço, derretida pelo calor da sala.

Leadrrow atirava suas flechas enquanto seu falcão voava alto no grande salão de pedra. O grupo estava no meio dele, com monstros em ambos os lados vindos de diferentes tuneis que rodeavam as extremidades do salão. Blayne Vön Acce, o Mestre Ferreiro, rodava seu poderoso martelo jogando as feras para longe, enquanto Sofia, uma jovem Suma-Sacerdotisa, o abençoava e o curada.

Era difícil de lutar naquele lugar e até mesmo as espadas começavam a perder o corte. A quantidade era imensa, desproporcional para os heróis, mas eles resistiam uma luta após a outra. O barulho da batalha ecoava pelo lugar, até que o grito do Arquimago no salão ao lado sufocou qualquer barulho do existente. Após um tremor, pedras começaram a cair dificultando mais ainda a luta.

-Redenção! - Roen, usou sua habilidade para proteger Sofia, que quase fora atingida por destroços de rochas.

-O andar está caindo! - Leadrrow, rolou para o lado para desviar-se de um monstro, o qual foi atingido no mesmo instante por uma grande rocha.

O chão tremia e a luta era sobreviver às pedras e aniquilar o exercito de salamandras, enquanto o suor escorria do rosto de todos. Suas espadas, arcos e cajados, zumbiam com o uso de suas habilidades.

Uma fera pulou a frente de Sofia, no meio do grupo, a jogando longe e tão rapidamente, bolas de fogo fora em sua direção. A Suma-Sacerdotisa apenas cobriu o rosto com os braços prontos para receber o golpe, indefesa. Ao mesmo tempo em que as chamas a rodearam e a tomaram por completo, Roen gritou de dor mais a frente. Uma camada de mana revestia a Sumo-Sacerdotisa, e um fio de luz a ligava ao poderoso paladino, que sentiu todo o ataque da Salamandra em seu lugar.

-Curar! - Ela berrou para o paladino enquanto corria de volta a sua direção.

A luta estava em desvantagem, e o cansaço era nítido, mas a esperança sempre brilha para aqueles que nela acreditam, e para olhos inocentes, mesmo diante as mais diversas situações, a esperança é algo a bater a porta, mesmo que o dia perca seu brilho e as trevas o rodeiem.

-Kem! - Leadrrow gritou para o Paladino, ao mesmo tempo em que apontou para a entrada de um dos túneis. Nela havia pessoas correndo desesperadamente e furando o cerco das Salamandras para chegar até o grupo de Kem.

-Vou ajudar! – Link avançou de encontrou e tombou todos os monstros que estavam no caminho um a um abrindo espaço para os que estavam chegando.

Um professor chegou acompanhado por uma Sumo-Sacerdotisa e uma Algos, os três, sob a redenção de outro Paladino. Mas eles não estavam felizes por terem alcançado o grupo, e assim que Yuki parou diante Kem, gritou a plenos pulmões:

-Ifrit!

Como um choque, um arrepio subiu pela espinha de todos que estavam ali, se antes a luta já estava difícil, com certeza a desvantagem iria se acentuar. O grupo olhou para o lugar de onde os quatro vieram e de lá uma energia quente e fumegante subia. Gritos de novos monstros e chamas, chamas vermelhas e negras, o Senhor das Chamas estava chegando.

Harumi, recém chegada, juntou-se a Sofia, e ambas começaram a curar e abençoar o grupo, aumentando suas forças vitais, com a energia de anjos e de deus. Yuki, mal chegara e conjurou um dilúvio no caminho das feras. Hiroshi renovou a proteção sob Yuki e Harumi, assim como Roen também renovou a proteção sobre Sofia e Leadrrow. Link e Kem preparavam-se para o ataque, enquanto cada vez mais criaturas vinham em sua direção, agora com coragem, pois seu mestre estava chegando.

-Temos que abrir a porta para irmos até onde o outro grupo está! - Blayne apontou para a grande porta de pedra a sua frente, mas diante dela havia muitos monstros e o túnel por onde o Ifrit estava vindo.

As rochas ainda caiam, mesmo que em menor intensidade, e então para o pavor de todos, chamas irromperam pelo túnel, as águas do dilúvio de Yuki começaram a borbulhar e a evaporar. O senhor das chamas, mestre do Vulcão de Thor, o ser mais temido em toda a nação de Arunafeltz, surgiu, elevando o calor do lugar, e como um amontoado de enxofre, fogo e lava, as rochas por onde ele passava derretiam.

-Ilana, deixe isso com a gente, cuide das Salamandras e proteja os suportes. Link, Roen, vamos! - Kem gritou e partiu para o ataque com um grande grito.

Roen e Link foram juntos, as três espadas da Ordem, as espadas do equilíbrio, da justiça, da fé e da coragem, investiram contra o Monstro Verdadeiramente Poderoso. Os escudos os protegeram das chamas infernais enquanto suas espadas tentavam causar algum dano. De longe, Roen jogou seu escudo contra a criatura, e diversos outros escudos se materializaram envolta, o acertando diversas vezes. Link, por sua vez, rodava a criatura o chamando para si, enquanto Lanças de gelo desciam sobre ela com imensa velocidade.

-Yuki!

-Exalar Alma! - O Professor sabia sua função e assim que trocou sua energia com a de Roen, usou “Indulgir” que o fez sentir grande cansaço.

A Algoz, Ilana Lucille rodeava o grupo de suporte, e atacava qualquer coisa que invadia o perímetro, encantando suas laminas com um poderoso veneno mortal ela infringia grandes danos com as “Laminas Destruidoras”, jogando carcaças de monstros mortos para longe.

Leadrrow usava suas flechas nas Salamandras que tentavam proteger o seu mestre, Ifrit, as tirando do caminho dos três paladinos. Blayne também protegia o grupo, junto com Ilana, seu machado batia sobre os crânios das feras incandescentes, os abrindo e esmagando.

O grande salão agora ardia em chamas, e se não fosse pelas curas de Sofia, todos já estariam queimados até os ossos. Harumi por sua vez entoava orações que davam aos heróis novas forças. Hiroshi, usando redenção, protegia as Sumo-Sacerdotisas de qualquer ataque, e a luta continuou assim até que nem mesmo as habilidades divinas não davam mais forças aos heróis.

-Não vai dar pra continuar! – Yuki berrou ao ver Link ser arremessado para longe com um golpe. A criatura tinha total domínio da situação, e por mais fortes que fossem os ataques de Roen e Kem, a fera parecia não sentir o dano, e continuava freneticamente.

Meteoros começaram a cair do alto do grande salão, levantando chamas e pedras por onde caiam, as armaduras estavam em seu limite. E um a um cada qual começou a sentir o peso da luta, enquanto escudos se partiam e eram jogados para o lado. A fera desferia todo seu ódio sobre o grupo de Paladinos que estavam no limite da exaustão. Link se levantou e partiu novamente para cima da criatura, mas novamente foi atirado para longe. Roen começou a conjurar suas habilidades quando uma salamandra pulou sobre ele o jogando ao chão. Restando apenas Kem Nelliw como alvo da fera, que o jogou para o alto e com esferas de fogo o fez cair novamente no chão, o pegando pelos pés, o batia nas pilastras do salão.

Como um raio, a Algoz irrompeu o salão e o cruzou imediatamente, deixando os suportes de lado e partindo em direção ao Ifrit. Link, ao se levantar, viu a Algoz partir para a luta e tentou alcançá-la, mas teve que parar, pois Harumi, Hiroshi e Sofia estavam sendo atacadas. O MVP rodava Kem pelo salão o batendo no chão, pilastras, paredes, como um simples boneco de pano, Blayne, aproveitando a ação da Algoz, começou a correr a acompanhando, pronto para colocar seu plano em prática.

Ifrit levantou Kem até a altura de seus rosto, o rosto do paladino loiro sangrava muito e ele estava parcialmente inconsciente, sentido cada pedaço de seu corpo doer, como se seus ossos estivessem moídos. O monstro levantou sua mão e ela tomou a forma de uma grande espada, feita com lava, fogo e rocha. Kem viu o brilho voraz da fera diante seus olhos, e sem poder se mexer, viu o monstro levantar a espada se inflamar em chamas, pronto para o golpe final.

-Mestre Idiota!

Um brilho roxo interrompeu o ataque, e o Paladino caiu no chão. O braço do poderoso Ifrit fora decepado. Com o olhar ainda confuso, Kem rolou pelo chão e olhou para cima, a Katar de Ilana, semi-derretida, fundia-se com o braço da Algoz, deixando-o na carne viva. E com uma irá que somente ele já vira antes, a Algoz trocou golpes contra o monstro ao mesmo tempo em que Blayne cruzava o salão em direção a porta, rodando seu carrinho entre as Salamandras ele abria caminho até alcançar a enorme porta de rocha com entalhes de anjos e demônio.

-Ilan...- Kem tentou se levantar, mas o máximo que fez foi se rastejar para mais perto. Tentou alcançar sua espada, se levantar para lutar, tentou a todo custo buscar forças para se portar como deveria ser, como o protetor de sua aprendiz, mas nesse momento a sua energia não era o suficiente. A Algoz apanhava mais do que batia. Sangue e um cheiro de carne queimada emanavam da batalha.
Em desespero, Sofia fazia tudo o que podia para manter a Algoz ainda viva, mas era muito dano para que ela desse conta. Link não conseguia se desvencilhar das Salamandras para ir ao auxílio. Roen lutava freneticamente contra o grupo de monstros que o cercava, e Leadrrow e Yuki, ao longe usavam toda sua técnica para tentar ajudar Ilana.

Mas ela estava sozinha travando a luta que seria a mais perigosa, a mais terrível. Kem tentava se levantar a todo custo, sua pele suando, começava a emanar um brilho, que aos poucos ia aumentando. Ao ver o sangue da Algoz sendo jorrado, aos mesmo tempo em que seus cabelos começavam a queimar-se o cheiro de morte entrava pelas narinas de Kem Nelliw e invadia seu pulmão. E a Algoz continuava na luta, mesmo sofrendo a cada ataque.

Blayne irrompeu o salão, não ligando para os diversos ataques que se seguiam, com seu coração liberando adrenalina pura, ele atravessou labaredas, pulou sobre feras, abaixou-se e rolou pelo chão, jogou seu carrinho longe, retirando diversas salamandras de seu caminho, usou seu martelo com golpes que jogavam os inimigos a metros de distância.
Então ele chegou até a grande porta de rocha pura que estava com sua fechadura de metal derretida, batendo violentamente contra ela com seu martelo, e ora tirando as criaturas que o atacavam com por suas costas. Ele estava realizando seu plano, sabia que alguém do outro lado da porta poderia ajudá-los. Ele confiava nos amigos, sabia que eles estavam prontos para lutar, e aquela porta, aquela medíocre e insignificante porta, os separavam.
O Mestre Ferreiro bateu, bateu com tanta força que suas mãos doíam, bateu até seu martelo trincar e se partir juntamente com a fechadura da porta, o jogando fora. Pegou as duas partes da porta e a começou a abrir. Estavam pesadas, quase seladas pelo calor, as suas mão se queimaram assim que tocou a rocha quente e começou a puxar para si, seus músculos faziam um esforço enorme, e as feras atrás dele não paravam de atacá-lo com esferas de fogo, suas costas e suas roupas ardiam em chamas.




[/hr]As batidas era ouvidas do outro lado, Mike fazia um grande esforço para tentar abrir a porta, mas ela não se movia:

-Estão tentando nos resgatar! - Lakka olhou para Kemaryus para avisá-lo. O Professor estava ao lado de Ignatyus, que estava deitando no chão, inconsciente.

-Lakka, Star Fire, preparem-se para uma luta, assim que estas portas se abrirem. - Kemaryus sentia a energia que estava emanando daquela sala a sua frente, nem mesmo a rocha podia conter tal poder.

-Eles estão com problemas, eles estão com problemas, eu sinto isso! - Ayanne estava agitada e se movia de um lado para o outro. As batidas continuavam sem parar, e a porta estremecia, mas não se mexia.

-O que está fazendo? - Star Fire ficou irritada ao ver a mestra parar, sentar-se no chão de pedra, sem dizer nenhuma outra palavra.

-Eu sei o que está acontecendo naquela sala, não vou deixar meus amigos morrer! - Embora falasse isso, uma energia pura emanava da Mestra, e seu rosto não revelava seus sentimentos, ela estava em paz, paz interior, ela estava no estado de Zen.



[/hr]A algoz se desviara de um golpe, acertou outro, e então recebeu um ataque que a jogou pelo ar, mas antes que fosse longe, foi pega novamente pelos pés, jogada ao chão que levantou pedras pelo baque. Diante ao olhar de seu mestre a Ilana apanhou como nunca antes. Mas ela, não era burra, não era inconseqüente, não mais, por mais que todos ainda a vissem desta maneira, os olhos da garota estavam concentrados em dois pontos diferentes. Kem Nelliw, seu mestre, que se não fosse por sua intervenção estaria morto, e Blayne, que estava desesperadamente tentando abrir a porta.
Ela não estava ali, servindo de “saco de pancadas” à toa. O Ifrit a levantou diante a sua face, e do lugar onde fora seu braço uma espada começou a surgir, novamente, feita de rocha, lava e fogo. Ilana começou a se debater para escapar da criatura, mas não conseguia ser mais forte do que o Ifrit. O mostro brilhou com uma energia poderosa e destrutível. Preparou o ataque, mas foi interrompido novamente.

-Maldito! - Kem caído no chão, sob a criatura, o havia golpeado com sua espada, fazendo-o soltar Ilana. A criatura com um grito de raiva e fúria levantou sua arma e atacou Kem.

Sangue jorrou. Sangue, vermelho como as chamas daquela espada. Os olhos de Kem se petrificaram em um momento de agonia e medo, ao mesmo tempo em que o sangue caia sobre seu corpo. Sangue quente, pulsante, doce e feminino. O sangue de Ilana Lucille, que pulou a frente de seu mestre para defendê-lo, e ao mesmo tempo em que os olhos da algoz se perdiam se resolução, no misterioso mundo da morte, as marcas no corpo do paladino, brilharam como nunca antes.

A força voltou imediatamente ao seu corpo e ele se jogou sobre a criatura, atacando freneticamente o poderoso monstro. Suas runas, vindas de rituais inominados, davam-lhe poder que seu corpo não teria. Kem, ao ver sua discípula ser morta diante os seus olhos, inflamou-se em ira e vingança e como que tomado por um frenesi insano, ele partiu para cima, para a luta, desferindo golpes com as mãos puras, e magias antigas e poderosas eram conjuradas a cada ataque. Ifrit, surpreendido, teve de se defender dos punhos do loiro, que agora estavam com enormes tatuagens negras e brilhavam a mais pura energia oculta.

Ifrit se sentiu insultado pela arrogância do Paladino, que teimava em atacá-lo mesmo estando à beira da morte. Agora seus ataques estavam causando grandes danos a ele, e o deixando mais fraco e enfurecido. Inflamou-se em chamas fazendo todo o lugar pegar fogo, um fogo tão forte que jogou Kem para longe, o fazendo bater na parede oposta e cair desacordado.


[/hr]Cada músculo do Mestre Ferreiro se dilatou, rompeu-se, e a imensa porta começou a se abrir. Ele olhou do outro lado da porta pela fresta e pensou ter visto um anjo, iluminando o lugar com um brilho intenso, asas brancas e vestes azuis claras. Então tomado pelo ultimo suspiro ele gritou, o berro, o brado de liberdade, usando toda sua força, ao mesmo tempo em que magias batiam em suas costas e queimavam-lhe a pele, o seu cabelo, e fazia borbulhar o seu sangue. Blayne não desistiu. Não desta vez, ele não desistiria, ele seria forte, forte como sua família, forte como seu pai, forte como sua mãe, e então ele usou todo seu poder, o máximo que alguém poderia alcançar, em um momento de glória, ira e desespero.
Blayne puxou as pesadas portas com uma força descomunal e até mesmo a rocha pode sentir a determinação do Mestre Ferreiro, e sabia que diante a aquela força, virtude, ela não era nada. Então se deu por vencida, e as portas vieram abaixo, com um grande estrondo e poeira. As enormes portas caíram sobre ele, sobre as criaturas e sobre tudo que estava muito próximo. Assim aquelas rochas levaram para si, aquela coragem daquele que lutou, e a venceu, por seus amigos, a fonte de sua força.

Uma tempestade de neve invadiu o salão e diversas Salamandras começaram a correr com medo da magia. Lakka e Star Fire fora as primeiras a entrar, e delas poderosas nevascas apagava qualquer fogo que estava no local. O poderoso Ifrit levantou-se em ironia a ousadia das Arquimagas e partiu para o ataque. Tudo ao seu redor estava em chamas. Até mesmo as pilastras de pedra derretiam em apenas alguns segundos, como um desafio arcaico, fogo e gelo batalharam naquele lugar.

Ayanne entrou no salão e viu sangue por todos os lugares. Viu Ilana caída no chão toda queimada e ensanguentada. Viu Hiroshi de joelhos, já não agüentando mais lutar, e Sofia que desesperadamente gritava para curar a Algoz caída no chão, que não reagia. Yuki fora atingido e suas roupas em chamas eram apagadas por Harumi. Link, como Ayanne pode ver, apenas a espada no meio da multidão de monstros. Kem caído no chão estava catatônico. Roen se protegia atrás de uma pilastra, o cheiro de morte emanava daquele lugar. A mestra abaixou sua cabeça e chorou, as lagrimas caíram de seus olhos e banharam sua face, mas não iria deixar isso acontecer a mais ninguém. Seu coração inflamou igualmente às chamas de Ifrit, e dentro de si a fúria interior foi despertada, pulsando seu sangue para todos os lugares de seu corpo. Tomada por uma irá sem igual, ela teve seus olhos doces e joviais substituídos por um olhar de raiva, ódio e vingança.

Com um grito, a Mestra avançou correndo em direção ao poderoso Ifrit, que vinha igualmente em sua direção correndo e se preparando para o seu mais poderoso golpe. O urro da mestra ecoou pelo lugar e nem Mike pode segurá-la correndo à grande velocidade em direção as chamas, ao medo e a ira. A mão da mestra brilhou, avançou sobre o Ifrit enquanto entrava pelas chamas e suas roupas eram queimadas em segundos. A Mestra gritou como jamais fizera, gritou com o poder de uma Valquíria.

-Punho Supremo de Asura!

continua...
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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 7:07 am

LINDU DE MORRE!
literalmente :trollface:



[/hr]Bonus Track
[/hr]

[size=150]Blind Guardian[/size]
Valkyries


Letra
Spoiler:

[/hr]
Tradução
Spoiler:

[/hr]
:meguta:
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Mensagem  kemaryus Sáb Dez 28, 2013 7:08 am

Nota do Autor: Uma vez eu tive um sonho! Um sonhos onde crianças e valquírias brincavam juntas! Onde o mundo podia ser medido apenas com a imaginação de cada um, e quando esta imaginação chegasse ao seu fim, nós mostraríamos o caminho, por onde sonhar e viver uma ventura, sem limites de cenário, sem medo de ousar, sem medo de fazer algo jamais feito, meus caros, sem medo de se divertir!

Hoje esta fanfic marcará para sempre a historia da Ordem, não são apenas personagens, são homenagens que fiz a cada amigo, membro, que sonhou comigo e viveu a emoção. Não existe participação ruim, apenas a participação por si só é uma dádiva, outras historias virão, e com elas, novas aventuras e amigos, vivendo em um mundo de magia, vivendo no mundo do Ragnarok. Boa Leitura a todos


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Cap. VIII - O vôo final das asas gentis

[size=200]A[/size]yanne entrou no salão e viu sangue por todos os lugares. Viu Ilana caída no chão toda queimada e ensanguentada. Viu Hiroshi de joelhos já não aguentando mais lutar, e Sofia que desesperadamente gritava para curar a Algoz caída no chão, que não reagia. Yuki fora atingido e suas roupas em chamas eram apagadas por Harumi. Link estava como Ayanne podia ver, apenas a espada no meio da multidão de monstros.

Kem caído no chão estava catatônico. Roen se protegia atrás de uma pilastra, o cheiro de morte emanava daquele lugar. A mestra abaixou sua cabeça e chorou. As lagrimas caíram de seus olhos e banharam sua face, mas não iria deixar isso acontecer a mais ninguém. Seu coração inflamou igualmente às chamas de Ifrit, e dentro de si a fúria interior foi despertada, pulsando seu sangue para todos os lugares de seu corpo. Tomada por uma ira sem igual, ela teve seus olhos doces e joviais substituídos por um olhar de raiva, ódio e vingança.

Passos ecoaram pelo salão como um forte pulsar de coração, o chão tremia enquanto a jovial Mestra investia impiedosamente sobre seu destino. Os olhos daqueles que puderam ver a cena se dilataram, banhados pela glória da ação, da magnitude, da coragem, entrando entre o grande ápice de fogo que rodeada o Senhor das Chamas, Ifrit. Ayanne não sentia mais nada, mas suas roupas entraram em combustão. Seus cabelos, vermelhos como o fogo que a rodeava, transformaram-se em labaredas enquanto o seu punho, adiantando-se a seu corpo, deslocava o ar a sua volta.

Ifrit igualmente preparou-se e desferiu seu maior soco. Tudo a sua volta estava como um vulcão. Qualquer coisa ali seria reduzido a cinzas em segundo, mas para Ayanne, em um momento de elevação espiritual, nenhum dano parecia quebrar sua força de vontade. Então, desferiu seu mais poderoso golpe enquanto seus olhos fecharam instintivamente, a levando para um mundo de poder sem igual.

-Punho Supremo de Asura!

A onda de choque fez as pilastras estremecerem, e seguiu destruindo paredes e estátuas por onde passava. Em seu raio de alcance, monstros foram arremessados para longe, seus amigos tiveram que se segurar em algo para que não fossem igualmente levados. O corpo de Ilana rolou pelo chão até ser pego por Sofia. Kem, com um grito, colidiu-se contra uma pilastra.

Luzes, um turbilhão delas, brilharam a uma incrível intensidade e seu brilho pode ser visto até mesmo dos portos de Alberta. Na torre, os ouvidos de todos haviam sido afetados, devido ao barulho, e por alguns instantes, não puderam ver ou ouvir nada.

Enquanto elas se apagavam lentamente, apenas uma figura permanecia no centro da destruição, em pé, como que eternizada para sempre. Ayanne, rígida e firme como uma estátua, e diante dela uma grande cratera com rochas derretidas e restos de magma.

Ignatyus levantou-se e seguiu a frente do grupo, se aproximando da estátua. Abaixou sua fronte enquanto passava a mão carinhosamente pelo rosto da Mestra, petrificada. Ayanne não usou apenas uma técnica, ela a fez com toda sua força e fez com sua alma.

Com a visão turva, Kem se arrastou até Sofia que tinha em seus braços a jovem Algoz. Suas roupas estavam parcialmente queimadas e sua pele escura, mas ainda respirava, ofegante, lutando para viver. Sofia já estava em desespero com a menina em seu colo. Orava a Odin por sua vida e tentava cura-la com todas as suas forças, mas algumas feridas eram muito profundas para serem curadas.

-Ilana. - Kem Nelliw se aproximou. Sua pesada armadura arrastava fazendo grande barulho no silencioso salão. Os mãos do loiro alcançaram a cabeça de Ilana que tremia ofegante, olhando para o Paladino.

-Ilana, não! - Ele pegou Ilana do colo de Sofia e trouxe para si, a jovem agonizava, e os olhos de Kem marearam ao ver a lágrima triste e prateada deixar os olhos de Ilana e percorrer sua face ao mesmo tempo em que seu rosto tornou-se vago e eternizado em um ultimo suspiro.

O grito do paladino ecoou pelo lugar enquanto olhares tristes olharam a cena. Mike retirava os entulhos sobre o corpo de Blayne, o jovial e rico Mestre-Ferreiro. O grupo estava em profundo pesar.

-Não podemos demorar! - Kemaryus se aproximou de todos, olhou para Ayanne petrificada, então para Blayne e parou os olhos em Ilana, com a cena lastimável do Paladino sobre seu corpo.

-Não podemos deixar ela aqui! - Kem urrou para o Professor, tomado de raiva.

-O que não podemos é fazer esse esforço ser em vão!

-Ela morreu! Você a matou! - Kem em lagrimas estava fora de si.

-O destino de uma pessoa só pertence a ela. Ela fez sua escolha, agora vamos fazer essa escolha valer seu esforço. - Kemaryus, olhou novamente para a estátua de Ayanne enquanto Ignatyus deixava o lugar, calado, alheio a qualquer coisa.

-Kema, não podemos deixar eles aqui assim... - Sofia trêmula se arriscou a falar algo.

O reitor se aproximou de Blayne, e junto com Mike, levou seu corpo próximo a Ayanne e o pôs deitado. Então foi até Kem.

-Nelliw, largue-a. - O rosto do professor não demonstrava sentimentos. E Kem não a soltou, permaneceu abraçado ao corpo da Algoz.

-Não posso...

-Você precisa, Paladino.

Mike se aproximou para pegar Ilana, mas Kem não a soltou. Kemaryus rapidamente com seu cajado apertou um pouco acima da cintura do loiro, e em um momento de dor, ele a soltou.

No centro do local estavam Ayanne petrificada e os corpos de Blayne e Ilana, O professor se aproximou dos três. Com a ponta do dedo indicador, tocou a fronte do Mestre-Ferreiro. Instantaneamente, sua pele escureceu e tornou-se rígida como pedra, e usando um pouco mais de poder, aquele efeito tornou-se eterno.

-Que as Valquírias os guiem para casa. – Disse fazendo o mesmo ritual com a Algoz. Aos poucos a jovem também se tornou uma estátua de pedra. - ...pela ultima vez. - falou baixo o Professor, como que sussurrando para a jovem.

Então, marcado para todo sempre naquele lugar, testemunhou a bravura de heróis e selou para si toda a história e superação da amiga que lutou com sua alma, da aprendiz que deu a vida por seu mestre, e daquele que quebrou todas as barreiras da superação de sua força.

Selados e como guardiões deste mistério, as estátuas de Ayanne Hafsa, Ilana Lucille e Blayne Vön Acce tornaram-se um arauto de força, devoção, e amizade.
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[size=200]N[/size]ão demorou para que as feridas fossem cicatrizadas, talvez a emergência da situação, os constantes ataques de criaturas, ou a necessidade de seguir adiante, mas qualquer que fosse o motivo eles estavam lá, em pé, lutando e sobrevivendo. Um a um, mostrando seu valor, a sua dignidade, e mostrando o porquê de terem entrado para a Ordem. Embora muitos tenham seguido motivos pessoais e mesquinhos, como o dinheiro ou fama, isso não era totalmente verdade, pois dentro de cada coração havia uma alma que escolheu lutar, viver, e morrer por seus amigos. Naquele dia, brilhava em seus peitos a chama que os faziam merecer estar na Ordem, que os faziam parte daquele grupo.

E entenderam, tudo é passageiro. O tempo os levará embora, porem as escolhas são tão fortes que nem o tempo pode apagar a sua Marca. Assim, escolheram lutar, escolheram que aquele dia ficaria marcado para sempre na historia como o dia que deram suas almas em nome de um amor incondicional e impessoal, apenas puro e em essência. Não se pode negar, talvez nem duvidar, que naquele dia até o mais frio dos Arquimagos não tenha derramado uma lagrima sequer, nem que o mais fraco dos mais fracos tenha salvado a vida de milhares, ou que até o mais forte dos corações não tenha vacilado diante ao perigo.

Então, seja onde estiver, seja onde for, lembrarão e existirão felizes com suas almas livres e cheias de magnitude, pois provaram seu valor e estarão juntos lutando, não mais por obrigação ou por necessidade, mas lutando e brincando em verdes campos rodeados por aqueles que mais amaram, com sorrisos em suas faces e olhos brilhantes.

Embora, até aqueles que não podem mais estar junto de seus amigos manterão um sorriso em sua face para toda a eternidade, pois fez algo que jamais poderia pensar em ter feito, e no escuro não se arrependerá, mas estará finalmente satisfeito e até feliz, ouso dizer.

Para Sofia, estar junto daqueles que ama foi o que a motivou a dar um passo adiante, e ao ver seu grupo caído, dar sua vida para trazê-los de volta a vida, e mesmo com o brilho de seus olhos inocentes se apagando aos poucos, havia ainda um vestígio de sorriso em sua face e a certeza de que tudo iria dar certo no final.

Talvez Harumi não tenha pensado, mas agiu da forma que queria como repetiria se pudesse fazer de novo quando entrou a frente da lança que tinha como destino seu mais valioso amigo, Yuki. E este, ao vê-la desfalecer em seus braços, explodir em raiva e lutar até a ultima gota de mana deixar seu corpo, e com um brilho, como a um anjo, desaparecer no ar.

Nem todos os bruxos da academia de Geffen poderiam imaginar a força que teve a ultima nevasca de Star Fire. A Arquimaga, de braços abertos, fez sua escolha ao desferir seu mais poderoso golpe, tão mortal que a levou junto, tornando-a uma esquife de gelo, imortal, e indestrutível, como seu coração.
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SilentSwitch também fez sua escolha, e diante às grandes escadarias, entre matar o inimigo que vinha em sua direção, ele escolheu, e matou, o monstro que pegaria seu amigo e reitor desprevenido. E assim, o arco que nunca parou finalmente encontrou seu descanso, e então o jovem pode tirar o peso das flechas que carregava enquanto seu falcão sobrevoou seu dono em círculos, dando piados de tristeza e chamando, esperando que seu dono ainda estivesse vivo, até que partiu, quem sabe acompanhando a alma de seu mestre, para o céu, durante um por do sol avermelhado.
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Mas o que dizer do tão jovem Leadrrow. Este, que partiu nos braços de seus amigos, que o deitaram no chão, pegaram em suas mãos, e aguardaram até que seus olhos tornassem opacos e sua respiração se silenciasse. Seus amigos permaneceram junto a ele, até que ele completasse sua travessia.

Kemaryus, talvez, ficou mais triste ainda por não poder salvar a vida daquele que salvara a sua, e muito mais. Depois que isso se repetiu novamente quando a espada de Fenhir finalmente caiu no chão, soando o bater de metal na rocha e o corpo do nobre Lorde cair cansado, vencido, mas não derrotado.

Talvez até mesmo, cada coração bata de uma forma diferente. Yamato seguiu seu destino. Quando o próprio Algoz estava dando tudo de si, fora envenenado por seu próprio veneno, pois aquela luta era a maior de sua vida, e ele escolheu vencer a todo custo em nome do que acreditava.

Mas existiu alguém que acompanhou o grupo até os andares mais altos, até onde o sangue em seu corpo pôde fazê-lo andar, pois escondeu algo de todos para que eles não tivessem com o que se preocupar. Louis Golden esteve ferido durante todo o caminho, com um corte que não podia ser fechado, e assim o Menestrel lutou e fez de tudo enquanto pouco a pouco a vida em suas veias foi secando. Porém isso não o fez desistir. Aguentou calado e seguiu como a vida devia ser. Ele não ligou para o que estava lhe matando, mas seguiu adiante, vencendo e sem olhar para traz, até não poder mais. E então, mesmo assim ele foi além. E diante aos olhos incrédulos de seus amigos, ele fez sua ultima piada e partiu como viveu, feliz, por sua escolha.
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Mike não desistiu. Mesmo quando uma dúzia de flechas transpassou sua armadura, ele continuou lutando com a determinação de um rei, um Einherjar. Até mesmo após sua morte, sua alma vagou pelo lugar a procura de inimigos antes de ser levadas por asas gentis. Ging, porém, não se assustou quando encontrou o final de sua jornada por esse mundo em uma pira, como o a santos de um mundo já esquecido, queimados por sua fé, por suas verdades, por sua devoção. Ele fez sua ultima prece, e foi por seus amigos enquanto o fogo ardia em seu corpo.

Mas nem todos lidam com a situação da mesma forma. Enquanto Heal chorava nos braços de Lakka, pedindo para não o deixar sozinho, as lagrimas da Arquimaga misturam-se com as do Sumo-Sacerdote e as ultimas palavras de Heal fez amolecer o mais duros dos corações, enquanto ele, em prantos, se despedia um por um de seus amigos. Sentia-se com sorte, por poder fazê-lo.

Eu poderia estar aqui, para sempre, listando e contando as horas finais de todos que subiram a torre, mas não seria inspirador. Não é minha intenção entristecer, mas sim mostrar ao mundo que ainda existem heróis, que ainda existe amor, amizade e devoção.

Que o mundo, por mais escuro que seja sempre existirá uma luz inerte dentro de cada coração, pronta para brilhar, pronta para fazer arder. Não importa quem sejamos, acredite em suas escolhas, acredite naquilo que você protege, e lute por ele. Você será um herói, assim como aqueles que perderam a vida neste conto por aquilo que acreditavam, por aquilo que amavam.

Fim


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